P.o.v S/n
Sábado finalmente tinha chegado, depois de uma longa semana, cheia de trabalho, reuniões, eu finalmente ia descansar um pouco e passar um pouco mais de tempo com as crianças.
Estava terminando de trocar Matteo, estávamos nos arrumando para sair, iriamos almoçar fora. Maria Sofia viu na televisão que um de seus filmes preferidos ia ter continuação, e então passou a semana toda fazendo um pequeno escândalo, sempre que passava o tal comercial.
Aproveitei a folga para levar os dois para sair, seriam dois coelhos com um cajadada, como dizem.
— Maria Sofia! Você vai sujar a sua roupa, e a gente não vai sair. — falei ao ver a mesma deitada no chão.
E tudo que eu recebi como resposta, foi um conjunto de sons feitos com a boca e um "mamãe" no final.
— Levanta, eu já tô terminando de arrumar seu irmão, e a gente já vai sair. — disse colocando a roupa no Matteo.
Peguei Matteo no colo, mais as bolsas de cada um, a mochila da Maria Sofia, que ela sempre queria carregar pra cima e pra baixo — carregar é uma palavra muito forte, ela mesmo não fazia isso, pois a ideia era dela, mas quem carregava era eu — bolsa com fraudas e roupas, para os dois e a minha bolsa. Peguei tudo isso e fui descendo as escadas.
Eu juro que essa é a última vez que eu invento de fazer tudo de uma só vez.
Como Maria já sabe andar, sempre a acompanho nas escadas, e deixo ela subir e descer no tempo dela, sempre sentando em todos os degraus. Graças aos céus, temos pouco degraus, mas naquele momento parecia a maior escada do mundo.
— Isso, filha. Senta, põe as perninhas no outro degrau. Isso, agora desce devagarzinho... — disse calma, fingindo que Matteo e as boas não estavam me matando.
E assim fomos, com muita paciência, até chegar na sala e poder seguir para a garagem.
Quando cheguei no quintal, pedi desculpa mentalmente para a moça que higienizava as coisas das crianças e então as larguei no chão. Enquanto Maria Sofia, fazia o favor de arrancar a grama do quintal, eu tentava colocar Matteo na sua cadeirinha.
— Maria Sofia! — falei quase chorando. — Filha, não faz isso.
A única coisa que a fez parar foi uma buzina do lado de fora, ela parou e foi correndo no portão, olhar pelos buraquinhos, ver quem era. Bagunceira como o pai, e curiosa como a mãe.
— U papai! Ó mamãe, u papai! — ela gritava toda animada. — Oi papaizinho!
— Oi, vida. — ouvi o mesmo dizer do lado de fora. — Cadê sua mãe?
— Ati. — disse apontando pra mim.
Quando eu finalmente tinha conseguido colocar Matteo naquela cadeirinha, — que eu me arrependo amargamente de ter comprado — tive que tirar-lô.
— Espera aí! Eu já tô indo! — gritei para que o Marcos ouvisse.
Quando consegui soltar Matteo, fui abrir o portão da garagem para que o meu ex-marido pudesse entrar.
— Marcos, segura a Maria Sofia aí. — gritei ao acionar o portão para que o abrisse.
— Tá! — ele disse rindo. — Ei, ei. Vem cá. — falou conseguindo pegar a filha no colo.
— Só um minuto, eu preciso respirar.
— O que aconteceu? — ele perguntou vendo Maria Sofia com a roupa suja de terra, o quintal com gramas espalhadas por toda parte, bolsas no chão e o carro com as portas abertas.
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One Shots | DeakerBoy
FanficOne shots inspiradas no DeakerBoy Asmr Soft, +16 e +18 Certifique-se da faixa etária recomendada no início do capítulo! + Conteúdo adulto e linguagem inapropriada para menores de 16 anos (Não repostar, por favor!) Boa leitura! 💕