P.o.v S/n
- Marcos, me perdoa. - eu ajoelhei na frente dele. - Amor, por favor. Olha pra mim. - eu pedia chorando.
- S/n...
- Eu juro, eu tava bêbada.
- S/n, não justifica nada.
- Ele veio pra cima de mim e me beijou... - eu tentava as mãos deles do rosto.
- Não tenta se explicar! Eu sempre te avisei desse moleque, sempre. Mas não, ele era o teu amigo gay, porque ele era um irmão pra você. E agora? Percebe que seu irmão fez você acabar com o teu relacionamento?
Ele finalmente tirou as mãos do seu rosto e eu pude ver os olhos vermelhos e as bochechas encharcadas, a voz tremula só deixava mais claro que ele estava chorando.
- Ele não acabou com o nosso relacionamento..
- É lógico que acabou, S/n! Você me traiu. - ele voltou a chorar.
- Amor, por favor. Não faz isso comigo. Me perdoa. Você sabe que eu te amo muito, que você é tudo pra mim. - eu comecei a chorar também.
- Se me ama tanta, por que fez isso?
- Eu tava bêbada.
- Não justifica. - ele falou se levantando da cama.
- Amor...
- Eu vou ir pra casa da minha mãe. - ele começou a pegar algumas roupas.
- Marcos, não. - eu tentei segurar sua mão.
- Amanhã eu venho buscar o restante, e quando você estiver melhor eu volto e a gente resolve as coisas, da casa...
- Para! - Eu chorava desesperada. - me desculpa, eu fui uma idiota, eu sei que nada justifica meu erro, e sei que te magoei também, e só de saber isso que eu sou o motivo do seu choro, já é o meu castigo, eu já tô sofrendo o suficiente. Você é a melhor coisa que já me aconteceu, eu te amo mais que tudo, você é a pessoa mais importante da minha vida e eu não quero te perder.
- Pensasse em tudo isso, quando fosse beijar ele.
- Fui por impulso. E eu me arrependo, e muito.
- O que adianta falar uma coisa e fazer outra? Pra mim eu sou o amor da sua vida, e pelas as minhas costas você beija outros.
- Pera! Outros não. Não foi mais de um.
- Entenda, a confiança nunca vai ser a mesma depois do erro. - ele respondeu já com a sua mochila em mãos.
- Para, não vai embora. Amor, por favor, me perdoa, eu não quero nunca mais fazer isso, e nunca mais eu vou fazer. - eu chorava desesperada vendo ele saindo pela porta.
- Agora já não adianta mais. Porra, você quebrou minha confiança, eu nunca desconfiei de você, tu sabe disso, eu só achava ruim das pessoas que estavam ao seu redor, e pelo jeito eu estava certo. Mas agora você acha que vai ser fácil confiar de novo? Acha que vai ser fácil não ficar preocupado quando vai você sair sozinha outra vez. Eu te amei muito, eu te amo, ainda gosto muito de você, pelo o que você é...
- Então vida, não precisa ir embora.
- Precisa sim! Se fosse eu... você ao menos iria me escutar, eu ainda parei pra ouvir a sua versão. Mesmo me machucando, doendo muito eu te ouvi, agora eu só preciso descansar um pouco, eu preciso esfriar minha cabeça.
- A gente pode conversar melhor depois?
- Não sei, não.
- Saiba que se você quiser sentar e conversar melhor, eu também quero, quero poder arruma esse situação. E eu entendo que você precisa de um tempo, então eu não vou te segurar, é a sua escolha.
- É.. tudo bem, depois a gente vê isso, tá? - ele abriu a porta do quarto e parou.
- Sabe o que é pior. Você sempre desconfiou de mim, e eu nunca fiz nada com você, porque eu te amo, porque eu não conseguiria, porque eu nunca quis, você sempre foi a única da minha vida. Aguentei você desconfiar de mim todo esse tempo, dizendo sempre que eu tava atrás de puta na rua, já eu nunca nem pensei em desconfiar de você, e de repente, a mulher que eu mais amava fez isso comigo. - falou negando com a cabeça e saindo sem falar mais nada.
Eu não aguentei ver aquela cena, nunca imaginava que um dia veria meu namorado, ou melhor meu noivo, saindo pela porta do nosso quarto, com suas roupas numa bolsa dizendo que não tínhamos mais nada. Enquanto ele passava pela porta, levava todos os meus sonhos, todos os planos que eu tinha para realizar junto com ele, eu via todo o meu chão cair.
Antes que ele saísse de vez, corri e o abracei por trás, fechei os meus olhos e senti o seu perfume, ouvi eu coração desparado, batendo forte dento de si.
- Eu te amo, tá?
- Eu preciso ir.. - Marcos soltou meus braços do seu corpo e saiu andando sem olhar para trás.
Continue alí, parada, apenas ouvi a porta da sala bater, e o barulho do carro saindo da garagem.
Me sentei no chão do corredor e desabei, chorei como nunca havia chorado, senti meu coração doer e minha respiração falhar. Eu fui filha da puta com a pessoa mais importante da minha vida, eu machuquei como nunca imaginei que faria, eu terminei com o relacionamento dos meus sonhos, com certeza eu nunca me perdoaria por isso, por ter feito alguém que se importava tanto comigo, sofrer dessa forma.
Pela primeira vez, em anos de relacionamento, eu o fiz chorar, e não foi de felicidade.
Após uns dez minutos, fui até a cozinha tomar uma água para me acalmar. A casa estava mais silenciosa que o normal, não havia a voz de Marcos cantarolando músicas com a voz embolada, não tinha ele derrubando nada, ou reclamando do vídeo game.
Enquanto eu bebia água, senti a falta dele, de todas as vezes que me via parada na cozinha, ia me abraçar, ia me beijar e me encher de carinhos.
Senti falta de ouvi-lo me chamando a cada cinco minutos.
Eu sentia falta dele.
Me sentei no sofá, e para piorar a minha situação, ele havia deixado a sua aliança na mesa de centro da sala, junto ao pulseira que fizemos juntos.
Definitivamente era o fim, eu já sentia isso. Não teríamos outra chances.
Eu o havia perdido de vez.
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One Shots | DeakerBoy
Fiksi PenggemarOne shots inspiradas no DeakerBoy Asmr Soft, +16 e +18 Certifique-se da faixa etária recomendada no início do capítulo! + Conteúdo adulto e linguagem inapropriada para menores de 16 anos (Não repostar, por favor!) Boa leitura! 💕