She's - Minsung oneshot

Ela é...

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   A garota observava o céu nublado através da janela, o vento batia forte em seus cabelos curtos ondulados e causava um contraste térmico ao seu corpo quente semi nú, sorriu, a vista era feia, não se comparava ao centro, eram apenas amontoados de casas seguindo a ladeira daquele aglomerado no subúrbio.

    A música ao fundo rolava baixa, sendo murmurada pelo garoto loiro que estava deitado na cama de solteiro, tragando um cigarro, o cheiro não era agradável para a moça, todavia não diria nada mais uma vez, já haviam tido aquela discussão.

— Lina – O rapaz chamou, encarando a fumaça que se acumulava no teto

— Hm? – A garota respondeu, se virando e apanhando a camisa longa largada na cadeira, trajando-a antes de seguir até a cama e se sentar na ponta

— Acho que vou parar – O garoto murmurou, apagando o cigarro no cinzeiro e ajeitando a postura, para então acariciar a bochecha direita da moça

— Com o quê, Ji? – Lina perguntou curiosa, esfregando levemente a bochecha contra a mão maltratada pelo esforço de seu trabalho

— O cigarro, essa merda tá' me matando, que nem cê' sempre diz, sabe? Esse vício é fodido e eu sei que tu não curte – O garoto dizia com uma expressão revoltada e ao mesmo tempo envergonhada – Te prometo que paro se você me prometer que fica

   Lina riu, abraçando o próprio corpo, lambeu os lábios e assentiu, queria ficar, mas não achava que o Han iria lhe querer por perto o tempo todo, afinal, não tinham nada, eram apenas amigos.

— Tem certeza? Vai ser difícil parar, Hanie – Alertou a moça, observando o tempo se fechar mais lá fora, balançando a cortina freneticamente – Além disso, vai ter que deixar eu dar uma geral nesse teu barraco, parece um quarto de detento, só faltam os riscos contando dia

    Jisung soltou um riso alto, puxando o corpo da garota para trás, prendendo-a num abraço de conchinha

— Tudo pra ti, minha linda, tua presença aqui faz um bem danado – O Han admitiu, fazendo a Lee sorrir grande – Depois do trabalho, vou passar numa loja e comprar uns negócios aí pra decorar como tu quiser, pode deixar tudo rosa

— Bobo – Lina disse risonha e se aconchegou mais nos braços do Han, lá fora já chovia forte, molhando o quarto, mas ambos não ligavam – Podemos nos organizar pra eu não atrapalhar teus lances, não quero te privar da tua vida

— Não trago ninguém pra casa não, meu lar é só teu, meu coração também, tá' sabendo, né?  – Jisung decretou firme, fazendo Lina ficar tensa entre os braços

— Não fala assim, Ji – Murmurou, a voz falhada

— São os fatos, Lee Lina, um dia tu vai aceitar meu amor – Han devolveu a fala, acariciando a barriga da garota por cima da camisa

    Lina chorou, chorou na mesma intensidade que a chuva que inundava o quarto pela janela aberta, forte, cortante, barulhenta e sem indícios de fim, Jisung ouvia tudo apertando o corpo dentro do seu abraço, sussurando para a garota que ele estava ali e ela podia colocar pra fora

— Queria que tuas inseguranças fossem embora com essas lágrimas e essa chuva, linda, tu não merece tanta dor, não merece, coração – Jisung sussurrou no ouvido da garota, seu tom era triste e inconformado, deu um beijo nos fios macios da garota e afundou o rosto em seu pescoço, deixando-a continuar em seu choro dolorido que tremia ambos os corpos

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— Jisung – Lina chamou, enquanto limpavam o pequeno cômodo da sala e cozinha