Anakin não deixaria a fragilidade de Aefleda exposta. Era no que pensava a respeito enquanto voltavam, silenciosamente, para sua nave. Parte de si, movida por estranha atração que a jovem Gyburgiana exercia sobre seu corpo e sua mente, desejava mantê-la a salvo.
Talvez devesse ficar em Naboo? Não gostava daquele planeta, mas havia regiões que ela escaparia de atrair qualquer atenção da parte de Grievous. No entanto, uma outra parte pensava diferente e ela logo ecoaria nas inquietações de Aefleda.
A jovem de cabelos quase prateados e dona de uma pele tão alva que beirava ao azul sob a luz lunar, se sentia inquieta e atrapalhada. Suas emoções, como Anakin viria a descobrir, eram o motivo pelo qual a Força estava em distúrbio naquela parte do Planeta.
"Preciso fazer uma coisa a respeito, senhor Skywalker", ela enfim rompeu o silêncio que a incomodava. "Com os poderes que tenho, há algo que me chama para o dever. E não podemos deixar que isso passe despercebido!"
Ah, pensou Anakin, aí estava. Ele conteve a respiração e volveu seu olhar para ela.
"O que chama de "algo" é, na verdade, a Força. Ela é poderosa em equilíbrio e é a isso que devemos buscar. Mas conversaremos sobre o assunto depois... precisamos nos concentrar em voltar à nave em segurança."
Aefleda assentiu apreensiva. Anakin podia lê-la, suas inseguranças e medos estavam estampados em seu rosto... como também havia um elemento a mais por baixo de tudo aquilo que pulsava em seu coração.
No entanto, ao tentar investigar, o Jedi foi surpreendido por ser repelido quase inconscientemente pela mente dela. E isso o deixou assombrado, sobretudo porque ela não fazia ideia do que se passava.
Ignorando a atração que ela o inspirava, Anakin se preocupava em cumprir com sua palavra e levá-los de volta em segurança aonde tinham saído.
"O que faremos com o que sabemos?", Aefleda inquiriu, ansiosa.
Anakin sentiu aqueles olhos profundos o mirarem com intensidade. Queria entendê-la melhor, mas ainda não confiava completamente. Calou estranha vontade que o abalava, pois o dever era sua prioridade.
Aefleda, por sua vez, sentia igual vibração mover-lhe o peito desde que o Jedi a resgatou horas antes. Admitia que ele era muito agradável aos olhos, na verdade a presença do general inspirava algo mais profundo que a fazia ruborizar.
Mas ela não permitiria que isso viesse à tona. Procurou esconder o que quer que aquilo significava para seu próprio bem.
"Transmitiremos ao meu mestre", disse Anakin. "Obi-Wan saberá o que fazer."
Aefleda fez um movimento com a cabeça. Ainda se sentia nervosa, embora a causa fosse outra. E no momento em que ela abriu a boca para falar sobre isso, ele colocou uma mão e a impediu de caminhar.
"Espere", disse ele com firmeza.
"Tenho um mau pressentimento sobre isso, general", ela o respondeu.
Anakin ficou em silêncio, atento ao súbito cessar de som que os cercava. Tudo era muito suspeito, por mais que tivessem se afastado do grande centro daquela região.
Densas trevas os cercavam conforme andavam, atentos a qualquer movimento suspeito. No entanto, se tudo estava indo bem demais, logo os receios se confirmaram quando ouviram um ZIM vindo da arma de um droide.
"Fomos localizados", gemeu Aefleda.
Anakin sacou seu sabre de luz e em seu rosto grave, a residente de Gyburg observou como se mesclava às sombras, partindo para o ataque.
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O Despertar de Um Sentimento
FanfictionAnakin Skywalker é designado a uma missão em um planeta rochoso e distante da Galáxia que lhe é tão familiar. A fim de impedir que os Separatistas dominem aquela região, sua missão consiste em derrotá-los. No entanto, uma surpresa virá a modificar o...