Apesar do constante percalço para trazer à justiça do Senado o General Grievous e, por conseguinte, o Conde Dooku a fim de que pagassem pelos crimes cometidos contra a República, na tentativa também de descobrir a figura mestra dos planos orquestrados que ambos têm considerável participação, um breve período de paz veio para os Jedis.
Diante disto, Anakin aproveitou para designar Ahsoka a uma missão com Aefleda afim de que ela desenvolva mais seus poderes e atinja o equilíbrio da Força. Contudo, velhos pesadelos surgiam quando Aefleda parecia progredir em sua jornada de Padawan.
Às vésperas da mencionada missão com sua companheira Ahsoka, a quem ela achou bastante espirituosa, tendo se afeiçoado à jovem de quatorze anos, tais sonhos ruins atormentaram seu espírito.
E sempre vinham do mesmo jeito: campos marcados por fogo, vulcão prestes a entrar em erupção e, diante de catastrófico cenário, Anakin Skywalker padecia sob uma mescla de sentimentos que Aefleda reconhecia serem projeções do lado Negro da Força.
No semblante outrora angelical do mestre que ela veio a amar com todo seu coração, ele gritava e seus olhos adquiriam outra cor. Amarelo substituía o azul-tempestade. Ele não era quem ela conhecia. E Aefleda sofria.
E toda a vez, ela corria até ele com lágrimas em seus olhos e coração despedaçado. Não pode ser, isso não está acontecendo. Aefleda sentia em seus pés o calor infernal subir por todo seu corpo, mas nada disso importava. Ela o socorreria mesmo que Anakin agora dirigisse todo o ódio a ela. E por mais que seu coração se partisse a cada berro, a Jedi sabia que nada daquilo refletia o seu amor. Aquilo não era ele.
Mas ela não conseguia salvá-lo. Uma risada maléfica escapava dos lábios de um encapuzado e ele a levitava, fazendo com que sufocasse. E Anakin a encarava com raiva. E Aefleda sentia a força dos pulmões se esvair, o ar comprimido em sua garganta e angústia em seus olhos e...
"Acorde! Aefleda, acorde!" Anakin praticamente a sacudia, fazendo-a despertar com horror. Ela estava praticamente ensopada, mergulhada em lágrimas, os cabelos soltos embaraçados e marcados pelo suor.
Ele tinha sentido seu desespero, seu medo, do quarto dele. Era madrugada, e, por alguma razão, Anakin estava com problemas de insônia quando pressentiu um desequilíbrio na Força. E agora ele a acudia, bastante aflito com a forma pela qual ela o abraçava e soluçava. A cena que passava diante de seus olhos era de partir seu coração. "Minha fleur, o que houve?"
Anakin franziu o cenho, sentindo-a tremer em seus braços, agarrando-o como se fosse perdê-lo. Um sentimento que me era familiar. Ele esperou antes de procurar saber por outros meios o que tinha acontecido. Aefleda agora se afastou levemente para tossir, e o fazia tão violentamente que ele se preocupou novamente.
"Céus, o que está acontecendo? Você treme! Está doente?", ele checou a testa dela, mas não havia febre, o que o aliviou, mas Anakin permanecia apreensivo.
Quando enfim se acalmou, Aefleda sussurrou:
"Tive um pesadelo, mas era tão real..." e, quase que inconscientemente, ela levou uma mão em torno de seu pescoço, massageando-o. Um soluço escapou aos lábios. "Ani..."
Ela procurou por aqueles olhos azuis e quando os encontrou, sem nenhum traço amarelo neles, pôde se tranquilizar. Apesar disso, Aefleda o envolvia em seus braços, sem pensar que estava no dormitório Jedi e claramente se esquecendo de que seu relacionamento com Anakin era segredo.
Não obstante a realidade em que estavam, Anakin, que no passado fora vitima de similares pesadelos, a compreendia bem o que passava. Contudo, preocupava-o a forma como ela tinha despertado. A tosse e a forma como massageava o pescoço... Tudo muito estranho, pensou o Jedi.
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O Despertar de Um Sentimento
FanfictionAnakin Skywalker é designado a uma missão em um planeta rochoso e distante da Galáxia que lhe é tão familiar. A fim de impedir que os Separatistas dominem aquela região, sua missão consiste em derrotá-los. No entanto, uma surpresa virá a modificar o...