37 - Trinta e sete

4.6K 592 36
                                    



De volta à mesa Jeon observou os rapazes conversarem e interagir muito bem com seu convidado, e Taemin acreditava fielmente causar uma boa impressão. Jeon retornou acompanhado de alguns empregados, todos traziam enormes bandejas repletas de alimentos.

— Imaginei que Jimin estaria presente. — Arrumou o corpo na cadeira endireitando sua postura. — Quero dizer, agora ele é oficialmente seu namorado. — Alfinetou. — O parceiro do grande Jeon Jungkook, não deveria então acompanha-lo em todos os eventos? — Surgiu um sorriso sínico no canto dos lábios, provocando o rival.

— Você também não trouxe Jisoo. — Retrucou entrando na de Taemin. — Ela é sua mulher, ops! Esposa, a oficial do chefão de Busan... Espera, você só vende contatos. — Riu debochado. — Oh, não leve a sério, vender contatos é um trabalho importante. Cadê a esposa e o filho?

— Esse não é lugar adequado pra' uma dama, uma mãe de família muito menos uma criança. — Tensionou a mandíbula e travou os dentes. Não pela mulher ou o filho, mas por não conseguir nunca responder Jeon a altura. — Meu filho, o menino precisa de muito cuidado. Crianças! Sabe disso, não é, senhor Jeon, afinal tem uma filha. — Tocou na ferida do mafioso.

— Rosé, minha filha, sei muito bem. — Debruçou sobre a mesa se aproximando mais do outro. — Só homens como nós dois tem a real noção de como é importante proteger a família, faríamos qualquer coisa por eles. Estou errado? — Perguntou o encarando profundamente. — Mesmo que isso custe nossa vida, certo?

— T-em toda razão. — Sua voz vacilou. — Tudo por aqueles que amamos. — Tentou levantar um brinde. — Teve o pulso agarrado.

— Perdi a fome acredita?! Vamos ao meu escritório tomar uma taça de licor. — Sugeriu e todos se levantaram. — Somente Taemin e eu. — Encarou os demais convidados que o analisou confuso. — Não tem vê problema não é? — Perguntou ao convidado.

— Na-não, claro que não. — Ficou de pé. — Acho ótimo que podermos conversar a sós.

Saíram da mesa. Jeon pousou sua mão no meio das costas do rapaz e juntos andaram lado a lado em direção ao escritório do moreno, no mesmo se sentaram em poltronas individuais posicionadas uma de frente para a outra. Jungkook serviu uma generosa taça de licor de pitanga aos dois sentando de frente do homem.

Do lado de fora os amigos andavam em círculos preocupados com a atitude repentina do chefe da máfia.

— Taemin, Taemin devo confessar você é corajoso. — Bateu palmas. — Quer sequestrar minha filha e vem até minha casa, senta na minha mesa toma da minha bebida. — Encarou sério o outro. — O quão idiota é?

— Não mais do que você. — Fingiu estar seguro de si. — Sabe disso tudo mesmo assim colocou a raposa no galinheiro, que idiota! — Debochou saboreando a bebida. — Tô' aqui e vou embora quando quiser, se não voltar meu parceiro te mata senhor fodão.

— Patrick aquele bosta? — Riu da surpresa do outro. — Acreditou mesmo que dois merdinhas como vocês me enganariam, demorei mais descobri. — Ficou de pé. — Nós dois aqui de maneira justa, nem um dos meus homens veja como sou generoso. — Grudou no colarinho de Taemin. — Vamos ter uma conversinha agora filho da puta.

Arrancou o homem do lugar derrubando a poltrona no chão fazendo um barulho estridente, saiu arrastando Taemin até o outro lado da sala sem dificuldade alguma, por mais que ele se debatesse e gritasse sem parar tentando se soltar.

— Me solta, Jeon desgraçado. Vai se arrepender! — Ameaçava aos gritos. — Socorro, Ji Hoon chama alguém!

— Jeon abre a porta, o que tá' acontecendo aí dentro? — Namjoon praticamente esmurrou a porta. — Cara não faz nada que vá se arrepender depois vamos resolver isso com cautela. — Bateu sem parar. — Porra Jungkook.

O MAFIOSO E O PROFESSOR DE BALLETOnde histórias criam vida. Descubra agora