42 - Quarenta e dois

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Nas primeiras horas do dia Jeon arrumava os pertences do agora noivo nas malas enquanto uma enfermeira retirava o soro do rapaz e outra lhe dava algumas dicas para facilitar a limpeza da ferida e a troca do curativo, o médico recém-chegado ao quarto aguardava a profissional terminar para poder entregar ao rapaz as receitas dos seus medicamentos e conversar com o seu paciente.

— Bom dia senhor Park, senhor Jeon. — Cumprimentou gentilmente. — Aqui estão suas receitas também uma explicação rápida de como deve ser tomado cada remédio, sugiro que não se esforce ou pegue peso. — Sugeriu. — Siga uma dieta saudável também, é importante para a cicatrização.

— Qual tipo de esforço seria? — O paciente perguntou.

— Ah sim! O senhor é professor de dança. — Comentou. — Recomendo que espere pelo menos quinze ou vinte dias para retornar suas atividades, dançar exige muitos movimentos bruscos.

— Doutor, posso falar com o senhor. Em particular? — Jeon falou chamando atenção de todos.

Os dois homens caminharam até o canto do quarto onde o moreno colocou uma de suas mãos no braço do médico, aproximou a boca do ouvido do outro e usou sua mão livre para tapar o que cochichava com homem que gargalhou alto assentindo positivo com a cabeça despertando a curiosidade do loiro e a enfermeira presente. Os dois continuaram sorrindo e isso fez com que Jimin franzisse a testa apertando os olhos, curioso.

— Se cuidem garotos, com calma e cuidado Jeon. — Caminhou até a porta. — Ah! Jimin, volte em quinze dias para uma avaliação e qualquer coisa me ligue o telefone está em uma das folhas.

Depois de arrumar as coisas do dançarino o moreno saiu do hospital caminhou até seu carro com as malas nas mãos e as colocando no porta-malas, voltou para dentro foi á sala da administração do lugar acertou a conta e assinou a alta hospitalar do baixinho, retornou ao quarto de Jimin o sentou em uma cadeira de rodas mesmo o loiro insistindo que queria andar.

No veículo Jungkook selou os lábios rosados do amado enquanto prendia o cinto de segurança, deu partida no automóvel e dirigiu em direção a sua casa.

— Como se sente meu anjo? — Perguntou. — Quer passar em algum lugar antes de irmos pra' casa? Precisa de algo qualquer coisa é só me falar. — A mão do moreno acariciava a coxa alheia.

— Estou muito bem, podemos ir direto para sua casa quero muito tomar um banho sabe tirar esse cheiro de hospital. — Sorriu.

Os dois permaneceram o resto do caminho em silêncio, um silêncio agradável. Durante todo o percurso Jeon usava sua mão livre para fazer carinho no noivo, ora acariciava o rosto, ora entrelaçava suas mãos, levava a mão pequena de Jimin a sua boca beijando a mesma.

No portão da mansão o mafioso soltou as mãos tocou no câmbio automático, deu ré no carro manobrando o mesmo e o estacionando rente à porta para evitar que o noivo caminhasse muito, o casal desceu do veículo atravessou a porta encontrando tudo quieto no mais absoluto silencio, avançaram mais alguns passos saindo do hall de entrada e adentraram a sala de estar, tomaram um enorme susto com os amigos também seus pais os esperando diante de uma grande mesa decorada.

— Surpresa! — Gritaram.

— Bem-vindo Jimin. — Foi recebido pelo sogro. — Finalmente tenho meu genro em casa. — Notou o baixinho vermelho de vergonha.

— Jimin, Jimin que saudade. — As crianças correram agarrando as pernas do mesmo. — Como você tá? A gente te ama tanto.

— Lindos, senti saudade também. — Retribuiu o abraço. — Estou bem.

Um a um eles foram até o rapaz abraçando-o, Park passou os olhos e notou que na mesa tinha vários doces e um bolo branco de dois andares simples apens com algumas flores.

— Qual a do bolo? — Ele perguntou confuso.

— Ei anjo. — Ouviu a voz do noivo e virou-se encontrando o homem de joelhos. — Já pedi uma vez, mas quer casar comigo? — Mostrou outra caixinha e nela havia um anel muito fino, na verdade, a largura da joia era somente para caber que pedras preciosas que tinha em toda a circunferência do círculo, o mesmo era inteiramente cravejado de diamantes.

— Jungkook outro? Deus. — Falou referindo-se ao objeto. — Claro, quero. A resposta vai ser sempre sim. — Observou o noivo ficar de pé e colocar a joia em seu dedo junto ao outra aliança.

— Aceita se chamar Jeon Jimin. — Levou sua mão até o meio das costas do loiro o trazendo para perto capturando seus lábios. — Esse anel é diferente anjo, minha mãe me deu ontem ele tá' na família a anos. — Contou.

O casal levantou sua taça de suco e brindou o noivado já que o loiro não podia ingerir bebida alcoólica, teve o gesto repetido pelos demais que ao contrário deles bebiam o melhor champanhe em comemoração ao casal.

Jimin educadamente pediu licença á todos e com ajuda do noivo subiu até a suíte do moreno onde ficaria para tomar banho.

No banheiro Jungkook encheu a banheira com água morna, jogou alguns sais de banhos perfumados na mesma com a intensão de agradar o amado, buscou Jimin no quarto despiu o baixinho e o ajudou entrar na mesma em seguida retirou as próprias roupas e juntou-se ao outro. Jeon se sentou atrás no noivo que tombou a cabeça para trás deitando em seu ombro ficando com o nariz no pescoço do moreno.

— Me sinto o homem mais feliz do mundo Jeon, obrigado por isso. — Falou baixinho quase como um sussurro. — Você me faz sentir amado e especial. — Beijou o queixo do outro.

— Eu que tenho que agradecer. — Segurou o rosto do loiro para lhe encarar. — Você mudou minha vida Park Jimin. — Sorriu mordendo os lábios fartos do outro. — Te amo, você é o amor da minha vida. — Confessou.

— Não diga coisas assim que fico com vergonha. — Moveu-se na banheira ficando de joelhos frente a frente com o moreno apoiando suas mãos no peitoral do outro. — Jeon, o que você falou com o médico? — Perguntou curioso.

— A-ah aquilo. — Segurou firme na cintura dele aproximando sua boca do ouvido alheio. — Quis saber se podíamos comemorar nosso noivado. — Desceu a boca até o pescoço do outro distribuindo beijos e mordidinhas. — Você sabe nosso sexo é sempre tão dura. — Viu o loiro morder os próprios lábios.

— E ele respondeu? — Passou suas pernas uma de cada lado do corpo do homem se sentando no colo do mesmo. — Hum? O que ele disse?

Sem falar nada o mais alto segurou firme o corpo do noivo, levantou-se da banheira com Jimin no colo e mesmo com os corpos pingando água, encharcados Jeon caminhou até sua cama deitando seu noivo no centro da dela se colocando entre as pernas dele o encarando.

— Respondeu que depende. — Sorriu malicioso. — Então, expliquei ao seu doutor que pretendia apenas te amar, hoje é isso que eu vou fazer. — Começou distribuir beijinhos carinhosos pelo tronco branquinho de Park. — Vou amar você, amar seu corpo. — Pronunciava cada palavra com calma. — Sabe senhor Jimin hoje não vamos foder. — Viu o noivo apertar os olhos com força e morder os lábios em seguida. — Vamos fazer amor, fazer amor de agora até de madrugada.

— Eu quero, quero muito ser amado por você Jeon. — A voz saiu fina quase como um miado de gato. — Fazer amor com você Jungkook é tudo que desejo hoje. — Abraçou a cintura do moreno com as pernas. — Quero muito ser seu. — Puxou o lábio inferior do homem entre os dentes.

O MAFIOSO E O PROFESSOR DE BALLETOnde histórias criam vida. Descubra agora