Len respira profundamente antes de entrar no grande salão de jantar, o lugar era realmente imenso como ele se lembrava, alguns servos da corte estavam reunidos junto dos duques e barões, um dos servos leva Len para as cadeiras mais a frente ficavam próximas ao rei, o que significava que seus status de realeza ainda valiam alguma coisa mesmo que não quisesse, todos já estavam sentados e prontos exceto o príncipe que chega por último, os servos colocam o jantar a mesa e Len não queria demonstrar o quão faminto estava depois de tanto tempo na cadeia, mas fazia dias que seu estomago implorava para ser saciado.
— Podem se servir. — O rei fala dando o aval a todos começarem a comer, uma regra primordial em qualquer corte, o rei decidia quando as refeições começam e terminam — Rin... a guerra no reino amarelo oficialmente acabou, toda resistência foi contida.
— ... Muito obrigada, majestade. — Len morde a bochecha sentindo o sangue fluir para não chorar, pensar que havia pessoas lutando para manter o reino em pé mesmo quando os seus monarcas desistiram, era horrível saber o que a palavra contido significava na linguagem real — Sempre tão clemente... posso perguntar onde foi redirecionado... o povo.
— Foi feita uma declaração para todos os reinos, eles estão de portas abertas. — Len não tinha coragem de dizer seu povo e agora eles realmente não pertenciam mais a ela — Mas será difícil nos próximos meses com esse grupo maior de habitantes, mas com os espólios...
— As riquezas serão usadas de forma adequada... pela primeira vez. — o rei apenas fita o garoto sem comentar, talvez estivesse supresso Por ele admitir que nunca soube usar o dinheiro que tinha — Novamente obrigada...
Len se aproxima da faca para cortar a cara carne no seu prato e todos olham para ele sem saber qual seria sua reação, o garoto faz movimentos devagar para mostrar que não planejava algo, não podia culpá-los, tinha sido explicitamente instável na frente de toda a corte quando ameaçou o príncipe, Len olha institivamente para o pescoço do príncipe procurando a ferida que tinha feito, mas ele usava uma blusa com um colar mais alto o que a escondia completamente, o príncipe percebe seu olhar o que deixa os dois em um território estranho, Len passa os dedos no próprio pescoço e o príncipe acha que ela estava de alguma forma tentando se desculpar, ele apenas mexe os lábios para mais ninguém na mesa notar quando ele diz "Estou bem"
— As coisas devem estar sendo difíceis... sem o seu irmão, vocês eram tão próximos. — a rainha diz de modo empático, mas ao ouvir seu irmão ou melhor irmã ser citada Len sente seu corpo rígido e sua respiração entrecortada, queria que eles esquecessem dele pelo bem da sua irmã — Não tivemos notícias de nenhum dos reino...
— Meu irmão é esperto, ele não vai ficar próximo aos reinos. — Ele sabia que ela só estava tentando ajudar, mas saber que eles de alguma forma estavam procurando sua irmã o deixava extremamente nervoso, ela saberia se disfarçar? saberia se manter escondida — ... Nem por mim...
— Ele daria a vida por você, duvido que ficaria longe... e você sempre tomou vantagem disso. — O príncipe com um tom de remorso, ele e a Rin já deviam ter conversado algo parecido — Aposto que ele vai tentar se aproximar em algum momento, talvez quando acabar seu tempo e...
— Ele não vem... — Len fala de cabeça abaixada seu tom irritado sendo notado por todos ao redor, ele percebe o rei levantar um pouco a postura como deixado claro que não ia aceitar qualquer comportamento deselegante dele novamente — Eu disse para ele ficar longe e é isso que ele vai fazer, ele é apenas um servo... esse é seu único papel
Len sabia o que todos pensavam sobre o que ele tinha dito, achavam que a garota era um monstro sem coração que nunca ligou para outra pessoa além de si, mal sabiam que era Len alí mostrando como nunca se importou com sigo mesmo, como em nenhum momento ligou para o quão injusto as coisas pareciam agora, ele prometeu apoiar sua irmã idependente de tudo, mas agora parecia fraquejar.
— Len não é nada, nunca foi, mesmo sendo parte da família real sempre foi tratado como ninguém. — a comida agora amargava a boca do garoto, nunca tinha percebido aquele rancor em sua voz, ele sempre pensou assim — Ele nunca quis viver no castelo, nunca realmente quis ser parte disso.
— Mesmo assim ele nunca saiu do seu lado, diferente de você. — Len não fazia ideia que era isso que o príncipe pensava dele, nunca imaginou ele o defendendo contra Rin, mal se lembrava de alguma vez o príncipe ter se dirigido a ele — Dá para perceber quem pegou o caráter na família.
— Se tivesse tanto caráter não teria sujados as mãos por mim!
Len se levanta irritado, não com o príncipe, mas talvez consigo mesmo, se sentia patético, porquê estava fazendo tudo aquilo? Por um momento ele pensa em contar a verdade, eles já tinham dado uma chance para ela, Len realmente tinha que continuar, mas as palavras não saem, ele se lembra do sorriso da irmã, dela dizendo coisas que não contava para mais ninguém, ela se importava com ele, tinha que se importar, aquilo não podia ser em vão, ao invés de contar a verdade ele apenas diz.
— Desculpe-me, estou sem fome majestade.
Len sai da mesa apressado, era uma falta de cortesia sair antes do rei, mas ele não era mais da realeza mesmo que mantivesse os status, precisava de um tempo sozinho, precisava parar e se lembrar do motivo de estar aqui, mesmo que estivesse com raiva da Rin, por tê-lo deixado, por não ter olhado para trás, por tê-lo obrigado a matar a mulher que ele amava, aos poucos suas confiança naquilo tudo estava desmoronando e quando tudo parecia ruim Len sente alguém se aproximar, era o príncipe o fitando e aquilo de alguma forma deixou Len ainda mais irritado com a irmã, como ela pode machucar pessoas tão gentis, a verdade martelava na cabeça dele, eles não mereciam qualquer tipo de amor, nunca mereceram.
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Reinado de pecado
RomanceLen e Rin são irmãos gêmeos que governam o perverso reino amarelo, entretando seus dias de tirania chegam no fim com a captura da princesa, um plano vil entre os irmãos só tem uma conclusão que é a morte, mas quando se fazem coisa tão hediondas que...