A cela é aberta e guardas puxam Len para fora, o garoto estava com o corpo fraco e mal se move não conseguindo resistir, eles o levam para os andares de cima e Len sabe que era o momento do seu julgamento, mesmo que todos já soubessem o resultado final, a sala do trono estava cheia da nobreza de todos os reinos próximos, uma mistura psicodélica de cores e castas olhando a queda de Rin, ele não os julgava já que podia lembrar cada pecado que sua irmã fez contra eles, todos tinham motivos para estar alegres naquele momento, a satisfação no olhar de cada um deles, mesmo que o príncipe não parecia tão feliz quando Len imaginava.
A rainha e o rei estavam sentados no trono mal olhavam para a princesa, mas Len consegue ver um breve olhar da rainha, ela sempre gostou de Rin e Len, achava incrível os dois tão jovens governando o mundo, agora ela não parecia tão feliz em vê-lo.
— Hoje julgaremos essa alma pecadora pelos seus crimes e traremos justiças para todos os mortos. — o rei se levanta deixando sua voz reverberar por toda a sala a corte ficando em silêncio para ouvi-lo — Antes de começarmos como você se declara Princesa Rin?
—... Completamente culpada vossa majestade. — os sussurros surgem e todos parecem surpresos mesmo que soubesse que Rin era culpava — Estou ciente do peso de minhas palavras... sei que com o que digo agora esse julgamento se tornou severamente curto.
— Não iremos apresar as coisas, mesmo que pareçam definidas. — a rainha diz de modo fraco, nem ela acreditava em suas palavras, seus olhos cheios de pena, Rin odiaria ver isso — Nos conte o que aconteceu naquela noite, por favor.
— Todos sabem o que aconteceu naquela noite...
— Não a versão dela...
A rainha mesmo depois de tudo ainda tentava ser gentil com a garota, Len mal segura o leve sorriso em seu rosto, era bom saber que havia pessoas que ainda acreditavam na sua irmã mesmo depois de tudo, infelizmente Len iria fazê-la desistir de sua irmã.
— Eu cometi pecados por amor... mas isso não abdica minha culpa, me condenar seria um favor para todos, inclusive... para mim. — o rei parecia pronto para levá-la para a forca, a rainha olhava com um pesar insuportável e o príncipe estava impassível — O sangue nas minhas mãos é insuportável, Rainha... rei... clemência... me livre dessa tortura... me mate.
Len desmorona, se curvando na frente de todos chorando, seu corpo tremendo e suas mãos voltando a sensação de sujeira, ele não aguentava mais esse papel, só queria que alguém o livrasse da dor, dos seus juramento, dele mesmo.
— Pai... como futuro rei eu queria dar a palavra final, esse comportamento dela foi contra mim, não ao seu reinado. — O rei pondera, seria uma prova de força do seu filho que logo tomaria o reino, o rei então assenti. — Rin... três dias após o baile dos reinos sua cabeça vai estar na praça central, as três seu horário favorito... Vamos te manter viva e bem cuidada até lá, sairá daquela masmorra e vivera conosco, como se as leis dizem sobre prisioneiro de guerra que eram nobres em seus reinos
— Eu não quero isso, acabe logo com tudo, para quê me manter viva? — todos fitam o príncipe esperando que se explicasse, afinal mesmo existindo a lei, todos esperavam que Rin apodrecesse na cadeia. — EU MATEI A SUNNY! Isso é o suficiente para perder qualquer privilégio que um dia já tive.
— Sim, mas você quer morrer, por isso vamos manter sua existência miserável, deixar você sofrendo só por ainda estar respirando. — A corte abre sorrisos diabólicos todos agora concordavam com o plano do príncipe — Ver todos que você feriu, a masmorra deve ter sido um alívio para você, agora que começa seu inferno.
— Não.... por favor... não... me deixe morrer... — Len não ia ficar ali, não com aquelas pessoas que feriu tanto, Len tinha que fazer eles o condenassem só assim Rin seria livre para viver, quando seus pecados fossem enterrados com o garoto — Você está cometendo um erro e eu irei consertar.
Len coloca a mão no peito tirando do vestido um dos cacos de porcelana da xícara que tinha quebrado na cela, o garoto sai correndo conseguindo chegar no príncipe e apontar para o caco no seu pescoço, os guardas pegam a espada, mas o rei os manda parar.
— Rin, você não ganhará nada com isso, se afaste do príncipe, agora! — o rei se levanta do trono furioso, Len respira cansado do esforço com o corpo tão fraco — Você está perturbada, o príncipe tem razão, a morte é um favor a você, mas talvez não para o seu irmão.
— Não encoste nele... Eu confessei todos os crimes, ele é inocente.
— Ele é sua mão direita, duvido que não tenha a ajudado a cometer seus crimes. — Len fita o rei, ele não podia fazer aquilo, seu plano estava desmoronando em sua frente — Se quiser que ele não se torne um criminoso procurado siga o que o príncipe a ordenou.
— Por favor minha pequena... não torne as coisas piores. — A rainha se aproxima devagar e Len se mantem parado sua mão trêmula não mais firme no pescoço do príncipe, a rainha chega tirando o braço da garota libertando o príncipe e segurando Len — Eu sempre soube que um dia a pressão ia te quebrar, mas nunca pensei que seria desse jeito.
— Seu filho... ele me condenou a pior das sentenças... — A rainha abraça a garota a frente de todos Len agora soluçava com as lágrimas, sua irmã nunca agiria daquele jeito — Você sendo tão gentil depois de tudo que eu fiz... é uma navalha no meio peito.
— Eu sei que dói, mas o mínimo que pode fazer por nós é pagar qualquer condenação que dermos, essa dor é um reflexo da nossa. — Len assenti, obviamente eles sofriam mais com aquilo que ele, mas isso não tornava sua dor menor, ele tenta se acalmar, precisava voltar a ser Rin — Sinto muito querida... queria que isso não tivesse chegado a esse ponto.
— Viverei minhas últimas semanas para compensar os crimes do meu irmão... e morrerei pelos meus, me prometa que não ira atrás dele.
A rainha assenti e Len vai até os guardas que a levariam para seu novo quarto, o garoto fita o príncipe notando que sem querer havia cortado um pouco o pescoço do príncipe que passa a mão na pequena ferida e então a esconde de todos, o que para Len não fazia sentido, tudo estava errado, ele não suportava a ideia de ter uma chance de ser perdoado, os dois não mereciam perdão, ele havia matado seu amor e sua irmã não havia se arrependido nenhum pouco, os dois eram pecadores e ele tinha que pagar.
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Reinado de pecado
RomantizmLen e Rin são irmãos gêmeos que governam o perverso reino amarelo, entretando seus dias de tirania chegam no fim com a captura da princesa, um plano vil entre os irmãos só tem uma conclusão que é a morte, mas quando se fazem coisa tão hediondas que...