"Como é ter dois de você?"
Jeon Jungkook sempre ouvia essa pergunta em todos os hospitais psiquiátricos e nunca havia formulado uma resposta à altura. Ele, na realidade, não queria e nem gostava da possibilidade de ter outro de si; afinal, ele era...
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Perfídia — Capítulo 12.
"Apesar de minha alma viver na escuridão, se erguerá em plena luz. Amei demais as estrelas para temer a noite."— Sarah Williams, "The Old Astronomer."
Nossos beijos não tinham nada de castos, não. Era como se precisasse de pouca coisa para que a chama acendesse entre nós dois. Quanto mais ele me beijava, mais eu o queria, mais o meu corpo chamava pelo dele. Parecia que a minha mente estava nublada demais para tentar reformular uma frase sequer. Eu havia sentido falta dos lábios dele contra os meus, firmes e exigentes; me mostrando como era recíproco tais vontades. Quando dei por mim, já não estava em seu colo, minhas costas encostaram delicadamente no colchão, conforme eu me dava conta de que era ele quem estava por cima agora.
Quando ele parou o beijo, eu vislumbrei uma visão da qual desejei ser capaz de eternizar em uma pintura, porque certamente era uma obra de arte. Jungkook estava com os cabelos levemente bagunçados — alguns fios escuros, faziam cócegas em meu nariz, me fazendo sorrir — seus lábios estavam vermelhos e suas bochechas rosadas, enquanto seu peito subia e descia para estabilizar os batimentos cardíacos. Entretanto, não demorou muito para que eu o puxasse novamente para me beijar, seus lábios haviam se tornado um vício que eu não sabia — nem queria — largar.
Era quase como respirar, eu precisava dos seus lábios nos meus para me sentir inteira novamente. O beijo foi se tornando cada vez mais intenso, nossos corpos por diversas vezes se chocavam um no outro, apenas pelo atrito libidinoso. De repente, eu senti barra no meu vestido subir e se embolar em minha cintura, quando abri meus olhos, dei de cara com o Jungkook me olhando com o sorriso mais sacana do universo. Senti suas mãos subirem entre minhas coxas e seus dedos se enrolarem no elástico da minha calcinha.
Minhas mãos também não ficaram quietas, dedilhei seu peito até meus dedos agarrarem no tecido branco que cobria seu peito, separando nossos lábios somente para jogar ela para o lado em algum canto do quarto. Ele me encarava sorrindo de canto, ergui o meu quadril conforme ele puxava a minha calcinha para baixo, sem pressa. Parecia quase se divertir com a minha impaciência, afinal, eu mexi minhas pernas somente para me livrar daquele pequeno pedaço de pano. A temperatura do quarto pareceu subir mais dez graus conforme eu sentia seu olhar queimar em minha intimidade desnuda.
— Você ainda não me parece nua o suficiente. — Ele comentou, apontando com o queixo para o meu vestido.
— E o que você está esperando? — Provoquei, fazendo-o rir.
Ele rapidamente puxou o vestido para cima e o jogou para algum lugar atrás dele, tendo assim, total visão do meu corpo. Seu olhar pousou em meu corpo, principalmente em meus seios, dos quais não estavam cobertos por nenhum sutiã. Jungkook se debruçou sobre mim e começou a beijar meu pescoço, fazendo um trajeto levemente curto de beijos pelo vale dos meus seios. Ele deixou uma trilha de saliva por todo o meu abdômen e quando chegou na região abaixo do meu umbigo, levou os dois polegares, deixando-os brincarem com ambos os lados dos meus lábios vaginais.
