"Como é ter dois de você?"
Jeon Jungkook sempre ouvia essa pergunta em todos os hospitais psiquiátricos e nunca havia formulado uma resposta à altura. Ele, na realidade, não queria e nem gostava da possibilidade de ter outro de si; afinal, ele era...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Perfídia — Capítulo 06.
"Eu serei sua casa, te mantendo aquecido quando estiver frio. Eu tentarei ser o que você precisa quando estiver triste. Eu só posso te prometer a garota que eu sou, eu farei tudo que puder." —Recovery, Broods.
Paixão;
Eu me encontrava perdido em cada olhar, toque, ou gesto que aquela mulher realizava. Por vezes, me peguei olhando-a como se não houvesse amanhã, como se por acaso eu viesse à piscar, ela iria simplesmente desaparecer como em um sonho. Mas, não era aquilo que acontecia, ela continuava bem ali na minha frente, mostrando como poderia ser encantadora de todas as formas e trejeitos. Chegava à ser intrigante a forma como ela me tirava o fôlego, não importava o que fizesse ou como, eu estaria lá em sua frente com um olhar imerso e um sorriso bobo nos lábios. Ao olhar para ela, eu perdia a noção dos minutos — pois se tornavam horas, sem eu mesmo perceber — e eu poderia continuar assim, pois não haveria problema algum. Pois de fato, já havia percebido que, observá-la e suspirar pelos cantos havia se tornado um hobby para mim.
Atração;
Aquela mulher, despertava cada sensação nova e única que se fazia presente em meu corpo. Era quase impossível resistir à tentação de tocá-la, de sentir a textura e maciez dos cabelos sedosos da mesma, era praticamente impossível. E para ser sincero, não tinha a mínima ideia de como ou porquê eu tinha resistido à ela por tanto tempo. Talvez, tenha sido pelo medo da rejeição, mas algo me dizia em meu âmago que ela sempre havia me dado sinais, sinais estes que eu havia ignorado inconscientemente. Contudo, as dúvidas, as inseguranças, a negação, — não fazia sentido agora, não mais. Porque agora eu sabia, que o que eu sentia era recíproco.
— Você viu a sua irmã? — Suspirei, vendo Jimin sentado no sofá assistindo um programa de televisão qualquer.
— Ela não está no quarto? — Ele perguntou, virando o rosto para olhar em minha direção.
— Eu bati e depois abri a porta, ela não está lá e em mais lugar nenhum da casa! — Passei a destra pelo meu cabelo, desalinhando-o.
— Ela deve estar no telhado.
— Lá em cima? Fazendo o quê? — Não pude conter minha ansiedade e curiosidade, elas se sobressaíam sempre que o assunto era a S/n.
— Ela vai costuma ir para lá quando algo está à preocupando ou quando ela quer um tempo para pensar sozinha, sabe? Sem barulhos. Apenas, o vento no rosto dela e o cheiro das rosas. — Jimin falou com calma, enquanto analisava a minha expressão. — Você gosta dela, não é?
Eu poderia mentir, ocultar e não dizer qualquer outra coisa da qual eu não queria. Mas, esse era o fato, eu não queria. Estar com ela, me fazia sentir sensações — sentimentos — dos quais, eu não sentia há anos. Era como se estar perto dela, me trouxesse novamente à vida; no fim, era exatamente aquilo, estive por tanto tempo adormecido que quando ela chegou perto de mim, estremeceu, por completo, a barreira que eu havia construído em volta de mim.
