Capítulo 36

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-- Senhora Park-Kim? -- O homem chamou quase rangendo os dentes ao se deparar com Rosé sentada no colo de Jisoo aos beijos com a mesma. A mão de Jisoo estava alojada um pouco acima da bunda de Rosé, enquanto os braços da mais nova estavam envoltos no pescoço de Jisoo. Rosé jamais era tão íntima com Chanyeol quando eles costumavam se beijar, pelo contrário, o beijo deles nunca durava muito porque ela sempre dizia que ele era ansioso demais.

-- Hmm? -- Ambas as mulheres murmuraram juntas, se virando para o rapaz. Jisoo riu e negou com a cabeça, sem perceber Rosé tensionar sob a visão do homem.

-- Acho que precisará nos chamar pelo primeiro nome, Peter. Ambas somos as senhoras Park-Kim. -- Jisoo disse rindo.

-- Desculpe, Senhora Jisoo. Apenas gostaria de saber onde fica a chave da biblioteca para começar meu trabalho. -- Ele disse com as mãos para trás e de cabeça baixa.

-- Vou buscar com Jerry, só um minuto. -- Jisoo disse dando dois tapinhas na coxa de Rosé, fazendo a mesma se levantar.

-- Eu vou com...

-- Não, amor. Já volto. -- Jisoo disse dando-lhe um selinho rápido antes de sumir de vista. Rosé teria se derretido ao ser chamada de "amor" por Jisoo caso Chanyeol não tivesse se aproximado visivelmente irritado.

-- Precisamos conversar, Rosé. -- Ele disse segurando em seu braço.

-- Me solta, Chanyeol. Não tenho nada para falar com você. -- Ela sussurrou assustada.

-- Tem sim. -- Ele disse olhando para trás para checar se ninguém vinha. -- Acho que mereço uma explicação, não acha?

-- Chanyeol...

-- Você simplesmente sumiu, Rosé. Sem deixar nenhum recado, nenhum sinal... -- Ele disse aflito. -- E de repente se casa. Sabe como eu fiquei? -- Rosé suspirou e lhe encarou.

-- Por favor, vamos deixar as coisas como estão. -- Ela pediu checando ao redor novamente.

-- Eu só preciso... Só quero conversar. -- Ele disse. -- Por favor. -- Rosé pensou um pouco. Sabia que ela deveria conversar com o rapaz, mas não queria problemas com Jisoo. O olhar desesperado do homem fez Rosé suspirar. Lhe devia uma explicação e por isso, vagarosamente, assentiu.

-- Amanhã a tarde, quando Jisoo for trabalhar eu te procuro. -- Falou baixo. -- Mas agora me solte, por favor. Eu não quero problemas com ela. -- O rapaz a soltou, lhe fitando confuso.

-- Por quê? A desgraçada te bate?

-- Aqui está. -- Jisoo entrou no ambiente sorridente, entregando a chave para o rapaz, fazendo Rosé olhar atônita para ela.

-- Obrigado, Senhora. Com licença.

-- Hey, Peter. -- Jisoo chamou e o rapaz se virou. -- Não precisa se matar de trabalhar, tudo bem? Se sentir fome ou algo assim fique a vontade para vir até a cozinha comer algo. -- O rapaz assentiu e olhou para Rosé.

-- Obrigado. Farei isso, com licença.

-- Simpático o rapaz, hm? -- Jisoo disse. -- Um pouco quieto demais, mas gostei dele. -- Jisoo disse. Rosé forçou um sorriso e assentiu abraçando fortemente sua esposa. -- Hey, o que foi, Rosie?

-- Eu só... -- Disse apertando forte os braços em volta de Jisoo. O cheiro de sua esposa lhe acalmava de certa forma. -- Só preciso que me abrace forte e me prometa que tudo vai ficar bem. -- Mesmo sem entender Jisoo abraçou Rosé, tentando confortar sua esposa.

-- Eu farei o possível para que tudo sempre esteja bem, hm?

-- Promete?

-- Prometo.

[...]

Jisoo lia distraidamente um livro em sua cama, enquanto Rosé estava deitada sobre seu peito, com os olhos concentrados no rosto de sua esposa.

-- Não consigo me concentrar sabendo que você está me olhando. -- Jisoo disse rindo.

-- E que tal se... -- Rosé disse pegando a fitinha vermelha do livro e o colocando na página para marcá-la, fechando o livro logo em seguida e o colocando sobre a mesa de cabeceira ao lado da cama. -- Você não se concentrasse no livro por agora, hm? -- Rosé perguntou deixando um beijo no pescoço de Jisoo, fazendo a mulher estremecer.

-- Por mim tudo bem. -- Jisoo disse virando seu rosto para Rosé e tentando beijá-la, mas Rosé se afastou, fazendo Jisoo franzir o cenho.

-- Agora que tenho sua atenção podemos conversar sobre Jiyoo. -- Jisoo fechou a cara na mesma hora. -- Amor... -- Rosé usou um tom arrastado e pidão. -- Por favor, converse com ela. -- Deixou um beijo no rosto de Jisoo. -- Escute o resto de sua história. -- Com um beijo no canto dos lábios Jisoo não soube se tremera por Rosé lhe chamar de "amor", pelo tom arrastado e sensual em sua voz ou pelos quase beijos.

-- Rosé, ela mentiu para mim.

-- Porque seu pai só deixaria ela ficar ao seu lado sob essas condições. -- Rosé revelou, ganhando ainda mais a atenção de Jisoo.

-- Ele morreu quando eu tinha vinte. Ela podia...

-- Ponha-se no lugar dela. As coisas não são tão fáceis assim. -- Jisoo a olhou e mordeu o lábio inferior. -- Converse com ela, por favor... -- Rosé disse colando suas bocas finalmente, deixando Jisoo sem fôlego. -- Por favor, Soo...

-- Tudo bem. -- Jisoo disse. Não conseguia dizer não para Rosé e no fundo realmente queria conversar com a mulher, sentia falta dela e queria entender melhor e conhecer a história completa. Sentia-se pronta para isso.

-- Eba. -- Rosé disse sorrindo, enquanto se inclinava e apagava a luz do abajur. Jisoo foi surpreendida pela boca cálida de Rosé sobre a sua. Levou a mão até a cintura da mais nova, a puxando mais para si.

Rosé invadiu a boca de Jisoo sem pedir permissão. Sabia que não precisava e por isso se atreveu a isso. Ela não se cansava de beijar Jisoo, poderia passar dias a beijando sem reclamar. Os lábios eram macios e suculentos, fazendo Rosé quase querer mordê-los fortemente.

Se inclinou um pouco mais e levou seu dedo indicador até o ombro de Jisoo. A marca ainda estava lá, apesar de agora haver apenas uma casquinha sobre a ferida. Acariciou a lembrança daquela batalha e terminou selando os lábios de sua esposa.

-- Odeio saber que você sai para essa guerra. Odeio a espera, odeio meu cérebro louco que cria milhões de teorias sobre o pior que poderia te acontecer. -- Rosé confessou em um sussurro. -- Prefiro você aqui, abraçadinha comigo.

-- Ah é? -- Jisoo perguntou sorrindo.

-- Sim. -- Rosé disse deitando sua cabeça sobre o peito de Jisoo. Amava escutar as batidas de seu coração.

-- Se eu pudesse nunca mais sairia daqui, mas é meu trabalho.

-- Que por sinal eu odeio. -- Rosé falou, sentindo suas pálpebras pesarem diante da carícia de Jisoo em seu cabelo. Jisoo apenas riu ao ouvir a voz sonolenta de Rosé. Sabia que a mais nova sempre dormia com cafunés.

-- Vê se sonha comigo, boo. -- Rosé não sabia se Jisoo realmente tinha dito isso ou se havia sido em seu sonho, mas assentiu levemente antes de cair em um sono profundo.

Over The Rainbow - ChaesooOnde histórias criam vida. Descubra agora