2- O Reencontro

8 1 0
                                    

Adam Bennett

-Eu disse que você iria encontrar ela.- franzi a testa. Roberto me cutuca com o seu próprio cotovelo.

-Como você sabia que ela estaria aqui?- Roberto arregala seus olhos e bebe sua bebida nervoso.- o que está escondendo Roberto?

-Nada, nada demais. Em breve irá descobrir.- está escondendo algo, eu sei que está.- Quer ir embora?- Olhei à minha volta. Vejo Jenny nos braços de outro homem, ao ponto de se beijarem.

-Não, vamos curtir mais um pouco.- meu amigo se alegrou e eu ri. Engulo o ciúmes com força, chega doeu.

-É disso que estou falando, é para você já ir se animando para a festa do Nando sábado.- ri de canto.- Quantos acompanhantes pode levar?

-Três, não se preocupe. Você já está na lista e provavelmente eu leve a minha irmã.

-Ela vai vir?

-Sim, irá passar férias uns vinte dias. Dessa vez será só ela.- Roberto força um sorriso, mas sei que está chateado por conta de uma pessoa.- Billy irá vir novamente só não sei quando, não fique triste.- o consolei segurando meu sorriso.

-Por que está segurando o sorriso?

-Não estou sorrindo da sua sexualidade para deixar claro.- me olhou de cima abaixo.- estou sorrindo porque você gosta do meu irmão. E é de felicidade e esquisito ao mesmo tempo, porque é meu irmão! Pois aquele está encalhado faz quinhentos anos.- dei um gole na bebida.

-Idiota.- rimos calmos.- quando eles vêm para cá. Visitam a Jenny?- assenti.- há, por isso que eles falam que vão ao parque. Mas na verdade vão na Jenny.

-Eles fizeram esse "código" anos atrás, para não citarem o nome dela. Só que já falei para eles que não precisavam, porém, acabou virando uma brincadeira entre a gente.

-Eu curti, vou usar esse código quando eu for na casa da Le...- continuei quieto, para que ele explane o nome dela ou dele.- olha só, deu a hora. E deu um sono.- fingiu estar cansado e bocejou.

-Sorte a sua que eu estava começando a ficar exausto.- ele riu e minto sobre.

Saímos da avenida indo para o carro, dei partida e segui o trajeto. Parei em um posto antes de chegar em casa e vejo um automóvel estacionado distante. Pressionei meus olhos para enxergar melhor quem está no banco da frente e é a Yelena, bati no vidro para chamar a atenção do Roberto e abriu. Escorei.

-O que houve?- seu rosto está preocupado.

-Tem uma menina que eu conheço está dormindo naquele carro sozinha.- apontei.- devíamos acordá-la, avisar que irá levá-la para casa no carro dela, vou te seguindo até o local e depois vamos embora.

-Pode ser.

Ele saiu do carro e fomos até lá, bati no vidro e nada dela responder. Bati um pouco mais forte e que sono de pedra a Yelena tem, olhei para a janela de trás vendo uma pessoa se levantando com a mão para cima e parece está gemendo de dor de cabeça. A pessoa abre o vidro revelando ela, escorei e encarei com sorriso de canto.

-A bateria do carro acabou de novo?- Jenny se assusta.

-Não e nem do celular.- ela mexe o objeto rindo.- que horas são?- mostro meu relógio digital.- meu Deus, já são quatro da manhã!- foi para frente depressa.

Yelena acorda assustada pronta para dar um golpe em alguém, seguramos a risada.

-Por que vocês estavam dormindo aqui?- Roberto pergunta preocupado.

-Nem eu sei, dormi no meio da estrada e acordei só agora.- olhamos para a Jenny esperando uma resposta.- oi Roberto!- ela o abraça.

-Oi, Lena.- diz nervoso. Eu e Jenny nos olhamos, acho que estamos pensando a mesma coisa. Tem algo rolando desses dois.- continue Jenny.

Escaldante Onde histórias criam vida. Descubra agora