12- O Adeus

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Adam Bennett

Chegamos ao local e os disparos começaram. Por sorte que os carros são blindados, faço sinal para descerem no lado esquerdo e aviso os mesmos no walkie-talkie. Ficamos agachados pensando em algo para se fazer. Olho o bueiro e tenho uma ideia.

-Juntem aqui.- aciono o walkie-talkie.- eu, Marcellina, Jack e Thomas vamos para o bueiro até em direção a casa dele. Entramos à procura da Jenny.

-E os outros?- Jack questiona.

-Vão manter aqui e tentar acalmar a bagunça. Luciano está no comando.- O olho distante e o vejo engolir seco.- vai dar tudo certo! Confiem no potencial de vocês!- desligo.- vamos!- Marcellina e Thomas começam a engatinhar até o bueiro. Antes de eu ir, Jack me para e me olha confuso.

-Onde está o seu colete chefe?

-Está embaixo da minha blusa vamos logo, não podemos demorar.

Jack e Thomas levantam a tampa, os dois descem primeiro, desço em seguida e ajudo a detetive descer. Ligamos nossas lanternas e há várias entradas, reparo Thomas dar passos para trás lentamente.

-Se eu soubesse que seria tão difícil, nem teria aceitado.- Jack dá um tapa em sua cabeça.- aí!- Esfregou o local.- e agora o que a gente faz?

-Pelo o que ouvi uma vez. O governo ordenou que as entradas teriam que ter o número da casa, porque as pessoas que limpam os esgotos por debaixo deixavam eles confusos por não terem alguma coisa que dissesse que é para limpar a casa da pessoa tal.

Olhamos nas entradas e há números. Sorri de alívio.

-Tem sim.- apontei para a casa do Stevan.- logo de primeira.

Andamos devagar para a água não fazer tanto barulho. É nojento estar aqui? É, mas é por uma boa causa. Fomos até o quintal dele e abrimos, Thomas foi o primeiro a sair para analisar se dá para todos sair e ver onde Jenny está. Não escuto mais tiros, o silêncio e a demora são perturbadores.

-Gente.- assustamos.- está limpo, podem vir.

Subimos em mais silêncio ainda e nos escondemos atrás dos arbustos. Vejo uma das cenas mais sensíveis e apavorantes em toda a minha vida, no futuro terei muitos pesadelos desse momento.

Ela nunca me deixou sozinho. Não a deixarei jamais, preciso dela aqui comigo me apoiando para tudo. Não precisa nem ser minha parceira da máfia, apenas estando ao meu lado ficarei feliz.

A mesma está amarrada, ensanguentada e parece desmaiada. Stevan está discutindo com os seus capangas, ele está puto da vida. Pelo jeito notou que chegamos.

E o que passa na cabeça de um psicopata fazer isso? Para eles é um fetiche em ver as pessoas desse jeito e para nós é muito fácil falar: é só ele parar de fazer isso.

Não é só, a cabeça de um cara desse não pensa em outra coisa além de torturar pessoas inocentes e "curar" serial killers é complicado. Dura meses ou até mesmo anos. Só ajuda psiquiatra ou até mesmo o hospício ajuda esses assassinos. Ou a própria cadeia.

-O que fazemos agora?- Marcellina olha para mim cochichando. Reparo a minha volta e assusto com um dos capangas dele atrás de nós.

-Brincando de esconde e esconde. Não chamaram o Stevan para brincar não?- colocou uma máscara de corvo.- bons sonhos.- tirou o pino da bomba de fumaça.

Pisco várias vezes, minha visão está turva e rodando tudo, sinto náusea e...

-Galera.- Thomas boceja.- alguém mais está com sono?- o mesmo, Jack e Marcellina caem deitados.

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