4- O Reencontro

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Jenny Miller

Escutei um barulho de tiro e me sentei rapidamente na cama tomando fôlego. Vejo as horas e as notificações e nada do Adam, podemos ainda estarmos brigados, mas a preocupação por ele continua nunca irei desejar o mal a ele e para ninguém. Anna Carla pode estar na minha frente, que vou ajudar de qualquer forma.

Vou até o banheiro, enxaguei meu rosto. Pelo jeito a noite vai ser longa e estou sozinha no apartamento, Yelena saiu para se divertir também e provavelmente só volta de manhã. Sorte que duplicaram a segurança do prédio e consigo ficar mais tranquila, Billy acabou indo para casa do Otávio, não estava se sentindo tão seguro ficando no hotel e…

A campainha tocou, levei um pequeno susto. Olho no olho do peixe e vejo o Adam?!

Abri a porta para o mesmo e fechei, ele está capengando, ensanguentado e gemendo de dor. O deitei no sofá e corri para pegar o kit de primeiros socorros.

-O que houve Bennett?- Peguei o algodão e o álcool para limpar seus ferimentos abertos. E uns remédios.

-Eu acho melhor eu contar. Quando eu parar de sentir um pouco de dor.- fiquei séria.- ok, primeiro tira a minha blusa.- o fiz sentar e tirar sua blusa. Começou a contar o que houve, prestei atenção primeiro.- e no final. Ele apontou uma arma na minha cabeça, e minha visão estava turva, apenas vi um vulto de uma pessoa socando o André que caiu com tudo no chão. Meus capangas me carregaram até o carro, pedi para me deixarem aqui e não em casa e apaguei. Acordei com eles me chamando, dizendo que minha casa está destruída, ainda foram teimosos e finalmente me deixaram aqui na porta do apartamento e voltaram para a minha casa para arrumar a bagunça.

-Mas por que aqui?- Ele se mexeu um pouco e gritou de dor.- não grita, os vizinhos iram escutar!- cochichei.

Olhei para sua costela que está com um roxo enorme e sangrando um pouco. Acabo fazendo cara feia.

-Está ruim?- disfarço a careta.

-Não está não. Relaxa!- continuei.

-E que pergunta estúpida que fez. Não é óbvio?- fico brava e cutuco seu hematoma.- Aí porra! Pra que isso?

-Fala desse jeito comigo de novo para você ver o que faço. Vou dar um soco onde já está machucado.- revirou os olhos.- por que veio para cá?

-Não viu a minha casa destruída?

-Infelizmente vi e presenciei.- meu tom de voz abaixa e Adam fica surpreso.

Não era para ele saber sobre, eu sou uma boca aberta mesmo.

-Como assim?

-Nada não, esquece. É bobagem.- gaguejo.

-Jenny, o que houve lá?- mantive em silêncio.- você sabe que não pode mentir para mim.- umedeço os lábios.

-Apenas matamos um capanga dele e fomos embora.

-Por que você desceu do carro?- ele briga comigo.

-Eu não desci. O capanga estava dentro do carro e a gente no do Otávio e dei um tiro. Pronto acabou, agora fica quieto caralho. E outra, que tradição da família é essa?- ele faz cara de que foi pego de surpresa.- eu preciso saber que tradição é essa! Não adianta mentir e nem ficar quieto. Você sabe que eu procuro depois.

-Bruno e meu pai contrabandeavam armas para sustentar a família.- não sei se acho isso foda ou assustador ou com raiva por descobrir depois de anos.- Jenny? Terra pra lua.

-Alguém mais sabe?

-Só eu, Billy, o André e o Otávio.

-Por que André sabe?

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