Uma bela amizade

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2 meses depois

- Olha o cabulante. - digo olhando para Dani, que novamente cabulou aula pra vir a minha sala, onde ficamos conversamos até não poder mais.

Nesses dois meses, por incrível que pareça nos tornamos amigos, com direito a provocações e brigas. Porém dessenvolvi algo... especial por ele.

- Há há, eu sei que você adora quando venho ficar com você. - ele diz sorrindo.

- Ah, cala a boca vai! - digo o empurrando-o de lado quando ele senta ao meu lado.

Ficamos conversando, e as horas se passaram até que chega o horário de nosso intervalo. Saímos da sala e caminhamos em direção ao pátio, quando chegamos nos sentamos na mesa de frente e continuamos a conversar.

- Você realmente não presta - digo rindo, após ele zoar um dos garotos da sua sala. É sempre assim, sempre ele ou eu falamos de alguém. É errado? Sim! Mas quem nunca né, aliás como diz o ditado: "O que os olhos não vêem, o coração não sente", né?!

- Mas ele realmente veio com um estimulador de mamilos um dia, na hora que fomos nos trocar pra jogar ele deve ter esquecido que estava usando um, pois no momento em que tirou a camisa ficou bem claro o que ele tinha grudado nos mamilos. - ele diz também rindo.

Conversamos mais um pouco, até que em determinado momento percebo ele olhando pra uma menina loira da mesma série que ele. Mas ele logo desvia a atenção dela e se foca em mim novamente.

***

- Vamos? - ele diz chegando na porta da minha sala. Após o intervalo ele voltou para sua sala, e eu permaneci na minha própria estudando.

- Vamos! - digo pegando minha mochila e me despedindo de alguns amigos que eu estava conversando antes dele chegar.

Caminhamos até fora da escola em um silêncio confortável, até que chegamos ao carro em que ele pegou emprestado de seu pai. Pois é, ele dirige. Mas não é sempre afinal ainda é menor de idade, e ainda não tirou a carteira de motorista.

A primeira vez que ele me chamou pra andar no carro com ele como motorista, depois de dar belas risadas achando que era mais uma zoeira da parte dele percebi que era sério e me recusei de imediato. Me lembro como se fosse ontem do terror que passei achando que ele ia me matar, não sei como ele me convenceu a entrar no carro e não sei como estou entrando hoje novamente.

Sabe aquela sensação de terror e espanto que citei anteriormente? Pois é, momento nostalgia.

- Vai devagar Daniel, sou nova de mais pra morrer! - quase grito quando ele começa a dirigir e ameça ir rápido demais.

- Chata você em! - ele diz me mostrando a língua, como um gesto infantil - mas por agora vou ir devagar, deixemos a adrenalina pra mais tarde, depois do lanche. - ele diz com um sorriso diabólico, e começa a dirigir em uma velocidade normal.

- lanche? - pergunto com uma sobrancelha arqueada.

- Sim, não te avisei? Vamos passar naquela lanchonete que você gosta e hoje é por minha conta, mas não se alegra muito não que a próxima quem paga é você. - ele diz divertido.

- Uhuu! - digo fazendo uma dança desengonçada de comemoração. - espera vou avisar meus pais que vou chegar tarde em casa. - digo pegando meu celular e mandando uma rápida mensagem de que sairia com a Jéssica e que chegaria tarde em casa.

- Coloca uma música aí - ele diz apontando para a pequena tela grudada no painel do carro.

Coloco En Vogue - my lovin', uma música de um de nosso filmes favoritos.


No momento em que a música começa a tocar, é aí que começa um verdadeiro show de horrores dentro do carro. Eu tentando imitar as cantoras cantando e fazendo uma dança desengonçada, enquanto ele começa a cantar com uma voz tão fina quanto a das cantoras da música.

No último gritinho dele imitando a canção, não me aguento mais e começo a rir descontroladamente, com direito a pequenos 'ronquinhos' de porco. Rio até minha barriga doer e meus olhos saírem lágrimas, que quando eu percebo vejo que chegamos a lanchonete.

- Você é muito besta cara! - digo enxugando um resquício de lágrimas de meus olhos.

- E lindo, e charmoso, e engraçado e diversas outras qualidades que não tenho tempo de citar no momento. - ele diz desafivelando seu cinto e saindo do carro.

- Modéstio se encaixa nessas qualidades também? - ironizo vendo ele me mostrar a língua e franzir a testa.

- Vamos entrar logo antes que eu desista. - ele diz e me puxa pelo braço, enquanto caminha em direção a porta.

- Mais agora você não vai desistir mesmo. - digo me soltando e caminhando atrás dele.

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⏰ Última atualização: Jun 27, 2022 ⏰

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