Capítulo 13 - "...Amigo"

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Estava ali, sentando no gramado do lago olhando a paisagem e enquanto tomava um milkshake.

–Como que eu vou contar isso pra minha mãe? – perguntei a mim mesmo tentando me livrar daquele nó que estava na minha garganta o qual eu insistia em ignorar

Mandei uma mensagem pra minha amiga,  precisava conversar com alguém. Margot chegou ali super rápido.

–Nada melhor que afogar as mágoas, com um capuccino. – ela chegou ali com os copos nas mãos

Eu recebi ela chorando, Margot me abraçou sem perguntas.

–Meu pai tem um caso com a Amélia. – falei

–O que? Como soube disso? – ela me perguntou

–Eu vi eles no camarote do bar que eu fui com o Dan. – respondi

–Vai fazer o que com a informação? – ela me entregou o copo

–Eu não sei. Acha que eu devo contar pra minha mãe? – perguntei

–Você acha que ela vai acreditar? – ela me perguntou

–Então eu não sei. Também não quero desmanchar minha família. – falei

–É confuso, mas pensa antes de fazer qualquer coisa. – minha amiga me "aconselhou"

–É o que eu tô fazendo desde cedo, Margot – falei impaciente

–Tá bem Júnior. – ela disse em um tom baixo

Margot ficou sentada ali comigo, decidi ir embora. Cheguei em casa e meus pais estavam escutando músicas e dançando.

–Boa noite! – não consegui disfarçar meu olhar para meu pai

–Filho podemos conversar? – meu pai murchou assim que me viu

–Sim. – respondi seco, minha mãe nos olhou confusa

–Aconteceu alguma coisa? – ela perguntou

–Não, querida. Não aconteceu nada meu bem. – meu pai respondeu

Fomos até o lado de fora.

–É; filho. Aquilo que você viu ... eu. – não deixe ele falar

–Você era meu herói, pai, aí eu te vi com aquela outra mulher. –

–Você precisa me entender. Me deixa te explicar. – ele falou

–Eu não quero explicação eu sei o que eu vi. Você não pensou na mamãe quando traiu ela, então não vou pensar em você. – retruquei

–Filho espera... não acaba com a nossa família. – meu pai me pediu

–Você já fez isso, e precisa contar pra minha mãe. – o intimei

–Contar? – ele me olhou incrédulo

–Se você não contar eu conto. – retruquei

–Você não pode fazer isso comigo, eu sou seu pai. – ele disse com firmeza na voz

–Eu sou seu filho. E você não teve nenhum pingo de consideração por mim, nem pela Bianka é muito menos pela minha mãe! – falei, estava trêmulo e meu coração estava acelerado

–Eu quero concertar isso. – ele parecia arrependido

–Não da mais tempo. – falei com ele

–Filho...

–Vou ir tomar um banho. – passei por ele e fui correndo pro meu quarto, não consegui olhar pra minha mãe, apenas forcei um sorriso.

Na manhã seguinte fui para a escola e fiquei conversando com meus amigos antes da aula. Eles estavam conversando e eu não conseguia prestar atenção no que eles estavam falando. 

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