Capítulo 16 - Você Me Aceita?

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Daniel estava parado no meu quarto, achei estranho, mas eu relevei.

–Gostei dos posters. Só faltou um do CR7 para ficar bonito. – ele disse

–Se quiser levar o grande do Ed Sheeran. – falei apontando, ele sorriu

–Não foi disso que eu vim falar. Queria falar de nós. – ele disse, eu olhei um pouco surpreso

–Nós dois? – o interpelei

–Sim. Eu gosto de você, você sabe. E eu estava confuso, ainda estou, mas eu quero descobrir isso com você. – ele respondeu

–Olha, Dan, eu não tenho certeza. Quer dizer, não dá pra continuar do jeito que tá? – perguntei ele me olhou um pouco desapontado com minha hesitação

–Você também gosta de mim como eu gosto de você? – ele me perguntou

–Eu gosto, pra caramba. – respondi

–Então fica comigo. – ele disse cabisbaixo

–Eu não sei... Eu quero, mais tenho medo... Você pode me dar um tempo para pensar sobre sua proposta? – pedi

–Amanhã na escola você me responde. – ele disse por fim e saiu andando, eu fui atrás dele, mas não disse nada

–Como foi? – minha irmã perguntou

–Péssimo! – respondi

–Júnior Gregório, se você quer só vai. Você não precisa ficar com medo de nada eu sempre vou estar com você, sempre! – ela disse segurando a minha mão –Não deixa de ser feliz por medo do que vai vir depois. – minha irmã disse por fim.

Eu fui para o meu quarto, depois de um banho demorado eu me deitei, eu fiquei pensando no que minha irmã disse. Peguei no sono profundo, acordei com o meu celular despertando

Fui ao banheiro, tomei um banho, fiz o que eu tinha que fazer e fui me trocar, pegue o uniforme e um "macacão" jeans que era bermuda. Arrumei meu cabelo, vesti meu AllStar preto e peguei minha mochila

–Você não usa isso a oitenta e quatro anos. – minha irmã disse assim que me viu

–Achei que você não tivesse gostado dessa "jardineira" – minha mãe comentou assim que me viu

–Eu também, ele só usou na casa da tia Lúcia porque foi ela quem deu. – Bianka disse

–Deu vontade de usar ele ué! – me defendi

–Bom dia família linda! – meu pai chegou ali animado, eu revirei os olhos involuntariamente

Ele ficou me encarando.

–É o que a tia Lúcia me deu. – afirmei

–Achei que você já tinha jogado fora! – ele disse

–Eu não jogo as coisas foram assim de uma hora pra outra, pai. – retruquei, um clima estranho se instalou ali

–Vão logo tomar café da manhã! – minha mãe disse

–Por favor na vai dizer que é a refeição mais importante do dia. – minha irmã disse

–É porque é muito clichê e você não é dessas! – completei

–Não, eu ia dizer que controla o nível de glicose no sangue e diminui o risco de diabetes tipo dois. – minha mãe retrucou, meu pai deu uma risadinha

Depois do café meu pai deixou a gente na escola. Felipe, Pedro e Rafael já estávam lá

–Bom dia! – digo.

–Oi, como foi ontem? – Rafael perguntou para mim

–Bom dia gente! – Daniel disse –Oi! – ele olhou para mim e passou direto

–Está aí sua resposta – Bianka disse

–Ah não, vai lá! – Rafael pegou a mochila de mim e me empurrou para dentro da escola – Fala com ele agora.

Eu olhei para o meu cunhado e ele fez um sinal para eu seguir em frente, Pedro, Felipe e Bianka sorriam. Eu fui andando até o Daniel que estava sentando no lugar de sempre e do mesmo jeito, me sentei na frente dele.

–Oi! – sorri pra tentar disfarçar que eu estava tenso

–Oi? – ele olhou para mim –Imagino que já tenha minha resposta.

–Sim! – respondi um pouco assustado

Ele olhou para mim e um sorriso brotou em seu semblante. Eu me inclinei para dar um beijo nele, foi um selinho bem longo

–Vem, vamos até os outros. – digo. Peguei a mão dele e nós fomos de mãos dadas até onde nossos amigos estavam

–Até que enfim – Thalita disse quando nos viu de mãos dadas

–Gente. Eu não queria cortar o clima não, mas vi a Babi conversando com o seu pai, Junior. – Margot disse olhando para mim

A garota vinha toda sorridente em nossa direção, minha irmã bloqueou a passagem dela

–Meu pai não costuma usar esse tipo de programa. – minha irmã disse, a garota olhou sarcástica –Se está precisando de dinheiro a gente te ajuda, não precisa ser prostituir.

–Bia ... – repreendi minha irmã, que tinha passado um pouco dos limites

–Não! – ela sorriu –Digamos que nosso amigo Júnior Gregorio vai ter uma conversa franca com os pais quando chegar em casa hoje.

Ela tirou o braço da minha irmã da frente e saiu andando, eu fui andando atrás dela.

–Quem você pensa que é? – perguntei um pouco alterado

–Eu só te ajudei! – ela jogou um sorriso cínico

–Você é um ser humano desprezível, não sabe perder mesmo. Tem que ser muito amargurada pra fazer esse tipo de coisa. – cuspia as palavras, meus olhos estavam marejados e minha voz trêmula

–Amor, para! – Daniel me segurou

–Garota é melhor você se preparar, porque eu não vou pegar leve com você! – minha irmã disse olhando com ódio

–Boa sorte Bianquinha! – a garota sorriu e saiu andando

–Eu vou acabar com essa garota! – minha irmã disse e jogou sua mochila de lado e atacou a garota

Rafa puxou a Bianka e o Pedro segurou a Babi.

–Se acalma amiga, ela não vale a suspensão. – Thalita disse

Eu corri até o banheiro, me tranquei em um dos banheiros, Rafael e Daniel foram atrás de mim.

–Sai daí. Não vai ser o fim do mundo. – Rafael disse

–Minha família tá se desfazendo e saber isso vai acabar com a minha mãe mais ainda. – falei

–Como assim? – ele me perguntou

–Junin sai daí por favor. – Daniel pediu

–A gente vai tá aqui com você, se seus pais não reagirem bem você tem com quem contar. – Rafael disse

Eu abri a porta, Daniel me puxou pra perto dele.

–Eu sei que é difícil ainda mais depois do que você descobriu, mas vai ficar tudo bem, amor. – Daniel beijou a minha testa

–O que tá acontecendo aqui? – Rafa nós perguntou

–Meu pai tá traindo minha mãe com a diretora Amélia. – falei

–O papai o que ? – Bia me indagou, ela ficou ali parada com uma cara de espanto...

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