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"Eu..."

Hermione estava chocada com a crítica presente na voz de Snape. Ela era a responsável por vigiar quando seu anel começou a queimar e ficou muito grata pelos garotos estarem na tenda, dormindo, pois pode pegar o retrato do Diretor Black de sua bolsa sem ser vista. Então, ele sabia sobre o Ministério, claramente. O quanto Voldemort tinha suspeitado? Ela tocou o medalhão que descansava sobre a sua camisa. Ele parecia frio e irreconhecível aos seus dedos. Preferiu que não encostasse em sua pele.

Parecia que era muito esperar que ele a consolasse essa noite. Ela tremeu, singelamente, com o vento. Era o começo do outono, mas a noite trazia um pouco de frio, e Hermione já se sentia saturada, até os seus ossos, do frio e do pavor.

"Você tem alguma ideia do tipo de problema que você nos colocou hoje?" ele esbravejou. "Que razão você poderia ter para visitar o Ministério?"

"Senhor, eu não posso..."

"Eu vou te dizer o que você não pode fazer, Senhorita Granger. Você não pode salvar todo mundo. Seu trabalho é salvar o Potter. Potter! Levar ele para o Ministério! O Ministério, que é controlado por Voldemort! E não insulte nós dois fingindo que isso não foi ideia sua – não tem como o Potter e o Weasley terem entrado naquele prédio sem você."

Então ele acreditava que ela tinha ido para libertar os Nascidos-Trouxas.

"Eu fiz os planos, sim; mas, senhor, você não entende. Nós não estávamos..."

"Vocês não estavam o que? Vocês não estavam pensando? Quão óbvio. Você entende que se você tivesse sido capturada, eu teria que... Senhorita Granger, se você tivesse sido capturada, você muito provavelmente teria sido morta."

"Você pode parar de me interromper? Estou tentando explicar" ela sussurrou, aproximando o retrato de si, debaixo da capa de invisibilidade do Harry.

Phineas Nigellus Black fez um som sufocado de protesto, mas o Professor Snape disse:

"Black! Você pode reclamar da impertinência da senhorita Granger o quanto quiser, mas não até que essa conversa termine!"

Hermione esperou um momento, certa de que o sapato preto no canto esquerdo do retrato se retiraria repentinamente, mas ele permaneceu. Ela se mexeu um pouco e as folhas amassaram debaixo dela. Ela podia sentir a umidade penetrando através do seu jeans. Respirou fundo.

"Eu sei que assumimos um risco. Nós conhecíamos o perigo para Harry, para nós três, se fôssemos capturados."

"Granger", ele disse, e sua voz era como gelo líquido, "eu pensei que você tivesse entendido que Potter deve ser mantido seguro a todo custo. Ele deve derrotar Voldemort."

"Eu entendo isso. Escute-me! Tivemos que ir ao Ministério! Havia algo de que precisávamos para o plano. Para o plano de Dumbledore."

Houve um longo silêncio, e ela começou a se perguntar se ele havia partido. Ela falou para a escuridão.

"Olha, Professor – você sabe que eu não posso lhe contar. Você sabe disso. Mas havia algo que pertence a Você-Sabe-Quem no Ministério. Algo que precisávamos conseguir."

"O Lorde das Trevas não informou que algo estava faltando." Snape disse, friamente.

"Graças a Deus. Oh, Senhor, você não pode imaginar o quanto isso me anima. Isso significa que meu feitiço Geminio funcionou!"

"Você duplicou o item?"

"Sim."

"Isso foi... bem pensado, senhorita Granger."

Second Life | SevmioneOnde histórias criam vida. Descubra agora