14 - Innocent?

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P.O.V'S KAUANA

durante todo o meu testemunho tentei não demonstrar tantas emoções e sempre ser direta e objetiva. claro que eu não falei totalmente a verdade, mas ninguém sabe disso.

depois do meu testemunho começaram a chamar as outras testemunhas e sendo sincera isso estava um tédio. no momento era a irmã do Robert que estava testemunhando, mas ela não tinha nada contra mim então não disse nada de irrelevante.

tive que me controlar muito pra não revirar os olhos a cada comentário carinhoso que ela fazia sobre o Robert, mas eu sabia bem que eles não se suportavam. pra ela ele era só o banco que ela costumava tirar dinheiro.

mas tenho que dar créditos pra ela, ela até fez o esforço pra chorar e tudo. claro que as lágrimas eram falsas, já que ninguém podia chorar lágrimas de verdade por ele.

- kauana? - ouço Collins me chamar me fazendo sair dos meus pensamentos e me virar pra ele. - nós iremos pedir receso caso nenhuma prova ou testemunho for relevante - Collins diz e eu apenas assinto.

- a acusação tem mais alguma testemunha a apresentar? - a juíza pergunta olhando pro promotor público que assentiu e começou a conversar com os demais assistentes.

me virei pra frente e foquei em não deixar minha imagem de viúva fragilizada, assim que ergui o olhar vi a Daniela sendo levada até o banco das testemunhas e por um instante nossos olhos se encontram.

voltei a olhar pra baixo e tentei controlar a minha respiração, minha cabeça começou a doer, não sei o porque mas minha ansiedade só piorou.

P.O.V'S DANI

- a senhora dará sua palavra de honra, e a promessa de dizer a verdade do que souber e lhe for perguntado? - o escrivão me pergunta me fazendo desviar meu olhar da kauana para o mesmo.

- sim, eu prometo - digo e logo depois me sento na cadeira, vejo o advogado de acusação se aproximar e enquanto lê o documento no qual o mesmo segura.

- pode dizer a este tribunal seu nome e por que está aqui? - o mesmo diz ainda sem me olhar.

- meu nome é Daniela Soomin kim e eu era a detetive designada para este caso - falo séria e vejo ele parar de ler o documento e me olhar.

- detetive, pode nós dizer do seu ponto de vista quais os resultados obtidos na investigação - ele me olha com um semblante sério e eu assinto.

- nesse caso não foram obtidas tantas provas, então a maioria são circunstanciais - digo vendo ele franzir o cenho.

- mas no relatório da polícia diz que a arma do crime foi encontrado na casa da acusada - ele diz e eu assinto.

- isso está certo, mas exames feitos não detectaram nenhum DNA na lâmina ou no cabo da arma que foi usada no crime, assim não é possível dizer quem foi a última pessoa a tocar na arma - digo e vejo ele ficar agitado.

- a senhora é uma detetive muito reconhecidas no seu trabalho mesmo sendo jovem, e com pouco tempo de carreira. pode nós dar sua opinião sobre a acusada? - ele diz e eu olho pra kauana que estava com a cabeça baixa.

- na minha opinião, a senhorita Hofemã é sim uma das principais suspeitas do caso, já que ela se beneficiária da morte do marido. e na maioria dos casos é o companheiro o culpado do crime - digo e respiro fundo antes de retomar minha fala.

- mas eu não posso dizer com propriedades e nem afirmar que foi ela, a única coisa que poderia afirmar seriam provas físicas contra a mesma. mas não obtivemos nenhuma, portanto não é justo minha opinião ser levada em conta já que como sou detetive do caso minha opinião poderia ser tendenciosa pra um lado - digo firme vendo ele assentir contra gosto.

The killer and the detectiveOnde histórias criam vida. Descubra agora