8 - Love and hate go hand in hand

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《 2 dias depois 》

P.O.V'S KAUANA

me encontrava na sala de interrogatório nesse exato momento, extremamente nervosa. o próprio delegado tinha ido me intimar em minha própria casa e claro que pra não sair em mais nenhuma manchete aceitei vir de bom grado.

já não tinha acordado de bom humor, essa manhã um tabloide sensacionalista tendo publicado uma manchete sobre mim e minha suposta "gravidez e como eu teria feito um aborto".

não queria que um escândalo fosse feito em meu nome, era só isso que a mídia esperava de mim, um deslize pra divulgar notícias caluniosas e sensacionalistas sobre mim, mas pelo visto alguém tinha dito sobre esse assunto a eles.

e minha cabeça só pensava em um nome, o motivo da minha ansiedade constante. sentada aqui na sala de interrogatório sozinha a única coisa que se passava pela minha cabeça era que se eu fosse descoberta, seria presa, condenada e passaria o resto da minha vida na cadeia. e vamos ser sinceros eu não sobreviveria na prisão.

ou seria espancada ou seria a bonequinha das outras presas, e pra uma mulher como eu que nunca passou dificuldades na vida isso seria como um purgatório. só não comparo com o inferno pois já vivi nele cerca de 5 anos da minha vida, viver com Robert era como estar no inferno ou pior.

mas só de não tê-lo mais aqui já me dá um puta alívio, "ele mereceu" era isso que minha consciência gritava diariamente.

já tinha se passado 20 minutos desde que me deixaram aqui e ainda não vi nem a detetive Kim ou o delegado. não sei se deveria achar isso bom ou ruim, eles não tem nenhuma prova contra mim.

solto um suspiro frustrado e olho pro vidro espelhado esperando que quem quer que estaja do outro lado saiba que estou cansada dessa espera.

ouço passos e logo vejo o delegado entrando na sala segurando uma pasta e uma bebida, o mesmo me se senta a minha frente e logo me deixa o copo que vejo ser água na minha frente.

me forço a fazer um semblante inexpressivo pro mesmo, ele me olhava como se eu esconde-se algo mas tentei aparentar confusão.

- sabe senhorita Hofemã, nós da polícia somos muito atento ao detalhes e por mais difícil que seja o caso, nós sempre resolvemos e prendemos os culpados - o mesmo diz me olhando sério e eu apenas continuo a minha encenação.

- não entendo onde o senhor delegado, quer chegar - me faço de sinica e vejo o mesmo se mexer na cadeira e adotar uma postura mais rígida.

- tenho muitos anos de carreira, e já vi dos mais variados tipos de pessoas, desde psicopatas a pessoas que ninguém julgava serem capazes de matar alguém cometendo atrocidades. só quero que saiba que se a senhora sabe de algo ou se fez algo, vou descobrir - ele diz me olhando nos olhos e eu dou um sorriso de lado e desvio o olhar do mesmo.

- não tenho nada a esconder delegado Stuart - minto e vejo ele fechar o punho sobre a mesa. - todos temos senhora - ele diz já com a voz irritada.

dou de ombros e começo a batucar minhas unhas na mesa, vejo ele tomar fôlego e logo por a pasta amarela sobre a mesa. dou uma olhada rápida pra ele e volto a encarar a pasta.

- esse é seu prontuário médico - ele diz abrindo a pasta e me mostrando meus exames. me encolho na cadeira e olho pra ele com fúria.

- aqui diz que a senhora está grávida, mas a detetive Kim me contou que a senhora perdeu o bebê - ele diz e no mesmo instante sinto meu sangue gelar.

- ela está certa, eu perdi a criança - digo e olho diretamente pro vidro sabendo que a mesma deveria estar do outro lado observando toda a situação.

The killer and the detectiveOnde histórias criam vida. Descubra agora