10 - Pawns and queens

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P.O.V'S KAUANA

assim que cofre foi aberto os policiais começaram a vasculhar pelo mesmo, a Daniela estava ao meu lado, e como se já não bastasse a minha ansiedade, conseguia sentir a dela também.

eu sabia que agora eles teriam provas contra mim, e eu tinha que me manter no papel se quisesse sair dessa ilesa.

- achamos algo senhor - um dos policiais diz e retira do cofre aquilo que me mandaria direto pra cadeia.

vejo ele passar o objeto coberto pelo lenço branco que eu havia posto ali, para o delegado. toda a sala ficou em completo silêncio a única coisa que podia ser ouvida eram as respiração dos demais presentes.

o delegado desembrulhou com cuidado e assim que identificou do que se tratava ele me olhou.

- pode me explicar o porquê de ter uma faca no seu cofre senhora Hofemã? - ele perguntar me olhando questionador e com a feição fria no rosto.

- não é uma faca, é uma adaga vitoriana do século XIX, meu falecido marido ganhou de presente. pertenceu a família real britânica - digo tentando não transparecer minha ansiedade.

- porque estava no cofre? - pergunta e eu dou de ombros. - ele deve o tê-lo posto aí - digo me fazendo de inocente e ele não parece acreditar.

- só a senhora tem acesso ao cofre? - pergunta o delegado e não hesito em dizer. - sim, somente eu - respondo rápido.

- ótimo, senhora Hofemã você está presa sobre suspeita de assassinato. tudo que disser será usada contra a senhora no tribunal - o delegado diz e acena pra um dos policiais, sinto o policial se aproximar e por o mesmo me tocar.

o policial tenta por algemas em mim mas eu o paro. - vou por vontade própria - digo olhando pro mesmo que se afasta, lanço um olhar de superioridade ao delegado a minha frente.

- você não vai conseguir nada contra mim - falo calma e vejo ele franzir as sobrancelhas. - isso é uma ameaça? - pergunta andando em minha direção.

- considere como uma - rebato e a Daniela para ao meu lado, o delegado me fuzila com os olhos e consigo ver raiva em seu semblante, dou um sorriso sarcástico pro mesmo e a Daniela me puxa pelo braço em direção a porta.

- não diga nada - ela sussurra próxima a mim para que ninguém mais ouça, e agarra meu braço me levando até a porta da frente da mansão.

- senhora? - me viro vendo a empregada ao pé da escada, ela parecia aflita. - a senhora Maggie, ela... ela desmaiou - a empregada diz se embolando nas palavras e eu levo um segundo pra entender o significado das mesmas.

solto meu braço do aperto da Daniela e corro até as escadas, ouço todos me chamando mas não olho pra trás, subo as escadas correndo e vou em direção ao quarto da Maggie.

assim que entro vejo ela na cama desacordada, corro até ela e ponho sua cabeça sobre meu colo.

a empregada e os policiais entram no quarto rapidamente. - liga pra emergência, não fica aí parada - grito pra empregada e ela assente e saí correndo do quarto.

- senhora precisamos ir até a delegacia - um dos policiais diz vindo em minha direção e eu apenas olho pra ele com fúria.

- se você tentar me tirar daqui agora, eu vou ser presa. mas vai ser pelo seu assassinato - digo com toda raiva e vejo ele recuar um passo.

desvio meu olhar das pessoas paradas ali e volto a olhar pra Maggie. - vamos Maggie, você não pode me deixar. não agora - digo com a voz trêmula e acaricio seu rosto.

- senhora eles estão aqui - a empregada diz e eu olho pros policiais a minha frente. - vocês estão esperando o que pra ajudar? - questiono brava e eles rapidamente concordam e me ajudam a levar Maggie até o andar de baixo.

The killer and the detectiveOnde histórias criam vida. Descubra agora