12 - All the loves i had i lost

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《 1 semana depois 》

P.O.V'S KAUANA

minha vida tinha virado de cabeça pra baixo, em apenas uma semana. recebi uma intimação formal que a polícia do estado da Califórnia abriu um processo criminal contra mim, como se não bastasse isso. meu nome foi capa de manchetes em vários tabloides e jornais, alguns até me apelidaram de "murder widow". viúva da morte.

confesso que achei graça do apelido, mas continuei com a minha postura de viúva triste perante a mídia, contratei uma equipe de relações públicas pra ajudar a não mancharam mais minha imagem.

pra falar a verdade tudo isso tem sido demais pra mim, tenho reuniões com meus advogados e o tempo que me resta passo no hospital cuidando da Maggie. vini tem me ajudado é claro, mas eu não quero sair do lado dela em momento algum.

minha relação com a detetive kim também tem evoluído, se assim posso dizer. Daniela tem sido bastante comprensiva com tudo, e nós encontramos de vez em quando na minha casa.

esses momentos com ela me fazem sentir uma paz, e eu queria poder parar o tempo só pra tê-la ali comigo pra sempre.

agora com o processo e eu sendo acusada da morte do Robert, nós tornamos mais cuidadosas, afinal se alguém suspeitar de nós duas poderia causar graves problemas.

《 》

- eles não tem provas concretas contra você, então eles se basearam em provas circunstanciais e nos iremos mostrar isso ao júri - Collins diz e eu apenas aceno com a cabeça.

- você precisa mostrar um lado vulnerável, ser a viúva que chora e quer justiça pelo marido - ele diz me fazendo encará-lo com tédio.

não seria tão difícil, já venho fazendo isso de qualquer maneira mesmo. - kauana eles vão te precionar ao máximo tentar provar a todo custo que você é culpada, você precisa ser o mais firme possível em todas as suas respostas - Collins diz e eu assinto, já sentia minha cabeça latejar com essa reunião.

amanhã seria o primeiro dia de julgamento. se eu estava ansiosa? não sei ao certo. nunca pensei que minhas ações me fariam chegar tão longe, mas não me arrependo de nada.

e se eu fosse considerada culpada não iria demonstrar arrependimento ou remorso. ele não merecia isso, muito menos me faria mal depois de morto, isso era algo que tinha prometido a mim mesma.

- acho que por hoje é isso, kauana vá pra casa e descanse. precisamos de você bem amanhã - Collins diz e eu apenas dou uma olhada pra ele e me levanto da cadeira na qual me encontrava, passei horas sentada naquele escritório ouvindo o que teria que fazer amanhã no tribunal.

caminho até meu carro e vejo Johnny me esperando ao lado do mesmo, assim que me vê ele abre a porta e eu adentro o veículo.

não demorou muito e já tínhamos saído do estacionamento do escritório de Collins, no caminho fiquei olhando as casas por onde íamos, já era final de tarde o que deixava tudo bem bonito naquele horário. e mesmo com a maldita dor de cabeça pude notar que Johnny estava nervoso enquanto dirigia.

sentia que o mesmo queria me dizer algo, ele me olhava pelo retrovisor e batucava os dedos no volante.

- algo que queira me dizer Johnny? - pergunto enquanto massageio a temporada direita, afim de diminuir um pouco da dor.

- na verdade senhora tem sim, eu e os outros funcionários estamos preocupados com o caso. não quero que a senhora ache que pensamos que a senhora é culpada mas... - ele diz vacilando.

- mas... - respondo e vejo o mesmo suspirar. - se a senhora for culpada, o que não vai. nós iríamos perder nossos empregos e muitos de nós temos família e no meu caso tenho uma filha pequena que depende de mim - ele diz um pouco envergonhando.

The killer and the detectiveOnde histórias criam vida. Descubra agora