Capítulo Especial 6 - Hoje vamos conhecer Tharn

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Domingo

Time

                         Vamos ver nosso filho. Estou ansioso. Papai teve que segurar mamãe, quando contamos. Tivemos que prometer fazer chamada de vídeo. A mãe de Tay que sempre achei mais centrada que a minha, chegou da Coréia ontem.

                      Trouxe mais mala que o Tay. Tudo presente. Ela já mima Buppha sem ser neta dela. Imagino como vai tentar estragar o neto.

                     — E esse carro que não anda?

                    — O trânsito não está diferente dos outros dias. Nós estamos ansiosos.

                    — Jura que vai sair com essa, Tem?

                   Tay liga o rádio. É assim que ele interrompe nossas discussões. Mas diminui o volume para lembrar pela milésima vez que temos que esperar a aproximação de Tharn, por ele ter problemas com estranhos... Fico em silêncio. Ser assim é tão difícil para qualquer um, mas para uma criança deve ser pior.

Chegamos

                        O orfanato é imenso. A área não construída e tão grande quanto a casa de Khorn, tem campo de futebol e quadra, jardins, brinquedos de todas as espécies. É muito arborizado e a casa em si fica bem à frente do portão principal. Atravessamos o portão com o coração na mão. Estacionamos em uma área lateral e mal descemos do carro, vejo Buppha gritando:

                     — Os tios T's chegaram.

                    Não vejo Tharn, mas ela aponta para o meio das crianças e então vejo ele segurando um menino ferida. Dois funcionários correm em sua direção e ouvimos a voz linda de nosso filho:

                    — Eu segurei, tia Chris. Ele machucou um pouquinho. Veja.

                    Então, ainda segurando o menininho menor que ele, Tharn nos viu.

                    — Meus pais chegaram. Meus pais chegaram, tia Chris.

                    O outro adulto retirou a criança de seus braços, Tharn levantou e começou a vir em nossa direção, mas parou e olhou a outra criança. Então tirou umas das flores que trazia em ramos escondidos nas costas e deu para o ferido. Escondendo de novo o presente.

                    Correu a nosso encontro e parou:

                 — Oi, papai Tem. Oi, papai, Time. Oi, papai Tay. — E nos mostrou as flores.

                 Fingimos surpresa. Ele se aproximou, agora tímido de mim e tirou um terço das flores.

                — Obrigado por querer ser meu pai Time.

                Aproximou-se de Tem e repetiu: dividindo o maço em dois agora.

               — Obrigado por querer ser meu pai Tem.

                O terceiro ele deu para o pai que contrariando sua própria ordem, chorou e agarrou o menino.

                — Obrigado, papai Tay, por trazer meus outros papais.

                  A funcionária se aproximou.

                 — Bom dia. Sou Crisálida. Ou tia Chris. Fui designada para acompanhar a visita.

Os homens do  sultão      #TayTimeTemOnde histórias criam vida. Descubra agora