Amigos

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Acabamos por dormir no sofá da sala comunal, não era confortável, me senti destruído assim que abri os olhos, ele se mantinha ao meu lado, aquilo era estranho demais. 

Sentia a necessidade de colocar minhas ideias em ordem, eu tinha visto ele em seu passado, sabia que ele se lembrava de tudo, mas não tinha visto planos de ser alguém ruim, eu criei uma visão de Tom, eu estava com o pé atrás, ele porem não parecia que estava com tendência a acabar com o mundo bruxo. 

Foi minha culpa ou não foi minha culpa? Fiquei em silencio vendo ele acordar, os pensamentos se embolavam um  no outro, enquanto pensava em Tom e em Voldemort, pensava também na maldita aula de poções. 

Me lembro de ter sido bom nisso em um ano especifico quando "achei" o livro de poções do Snape, contudo, tudo tinha mudado, o corpo docente, algumas alas do castelo. 

Fui tomar banho, em seguida ja era a hora do café, tentei evitar olhar para Tom, agora ele agia com mais segurança, parecia me seguir, eu sentia que ele não iria me deixar em paz um único minuto, se eu pudesse voltar a noite anterior e deixar tudo como estava, mas é claro que eu não podia. 

Ao me aproximar da mesa do café senti sua mão me puxar, ele me guiava para o lado dele, não sei descrever o quão sem graça fiquei, ainda mais pelos risinhos irritantes dos outros. 

— Ignore esses babacas Harry — Soltou de forma risonha como se estivesse rindo com eles pelas piadinhas que faziam. 

Me sentei ali com eles, mas desta vez eu queria saber sobre o que falavam e estava cogitando chamar atenção de alguém se por acaso falasse alguma besteira na minha presença. 

De certa forma me senti livre, eu não precisava mais esconder de Tom quem eu era, estava em paz com a minha nova condição, mas evitaria ficar sozinho com ele novamente, se na outra vida ele parecia ser solitário, nessa ele parecia gostar de dar beijos. 

Claro que a simples lembrança me fez corar, que droga, ser um adolescente novamente me fazia agir como tal, essa deveria ser uma das pegadinhas da senhora Morte. 

— Mas você viu a cara daquela menina da lula-lufa, eu ia azarar ela, mas sei lá não parecia valer o esforço. — Klaus comentou olhando para Doug. 

— Idiota, sabe que estamos no mesmo grupo em poções, se fizer alguma besteira vou me ferrar junto. — Tom rebateu a fala do colega, no mesmo instante Klaus começou a rir. 

— Na frente do seu namorado você não fala que azarou uma menina do segundo ano só pelo simples fato de que ela esbarrou em você. — Concluiu o garoto de cabelos mesclados de roxo e azul, klaus. 

— Tom, que coisa feia... — Resmunguei rindo da cara que ele fez. 

— Não foi bem assim, eu não ia fazer nada, mas ela ficou provocando, dai perdi a cabeça. — ele nem ao menos se sentia culpado pelo feito. 

— Você é muito narcisista Tom, precisa mudar um pouquinho esse teu gênio. —  Comentei e ao mesmo tempo vi os amigos dele ficando pálidos, certamente eles tinham medo de como Tom iria reagir. 

—  Concordo... mas não é como se por causa disso eu fosse fazer uma cena muito maior. —  Rebateu passando o braço pelos meus ombros. 

—  Olha... se um de nos jogar esses detalhes na cara dele, provavelmente vamos ficar uma semana na enfermaria, mas quando o namorado fala ele abaixa a cabeça. —  Doug comentou olhando friamente para Tom. 

—  Harry, como vocês chegaram a isso? —  Klaus inqueriu com cara de paspalho, nem ele acreditava na cena que tinha acabado de presenciar. 

—  Bom... eu só me declarei pra ele... —  Olhei pra Tom e ele tinha as bochechas um pouco coradas. —  Depois disso conversamos um pouco na biblioteca e acredito que entramos em um acordo, mas ele não me pediu em namoro, vocês estão apenas supondo que somos isso. —  De onde eu tinha criado coragem para falar aquilo eu realmente não sei, não é como se estivesse me declarando pra uma garota. 

—  Ele nunca aceita uma opinião contraria a dele. —  Doug olhou para o amigo e viu o quanto ele estava constrangido, o que foi uma surpresa pra mim também. 

— Parem seus idiotas e você Harry, não me faça ficar constrangido... — Tom me deu uma piscadela, o que me tirou um riso sem graça e nervoso. 

Por algum motivo ele parecia estar de bom humor, mesmo sendo massacrado pelos amigos, meneei a cabeça e continuei meu café da manhã, não pareciam comensais da morte, exatamente, não eram, eram apenas garotos tentando aprender tudo o que o mundo da magia podia lhes proporcionar.

Eu tinha o direito de estar errado sobre Tom, mas mesmo assim sentia algo em m eu interior que simplesmente não condizia, sem contar a minha situação atual, nunca vou entender como me declarei pra ele, eu me odeio por ser tão impulsivo e principalmente por ter tido a chance de arrumar as coisas e ter piorado tudo ainda mais.

Nota: postando pq o capitulo ja estava pronto, porem vou demorar a postar de agora em diante, estou doente, desculpa gente, mas logo isso passa e eu volto. 



My Future For You ( Tomarry)Onde histórias criam vida. Descubra agora