Depois de quase ser morto, de vergonha, fui me deitar, escutei Tom rindo discreto das minhas reações, merda, mil vezes merda.Não estava disposto a dormir, na verdade estava me concentrando para entrar na cabeça dele, iria descobrir tudo o que tinha machucado ele e obliviar tudo de ruim.
Tom não podia ser corrompido novamente, não podia, eu impediria, eu voltei e trouxe ele comigo para que ele soubesse o que é o amor, a amizade e não o poder, a vingança a maldade...
Me concentrei em tudo a minha volta, quando o escutei ressonar, esperei por mais alguns minutos para ter certeza e comecei a entrar nas memórias de Tom.
Esse foi um erro terrível, um erro sem tamanho, se eu tivesse ficado sem saber de nada, teria levado a minha vida como um idiota, mas agora eu via tudo.
Tom sabia, sabia de tudo, na estação, ele estava escutando minha conversa com a Morte, ele riu em seu interior por eu ser burro o suficiente pra acreditar que ele voltaria e não tentaria destruir o mundo da magia.
Eu era um trouxa imundo aos olhos dele, por sorte ele não sabia que eu era o Harry Potter, não gostava do meu nome, tão pouco da minha presença.
Ele quase me convenceu, quase acreditei que ele era outra pessoa.
"Morte, você queria me ver falhando, sabia que com as memórias dele, Voldemort seria ainda pior, agora ele tinha um novo corpo"
Mirei minha varinha na direção da cama de Tom, não me importava em ir pra Askaban pro resto dos meus dias por matar um aluno.
"Não vai nem ao menos tentar?"
"Não tem solução Morte."
"Tem, estava indo bem Harry"
Minhas mãos tremiam, daí me lembrei de que eu ainda existia naquele tempo, um novo Lord Voldemort iria surgir comigo ainda vivo, destruindo tudo aquilo que eu tinha lutado pra conquistar, a paz.
Um jogo perigoso da morte sem dúvidas, mas ao me enganar ela se esquecia de um detalhe, eu sabia aonde estavam as relíquias, uma varinha quebrada, uma pedra jogada em algum lugar da floresta e a capa, a qual me lembro de ter escondido na sala precisa.
Me levantei da cama um pouco assombrado pelo meu passado, desci até
O salão comunal e fiquei admirando o fogo da lareira, nunca gostei muito de verde, mas até que as cores casavam muito bem entre si.Girei minha varinha por entre os dedos, brincando com o fogo, quando escutei passos leves vindo na minha direção, sabia quem era, Tom, sempre usava um perfume de canela, era inconfundível.
— Sem sono Harry? — Perguntou se sentando ao meu lado.
— Não exatamente... Tom, eu juro que não te entendo... — Comecei meu diálogo, não
Importava se começássemos uma luta e desse tudo errado.— O que eu fiz agora Harry? — Tom soltou um pouco cansado, agora me sentia um idiota.
— Eu sou Harry Potter... — Olhei friamente pra ele.
— Ah, então é isso. — Riu um pouco malandro. — Antes de você sair, a morte me fez a proposta, eu também a enganei usando as Horcruxes, eu poderia voltar, claro que fiquei interessado em saber quem você era e estava disposto a fazer da sua vida um inferno. — Tom riu um pouco, não pareceu se assustar com o fato de eu saber quem ele era.
— Acredito que nascer de pais trouxas já tenha sido ultrajante o bastante pra você. — Apontei a varinha pra cara dele.
— Calma, se quer paz para esse mundo senhor Cloud, vai fazer exatamente o que eu quiser, começando por abaixar essa porcaria, não vai conseguir me matar.
— Eu posso tentar... — Agitei a varinha em movimentos suaves. — Sectun...
Não pude concluir o feitiço, tive minha boca tapada por Tom.
— Chega Harry, não fique no meu caminho, você é um mentiroso, um bastardo, achou mesmo que iria me enganar com aquele Papinho de estar apaixonado? — Agora eu estava sem minha varinha e ele me ameaçava fiz o que dava pra fazer naquele momento.
— Mas eu não menti Tom, eu realmente gosto de você, não sabia quem você era até essa noite quando entrei na sua cabeça. — Se ele comprasse minha história eu estava ferrado em tantos níveis.
— Você, o senhor perfeito está mesmo gostando de mim? Então entrou na minha cabeça por qual motivo?
— Não é óbvio? Eu queria saber se não estava brincando comigo, eu estou pouco me fudendo pro Lord das trevas, queria viver de novo, ser quem eu era, sem o fardo de ter uma família, jamais poderia me separar de Ginerva, jamais poderia me declarar ao Draco... — Não sei se pareci convincente, mas eu senti meu rosto molhar, ah, morte sua maldita, estava me manipulado, depois desta noite eu tinha certeza de que ela era uma brincalhona.
— Draco? O medroso imprestável? Você poderia ser mais seletivo não acha? — Tom cuspiu as palavras com nojo.
— Ele é bonito...
— E agora sou eu, está mesmo apaixonado?
— Droga, já falei que estou, vou ter que desenhar pra você? Ou o grande Voldemort não tem a capacidade de entender? — Virei o rosto me afastando de Tom.
Meu coração começou a acelerar, a última vez que fiquei próximo desse jeito foi quando lutamos, me amaldiçoei por sentir medo, eu nunca sentia medo de nada, mas o olhar de Tom, tinha um mistério que eu não conseguia decifrar.
— Capacidade de entender eu tenho, mas tá difícil de acreditar mesmo... — Tom se aproximou e colocou uma das mãos em meu rosto.
Eu sabia o que viria seguida, senti um frio na barriga, coloquei minha mão em cima da dele, fechei os olhos e aproveitei o carinho, por dentro queria morrer engasgado com minha própria mentira.
— Se estiver mentindo... — Ameaçou, senti bolo de formar em minha garganta.
— Eu juro, não estou... — Minha fala foi interrompido por um beijo.
Tom estava com os lábios colados nos meus, eu tinha que corresponder, ou tudo estaria perdido.
Movi meus lábios suavemente, dando espaço para que Tom me beijasse, senti sua língua trabalhar em minha boca, sua mão estava possessiva em minha nuca, a outra que estava em minha cintura praticamente me puxou para seu colo.
Meu coração ia sair pela boca a qualquer momento, eu já estava sentindo minhas extremidades formigarem, meus olhos permaneciam fechados, não era ruim, era bom, me senti em paz, não era como se estivesse em guerra ou procurando pela vitória de uma luta.
— Acho que acredito em você Harry. — murmurou contra meus lábios.
— Tom... Não seja Voldemort... Estou muito confuso com tudo isso... — Falei com um certo embargo em minha voz
— Relaxe eu não serei...— Tom me olhou sorrindo. — Eu manipulei algumas lembranças, para quando você viesse, ja disse, minha intenção era fazer de sua vida um verdadeiro inferno.
— Hn... — Olhei para o fogo na lareira e voltei meus olhos para Tom. — Eu juro que te mato outra vez.
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My Future For You ( Tomarry)
FanficHarry viveu feliz, teve uma vida muito boa, depois que a guerra acabou ele só conheceu a paz, agora ele tinha chegado ao fim dos seus dias e tinha um encontro com a morte, ele podia pedir qualquer coisa pra ele, até mesmo a imortalidade, mas ele ped...