10 - O gato e a borboleta

353 42 2
                                    

Point of view : Desconhecido •

A morena agora se encontrava indo para a Luthor-corp, no seu carro, onde o motorista particular dirigia. Lewis estava contente, tamboriava os dedos no volante e cantarolava uma música qualquer. Ela estava indo no seu horário de costume, sempre prezou a pontualidade. A manhã estava fria e uma chuva suave caia, enquanto ela observava silenciosa pela janela do automóvel. O carro parou na fachada do prédio impotente, onde a Luthor saiu apressada para não acabar molhada, se despediu do motorista e seguiu para o seu elevador particular. Durante esse percurso seus funcionários a cumprimentavam respeitosos. Sem pressa esperou até que o elevador chegasse na cobertura, com a melhor vista, na sua opinião.

Enquanto andava com um bom humor, avistou a sua secretária Cíntia Gomes, ela tinha descendência sul americana, cabelo claro e com olhos acinzentados. Cintia sempre lhe parecerá uma mulher muito quieta e educada, não tinha o que falar mal da jovem.

— Srta. Luthor?  — a chama impedindo a morena de adentrar em sua sala.

— Sim, Cíntia? — sorriu educada, a secretária aparentemente tímida, mas eficiente. De algum jeito via algo de parecido com a sua antiga Kara nela, talvez fossem os óculos em que ela mexia de vez em quando e as saias um tanto coloridas.

— O seu irmão está lá dentro. — seu semblante calmo e bom humor caíram por terra no mesmo segundo.

— O quê? Lex? —

— Sim. — a secretária afirmou. Lena não sabia o que, mas não confiava na loira, de todo jeito não confiava em muitas pessoas, talvez fosse a vaga semelhança com Kara. Lena respirou fundo e entrou na sua sala com a sua pose inabalável, os saltos batiam contra o chão anunciando a sua chegada imponente. E lá estava o Luthor mais velho, na sua cadeira de costas apreciando a vista. As nuvens pareciam uma seda suave sobre o céu azulado, uma imagem bonita que Lena teria apreciado também se Lex não estivesse atrapalhando a vista com sua presença incoveniente. Ela teria que o tratar não tão mal, já que nessa realidade nunca haviam tentado se matar -não de verdade-, mas continuavam não se suportando de toda forma.

— Olá, Lex. O quê faz aqui? — ajeitou sua postura ereta.

— Olá, irmãzinha. Não posso visitar a minha irmã querida? — diz cínico, depois de virar na cadeira na direção da mais nova.

— Claro que pode. — respondeu em um tom dissimulado. — Só queria saber do outro motivo. — termina  colocando a sua bolsa em cima da mesa e cruzando os braços. O careca se levanta e vai em direção da mais nova e a abraça, foi mais ou menos estranho, já que eles não se suportavam de forma alguma.

— Soube que há um ser estranho por aqui. — diz se afastando.

— Uhm... então foi por isso. —

— Não seja tão cética. — a reprendeu  — Só vim ver como estava. — disse injuriado, fingindo estar magoado.

— Certo... Você nunca vem me visitar e agora que há algo novo por aqui, você magicamente se lembrou da sua pobre irmã? — diz com ironia.

— Aff... — revirou os olhos. — Você é um saco, sabia? Deve ser por isso que Jack te deixou.  — a olhava impaciente.

— Primeiramente. — pontuou. — Eu que terminei com ele. — esclareceu.

— Que seja. — desdenhou. — Nunca gostei dos seus namoradinhos mesmo. — olhou-a entendiado. — Você tem um gosto duvidoso para uma Luthor, mas considerando que é uma bastarda, faz sentido. — diz analisando uns papéis que estavam na mesa distraidamente.

O restart (Supercorp)Onde histórias criam vida. Descubra agora