16 - Teoria do caos

201 23 4
                                    

Existe uma teoria que diz, de forma geral, que pequenas ações ou acontecimentos, como o bater de asas de uma pequena borboleta, podem causar grandes consequências no futuro, como um furacão. Consequências, basicamente, imprevisíveis, já que não se pode prever o que apenas uma mudança de trajeto de uma pessoa normal pode ocasionar ao futuro humano, talvez a extinção, salvação ou apenas nada de importante. Dá-se ai o nome: teoria do caos ou efeito borboleta.

"Por um poder imortal, todas as coisas, perto ou distante, ocultamente estão ligadas entre si. E tão ligadas estão, que não se pode tocar uma flor sem incomodar as estrelas", esse é um poema que tem o seu traço de verdade.

Cientificamente, quando uma molécula é dívida, uma parte dela sofrerá alguma reação quando outra parte exercer uma ação, podendo não ser na mesma intensidade, mas sofreram independente da distância. Então quando se diz que "não se pode tocar em uma flor sem incomodar as estrelas" é possível que seja um afirmação verdadeira. Por exemplo, se você mover um dedo, uma parte sua que pode estar interligada ao espaço, pode fazer que uma nova estrela nasça. Não é intrigante? Vendo dessa forma ninguém é insignificante, todos tem algum propósito de manter a vida e a própria existência de tudo que conhecemos.

O teorema de Bell, como é chamada a explicação científica do poema, explica muitas coisas que serão contadas e até às que já foram nessa história. É uma versão mais sofisticada da lei de Newton: toda ação tem uma reação.

Existem os chamados pilares da existência, seres que de forma alguma podem morrer de forma não "natural", já que isso significaria o caos, o fim da linha de verdade. Eles representam cada, um conceito fundamental, que não poderia existir vida sem. A terra e esse universo, como cada coisa, tem o seu pilar. Kara Danvers ou Karther é um pilar, o da esperança. A terra tinha vários, mas como de todos os heróis e pilares só restou ele, o peso e importância de cada um se tornou seu. Então você agora pode entender a importância do herói da capa vermelha, não é só lutar com pessoas ruins que salva o mundo, mas a sua existência e atos tão simples que podem ser classificados como triviais. Esses pilares, também tem pilares, tudo tem.

Point of view : Karther Danvers •

Tudo está um caos, fogo e gritos incendeiam a cidade, o planeta na verdade. Eu me encontro deitado no chão, onde sentia meu sangue escorrendo pelo rosto e embaçando a vista, tudo é vermelho. Tudo doi. Desesperado, me sentindo um animal acuado, com medo de perder tudo, tudo que eu devo proteger, o meu lar, a Terra. É cedo de mais pra dar errado. Eu não estou pronto. Eu consegui uma nova chance, não posso deixar escapar dentre os meus dedos.

Eu ouvia o seu riso maléfico, ele se deliciava com a minha fraqueza. Eu não sou forte o suficiente. Já o outro me olhava com um olhar indecifrável e ao mesmo tempo faminto. O vermelho do seu olhar me dá um vislumbre da pura morte, infinito.

— Parece que o campeão da terra não é lá grande coisa. Estava esperando mais de você, é um kriptoniano afinal. O que os seus pais diriam... Uhmm? —

— Tire o nome dos meus pais da sua boca. —  esbravejo  — Você não tem esse direito. — Ele andava tranquilamente, com sua capa preta balançando com o vento. Está deliciando sua batalha ganha. Eu tentava me levantar, mas meus músculos não obedeciam, apenas latejam incessantemente. Sinto meus ossos quebrados, esfarelando dentro da minha carne. Estou fraco, meu corpo tremi caído no chão, a tontura me levava em direção a inconsciência. Doía tanto, que aos poucos parecia não sentir nada.

— Vai me escutar agora pequeno Zor-el? — um sorriso pintava seu rosto, ele estava gostando, com certeza é divertido para ele. Escutava pessoas gritando, mas não tinha forças, havia muitos deles, parecem pragas. Ratos que buscavam a desgraça, me senti envergonhado por carregar a mesma raça que eles. Me enojam, sujando com sangue inocente as ruas de National City, eles fazem isso sorrindo, satisfeitos pela morte e sofrimento. Não teria pena de nenhum, não perdoaria a chacina que faziam na minha casa, com as pessoas que devo proteger. Vi ao longe, um deles quebrando o pescoço de um gato e jogar seu corpo no chão como lixo.

O restart (Supercorp)Onde histórias criam vida. Descubra agora