𝐒𝐟𝐫𝐞𝐧𝐚𝐭𝐨

- 𝙿𝚛𝚘𝚕𝚘𝚐𝚘

Me chamo Allyah Johnson, tenho 16 anos e moro em uma parte bem humilde da cidade de Portlaind Maine, nos EUA.

Apesar de ser um lugar lindo, com bastante praias e um clima tropical, a taxa de emprego era pequena demais e tinha bastante pobreza.

Nasci no Brasil, mas vim morar aqui junto da minha mãe e minha irmã quando eu tinha 5 anos de idade. Por isso tenho nacionalidade dupla.

Mora somente eu e minha mãe, já que minha irmã mais velha resolveu ser ingrata a tudo o que teve, e meteu o pé pra Itália.

Quando ela nos abandonou, eu tinha meus 12 anos de idade, e me lembro vagamente do dia que ela se foi. Ela estava discutindo com nossa mãe, e nesse dia até mesmo chegou a bater nela, na própria mãe.

A partir daí, eu jurei nunca mais ter vínculo algum com ela, odeio tudo que seja relacionado a ela.

Minha mãe ainda tem a esperança dela se redimir e voltar pra casa, e sinceramente... Eu quero que ela se foda da pior maneira possível.

Eu não conheço meu pai, minha mãe sequer me disse algo a respeito dele, e eu não pergunto sobre. Se ele me quisesse, estaria aqui, presente na minha vida.

Como sou somente eu e minha mãe, as coisas são bem difíceis. Ela está desempregada e o que comemos, vem do dinheiro de bico que minha mãe faz.

As amigas dela ajudam ela de vez em quando, divulgando o ótimo trabalho dela como faxineira, e isso é o que nos faz ter comida na mesa.

Quando eu ainda tinha 12 anos, eu conheci as corridas ilegais. Foi bem em um momento em que estava triste por está com fome, minha mãe havia descobrido uma doença e eu uma criança ingênua sem saber pra onde ir.

Minha mãe estava internada em um hospital que ficava bem longe de onde nós moravamos e por eu ser uma criança, não poderia ficar junto dela, então tive que morar sozinha durante um período de 3 meses.

Aí você se pergunta, como foi que eu me sustentei?! Isso é óbvio, corridas ilegais.

Sempre fui muito apaixonada por carros, desde a primeira vez que vi velozes e furiosos pela primeira vez. Pode parecer uma inspiração meio louca, mais fazer o que ? É o meu hobby

Eu estava andando sozinha por aí, sem saber ao menos onde eu estava, as ruas eram escuras demais, porém eu consegui ouvir um som de música e gritos de longe.

Aquilo com toda certeza despertou minha curiosidade e eu fui até lá ver o que estava acontecendo.

Era lotado, com muitos carros caros e lindos. Mulheres seminuas e sensualizando pros caras. A maioria era drogado e feio, aquilo fez meu estômago embrulhar

Então eu entrei por uma grade e me infiltrei la no meio deles. Estava tudo bem divertido, até um pervertido passar a mão nos meus peitos e eu da uma porrada no nariz dele fazendo ele Sangrar muito, tinha certeza que quebrou.

Eu posso até ser uma criança, mas fui muito bem treinada pra vida, principalmente pra esses tipos de ocasião. Quando se mora no gueto, você aprende a se defender sozinha e já sabe os perigos da vida.

Ele veio com tudo pra cima de mim, e nesse momento senti que seria meu fim, só que um homem magro o impediu e não deixou que ele me tocasse
Ele me tirou de lá e me botou em seu carro

- Olha criança, você sabe no que você se meteu? Você sabe quem era ele?

Allyah: Ele passou a mão em mim, queria que eu fizesse o que? Sensualizasse pra ele? - faço cara de nojo

- Não, claro que não. Seria melhor você ter corrido. Sua sorte que eu apareci, ou senão só Deus sabe o que aconteceria com você

Allyah: Olha só cara... - viro pra ele - eu não pedi sua ajuda e muito menos sua opinião, agora abre a droga do carro e me deixa descer.

- Os carros já estão todos posicionados, você não pode sair agora, porque se não iria me atrasar e vai por mim criança...eu não gostaria de perder uma corrida. - ele me olha de lado

Após isso, ele acelerou o carro, indicando que a corrida havia começado. E depois desse dia, eu descobri que meu amor por corridas era bem maior do que eu imaginava

Depois disso, eu passei a ir até os pontos de corrida e sempre o encontrava por la. Sempre pedi pra ele me treinar, e quem disse que ele me deu bola?

Ele fingia que nem me conhecia. Até que um dia eu tive a brilhante ideia de entrar escondido em seu carro e participar da corrida.

Mostrei pra ele minhas habilidades e ele viu potencial em mim. Mas antes tive que trabalhar pra ele de graça até pagar o estrago que fiz no carro dele

Desde então, estou nessa vida de corridas desde meus 12 anos de idade. Foi a melhor escolha que diz em toda minha vida.

Com esse dinheiro, não passei mais fome, tive o que vestir, não só eu como minha mãe também. Descobrimos que ela está com câncer, mesmo fazendo cirurgias, ele continuava lá.
Então... Ela teve que aprender a conviver com ele.

Ela tenta me preparar pro dia em que ela partirá, os médicos dizem que pode ser a qualquer momento.

E isso me assusta, eu tenho muito medo de perder minha mãe, minha única família.

Quando ela soube das corridas, ela queria me tirar dessa vida, ja que eu me envolvia com pessoas perigosas.Mas já era tarde demais, corrida é minha vida, não me imagino vivendo sem isso, eu preciso correr.

Desde já peço que perdoem os erros que eu possa ter cometido e espero que gostem e desfrutem bastante dessa história💞