Capitulo 06 - Ultimos Capítulos

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Sakura tentou de todas as formas libertar-se, mas Sasuke a controlava com tanta facilidade que seus esforços pareciam ridículos. Ainda assim, ela plantou as duas mãos no peito viril e empurrou-o o mais forte possível.

— Deixe-me ir!
— Não. Agora acalme-se e responda.

Ela não podia fazer nenhuma das duas coisas; nem acalmar-se, nem responder. Começou a entrar em pânico. Não por medo de Sasuke, mas porque não queria falar sobre seu casamento com Sasori Akuna. Não queria nem pensar a respeito e muito menos reviver o inferno mesmo que na lembrança. Mas Sasuke, dono de um maldito temperamento obstinado, não esqueceria o assunto enquanto não obtivesse as repostas. Conhecia-o bem para saber que ele só se contentaria depois que arrancasse dela todos os detalhes. E esse era um assunto que ela simplesmente não conseguiria encarar.
Um puro instinto de sobrevivência a fez relaxar. Em vez de empurrá-lo, aninhou-se de encontro ao peito forte e se deixou envolver pelo conforto dos braços fortes.
Percebeu que Sasuke se contraiu todo diante da inesperada rendição. Seus próprios músculos estremeceram aliviados como se fossem libertados de uma posição antinatural. Acomodou os quadris de encontro ao corpo viril e a constatação de que Sasuke estava excitado trouxe uma sensação familiar, incrivelmente sedutora.
Sasuke percebeu a mudança. Estava refletida no rosto dela. Num instante lutava para repeli-lo, no outro chegava-se toda ardente, o corpo tenso se encostando nele com exigência sutil.
Ainda tentou conter o entusiasmo físico, mas logo percebeu que perdera a batalha. Há longos seis meses a desejava como nunca desejara outra mulher em sua vida. As repostas teriam que esperar. No momento a vencedora era ela. Ele só conseguia pensar que finalmente a tinha nos braços, todos os movimentos sinalizando uma ardente submissão.
Nem desconfiava do que a fizera mudar de idéia e não se importava em descobrir. Bastava tê-la novamente agarrando-se nele como na noite que passaram juntos, a noite que ainda ardia em suas lembranças. Foram horas de insônia desde então, rememorando cada minuto, ardendo em desejo, confuso e zangado com a súbita frieza de Sakura.
Mas não ela parecia nem um pouco fria naquele instante. Ao contrário, mostrava-se quente e vibrante, pressionando os quadris contra o dele, abrindo ligeiramente as pernas para abrigar seu sexo rijo entre elas.
Ele a obrigou a encará-lo, enterrando a mão nos cabelos e puxando a cabeça para trás.

— Você quer isso? — perguntou. Acontecera tudo muito repentinamente. Ele precisava ter certeza antes que ela fizesse outro movimento levando-o além do ponto sem volta. Não experimentava sensações assim desde a adolescência, aquela maré de desejo inundando as veias como enxurrada, afogando os pensamentos. Céus, não se incomodava em descobrir o que causara a mudança nela, naquele instante só conseguia pensar em mergulhar dentro dela.

A resposta demorou um segundo e ele já ia praguejar quando ela enterrou as unhas em seus ombros.

— Quero.

Sakura perdeu a noção de tudo quando ele a desceu até o chão, ali mesmo onde estavam.

— O sofá... — murmurou, mas já sentia o peso de Sasuke, por isso esqueceu.

A idéia inicial fora uma tentativa extrema de distraí-lo, mas acabara cega pelo próprio desejo. Aconteceu tudo tão rápido que ela não conseguiu armar as defesas. Há muito tempo ansiava por Sasuke. Foram longas noites de insônia, muitas lágrimas silenciosas de saudade. O alívio de estar nos braços dele era tanto que quase chegava a doer, por isso, decidiu deixar as preocupações para mais tarde. Agora só queria pensarem Sasuke Uchiha.
Ele foi brusco. O desejo era intenso demais e já vinha de longa data. Impossível controlar-se. Num instante a despia no outro mergulhava para dentro dela no ritmo frenético dos amantes proibidos.
Sakura gostava. Deleitava-se. Em poucos minutos foi levada ao máximo do prazer pelo único homem capaz de arrancar dela uma resposta física tão intensa e imediata. Por muito tempo, com o intuito de se proteger do domínio de Sasuke, negara a si mesma esse êxtase físico. Oh, como sentira falta... Por que as armadilhas mais perigosas continham as iscas mais doces?
Finalmente, Sasuke relaxou em cima dela, o peso do corpo viril pressionando-a de encontro ao chão.
O silêncio no imenso saguão deserto só era quebrado pela respiração semi-ofegante dos dois. Os corpos suados e quentes continuaram entrelaçados, esperando o retorno das forças. Foi quando Sakura se deu conta de que não haviam usado nenhum tipo de proteção.
Chegou a ter um segundo de pânico quando lembrou-se que seu ciclo menstrual terminara havia poucos dias, portanto, achava bastante improvável que tivesse ficado grávida. Mas ao mesmo tempo em que sentiu alívio, experimentou uma sensação de perda. Como se o instante de pânico tivesse sido verdadeiro em vez de uma possibilidade remota.

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