Capitulo 09 - Último

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Boa noite gente, tudo bem com vcs!? Hj trago o Último Cap da Fic e além disso o Último CAP da Fanfic do ano de 2022 🥲 Espero que vcs gostem bastante desse final em ❤️ Boa leitura a todos e até o final ❤️

Antes das cinco horas da manhã de domingo, a campainha tocou. Sakura lançou um olhar para o relógio. Quatro e cinqüenta e quatro da manhã. Quem poderia ser àquela hora insana?

— Sasuke — ela mesma respondeu, saltando da cama. Olhou pelo visor só para confirmar embora não tivesse dúvidas. Bocejando, tirou a corrente da porta.
— Não poderia ter esperado mais algumas horas? — perguntou já a caminho da cozinha, onde começou a encher a cafeteira.
— Não — ele respondeu sentando-se à mesa — Não peguei no sono. Quero tratar deste assunto o mais depressa possível.

Ela também quase não dormira. Depois que ele se fora, na manhã anterior, ficara dando voltas pelo apartamento feito uma idiota. Custara a identificar o problema, mas acabara percebendo que o motivo era muito simples: estava se sentindo só.
Sasuke passara trinta e seis horas seguidas com ela, abraçando-a enquanto dormiam, fazendo amor, conversando, discutindo ou rindo. O blecaute os forçara a um convívio íntimo, a explorarem pesadelos e talvez até a chegarem a algumas conclusões.
A cama lhe parecera grande, fria e vazia demais.
Pela primeira vez, começou a se questionar se fora uma decisão sábia romper o relacionamento. Sasuke não tinha nada de Sasori. Fisicamente, ela se sentia infinitamente mais segura e desejada com ele; nesse ponto, pelo menos, não acreditava que Sasuke fosse capaz de machucá-la.
Era a outra faceta da personalidade dele que mais a preocupava. O silêncio e a tendência dominadora. A questão do domínio não a preocupava tanto; também tinha seu lado teimoso. O grande problema era que ela tivera de lutar muito para recobrar a autoconfiança. Seria loucura arriscar sua identidade novamente. E Sasuke podia ser tão implacável quanto as marés; personalidades mais fracas não tinham a menor chance com ele. Grande parte da vida dele continuava um mistério para ela. E se estivesse escondendo alguma coisa horrível com a qual ela não pudesse de forma alguma conviver? E se ele tivesse um lado obscuro que quando viesse à tona, seria tarde demais para ela se proteger?
Sakura não alimentava mais nenhuma ilusão sobre casamento. Mesmo nos dias atuais, uma certidão dava aos homens uma certa autonomia sobre as esposas. As pessoas tendiam a não se intrometer em disputas domésticas, mesmo quando envolviam a violência de um homem contra a mulher indefesa. Oh, alguns departamentos policiais já começavam a encarar o problema com mais seriedade, felizmente. Mas enfrentavam tantos outros problemas como assassinatos, drogas e carnificinas, que uma mulher com um olho roxo ou um braço quebrado pesava pouco na balança de prioridades.
E Sasuke queria casar-se. Se ela concordasse numa relação casual, não dava uma semana para ele voltar a insistir de forma incansável e persistente. Amava-o tanto que ele acabaria por dominá-la, daí a necessidade de ela tomar uma decisão definitiva e imediata. E poderia tomá-la agora, se a resposta fosse não. Ainda tinha forças para afastar-se dele, sabendo que era para seu próprio bem. Se adiasse, cada dia só serviria para enfraquecer um pouco mais sua decisão.
Ele permanecera em silêncio enquanto ela se movimentava de um lado para o outro na preparação do café. Houve o barulho da água fervendo dentro da cafeteira e instantes depois um aroma delicioso tomava conta da cozinha.

— Vamos nos sentar — ele sugeriu, colocando uma pasta sobre a mesa que Sakura só agora notava.
— Se isto requer raciocínio, — avisou-o depressa, — pelo menos me deixe tomar uma xícara de café primeiro.
— Não sei não... Algo me diz eu teria mais chance se o seu cérebro se mantivesse neutro, apenas os instintos funcionando.
— Os hormônios, você quer dizer.
— Que seja. Também não tenho nada contra. — Ele cocou o queixo sombreado pela barba e suspirou. — Acho que também vou tomar uma xícara.

Sasuke aproveitara para mudar de roupa e usava um jeans já descorado e uma camisa branca de algodão com aparência muito macia. Mas estava com olheiras. Dois círculos escuros em torno dos olhos pretos indicavam que não dormira. E obviamente não se barbeava desde a manhã do blecaute. Tinha um ar de bandido, parecia um daqueles tipos que costumava contratar.
Quando o café parou de escorrer, ela encheu duas canecas e sentou-se diante dele. Sorveram a bebida fumegante lentamente e só então ele abriu a maleta, de onde tirou duas pastas, uma mais fina e outra bem grossa. Empurrou a mais fina na direção dela.

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