I will survive || Malec

9. Be mine

magnus

O suspiro baixo e desejoso de Alec fez todo o corpo de Magnus ferver. Se estivesse em sãs condições ele teria agradecido a todos os deuses pela oportunidade de tocar aquela pele aveludada novamente. Ele apertou os dedos nos quadris estreitos de Alec, querendo desesperadamente trazê-lo para mais perto, e mesmo no escuro sua boca encontrou com facilidade os lábios do marido.

Fogo, eletricidade, paz, guerra, calmaria e insanidade tomaram conta de seu corpo enquanto os lábios do outro cediam sobre os dele. O sabor era infinitamente melhor do que ele se lembrava, e ele sabia que suas mãos estavam tremendo enquanto deslizava-as suavemente por baixo da camiseta do pijama de Alec.

Ele deixou seu corpo se apoiar sobre o do outro, absolutamente inebriado pelo fato de que o beijo estava sendo correspondido com a mesma paixão e intensidade. A língua de Alec se enroscou contra a dele, e ele sugou-a, ávido, sedento, os meses de abstinência nublando todo o resto.

- Alexander - ele gemeu baixinho, tentando manter a sanidade.

E em resposta sentiu as mãos de Alec se arrastando suavemente pelo seu corpo. Magnus foi tomado pelo desespero de ver o rosto de Alec. Ele precisava ver o rosto de Alec, saber que o outro queria aquilo tanto quanto ele mesmo. Se estendeu mais sobre a cama e com um clique ligou o abajur.

Seu coração se contorceu com a beleza ao mesmo tempo calma e estonteante de Alexander. Ele estava com o cabelo um pouco bagunçado, a boca entreaberta, os olhos semicerrados.

- Mags? - Alec chamou suavemente, parecendo perdido pela interrupção brusca.

- Eu precisava ver você - Magnus disse.

Alec suspirou profundamente, olhando-o com a mesma intensidade. Magnus conseguia sentir todo o seu corpo pressionado contra o dele, o calor familiar, as curvas que ele amava. Mas ainda assim, o arrepio que subiu em seu corpo não era apenas desejo.

Era adoração. Ele se sentia como um devoto em frente ao seu deus particular. Tudo que ele queria estava ali, naquelas íris azuis que lhe fitavam como se vissem sua alma. Ele amava os cílios enormes do marido, e a forma como eles quase tocavam na bochecha quando Alec piscava. Amava o formato do nariz, e a boca incrivelmente desenhada. Amava as discretas pintas escuras que ele tinha no rosto e por todo o corpo. Amava o cabelo liso e grosso…as sobrancelhas bem definidas… amava tudo e tanto…

E seu coração estava retorcido de angústia ao pensar que… Alexander estava ali, na mesma cama que ele, mas no dia seguinte não estaria. E sua mente dava um nó ao perceber que Alexander tinha decidido não viver mais com ele. Todo seu corpo doía porque o futuro que ele tinha tomado como certo, não era mais uma realidade. E ele queria lutar por esse futuro, mas não sabia como fazer isso, já que Alexander estava sendo tão incisivo em relação a não reatar o casamento.

- Magnus? - Alexander chamou novamente, puxando-o de seu devaneio e Magnus piscou repetidas vezes, se dando conta de que a visão estava embaçada.

- Você está chorando? - Alec perguntou, dessa vez em um sussurro.

- Não, não - Magnus piscou mais vezes e tentou sorrir, sem sucesso.

- Magnus… - Alec apertou os olhos.

- A gente pode… hm… voltar a se beijar? - Magnus perguntou, esperançoso.

Alec riu enquanto revirava os olhos. Magnus se orgulhava de ter sido ele a influenciar Alec nesse movimento.

- A gente pode, mas - ele estendeu a mão e colou um dedo nos lábios de Magnus quando este se adiantou, ansioso - Eu nem sei porque estou dizendo isso, mas uma das coisas que… me incomodaram no fim foi sua recusa em falar sobre o que estava sentindo. E você já me disse diversas vezes que quer reatar, e que faria tudo para dar certo, mas continua evitando falar sobre seus sentimentos.