O Mafioso Vacchiano.

Capítulo 8

Francesca Vacchiano

-Se você acha mesmo que vamos ter nossa noite de núpcias, você é mais burro do que imaginei. Não pretendo ir para a cama com você tão cedo, não me importa se temos que gerar herdeiros, você não me merece. Depois que chegamos ao nosso quarto, quis deixar claro para Victorio que não teríamos relação.

-Imaginei que você diria isso, e nem estava esperando ter noite de núpcias. -Victorio fala começando a tirar suas peças de roupa, não posso negar que ele é o homem mais lindo que já vi, seus olhos azuis marcantes, seu cabelo preto, tudo que faz uma mulher perder o ar, porém o caráter tira todo o encanto. Mas o que ele fala me surpreende, achei que ele iria me obrigar a dormir com ele, mas não, ele age como se não esperasse. - Sei que agi como um babaca, e não posso negar que em nenhum momento pensei em você e nas responsabilidades que você carrega, pensei apenas em mim, e nos meus últimos dias de solteiro, por isso peço desculpas.

Me surpreendo com o quanto suas palavras soam verdadeiras. Nunca imaginei que um homem como Victorio pediria desculpas, para mim caras como ele não reconhecem quando estão errados.

-Eu aceito suas desculpas, mas ainda assim não haverá noite de núpcias. - Sigo até minha mala, retirando minha camisola de cetim.

-Não achei que você mudaria de ideia, minhas palavras foram verdadeiras. -Victorio começa a tirar sua blusa, e percebo o quanto seu corpo é musculoso, provavelmente por anos de treino, há uma cicatriz na lateral de seu corpo, provavelmente feito por uma faca. Esqueço o que eu estava fazendo e ando até ele, toco em sua cicatriz. Quando percebo a reação dele, afasto me rapidamente com um susto, o que eu estava fazendo, como eu era idiota, que idiota.

-Desculpa, não queria te assustar! Só achei estranho. - Victorio olha em meus olhos, não desvio a atenção, seus olhos eram lindos, me perderia neles por horas, parecia um oceano.

-É...é onde conseguiu essa cicatriz? - Pergunto tentando mudar a atenção, mas que porra, eu nunca gaguejava, porque eu gaguejei, ele deve estar achando que eu sou uma idiota.

-Isso. -Aponta para a cicatriz que acabei de tocar. - Eu consegui em uma tentativa de sequestro a uma das minhas irmãs, a Caterina. Acabei deixando que me levassem no lugar dela, eles só não imaginavam que eu era muito bem treinado, eu tinha 16 anos. O desgraçado acabou passando uma lâmina envenenada aí, por isso que há essa marca.

-Hum, Caterina não parece ser alguém fácil de ser sequestrada. -o que de fato era verdade, as irmãs de Victorio são capazes de matar alguém com um simples olhar.

-Isso é verdade, mas ela tinha apenas 8 anos na época. - Victorio deita na cama, ele está apenas de cueca, não pude deixar de notar no quanto seu corpo é lindo, de um tom meio dourado, possui poucos pelos no peito, minha atenção se volta para a cueca, mas desvio o olhar rapidamente.

-An...ah- gaguejo. - Vou trocar de roupa no banheiro. - Saio quase correndo até o banheiro, encaro o espelho, o que está acontecendo comigo? Como um homem pode fazer isso com uma mulher?

Visto minha camisola, e oro a Deus para que ele já esteja dormindo, vamos ter que dividir a mesma cama, e não quero que ele me encare com aqueles olhos azuis perfeitos, ao entrar no quarto me deparo com ele ainda acordado, Deus eu acabei de te pedir o contrário disso, ele me olha debaixo para cima, fico arrepiada, odeio o modo como meu corpo reage a esse homem.

-Por Dio, você está muito bonita. - Era só o que me faltava, Victorio tinha que dizer isso, sua voz sexy faz minhas pernas bambearem, nunca senti isso em minha vida, mato homens e mulheres a sangue frio, mas simples palavras me fazem perder o rumo.

-Obrigada. - Tento não mostrar o quanto fui afetada pelo que ele falou. Vou até a cama me deitando, e me cobrindo com o lençol de seda. Viro meu rosto para Victorio, percebo que ele está me observando. - Boa noite.

-Buona serata amor! - O modo como ele me chama de amor, me faz parecer que estou em cima de nuvens, me viro para o lado para desviar do seu olhar, Deus me ajude.