Capítulo 25

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Victorio Vacchiano

-Bom, como ainda falta alguns minutos para a oficialização, vou ao meu escritório, mas não vai demorar. - Todos acenam em confirmação, e saem para a área externa.

Ouço alguém bater na porta e mando entrar, meu irmão entra na sala com um cara séria, desde que encontramos a menina no esconderijo ele tem andado mais frio, a menina que descobrimos se chamar Clarisse, está agora sob a nossa supervisão, ela ainda está internada visto que estava muito desnutrida, e com muitos hematomas e cicatrizes, o médico de confiança falou que se meu irmão tivesse demorado mais alguns minutos a menina teria morrido.

Meu irmão tem cuidado sempre que pode de Clarisse, só sai do hospital quando é necessário, e meus pais decidiram que vão cuidar dela, ela agora é a nossa protegida.

-O desgraçado do Luca está de olho em nossas mercadorias de Génova, um de nossos informantes disse que está programado um ataque para essa madrugada, devemos agir rápido. - Meu irmão fala se servindo de uísque.

-Eu sei, já mandei reforço para nossa base de drogas e de armamento, segundo pesquisas de área, ele pretende atacar nossa base de armas, por isso devemos ir imediatamente até lá. Só estou esperando a confirmação de nosso piloto para que possamos ir depois da oficialização. - Assim como meu irmão, bebo o uísque a minha frente só que com um gole só. - Você já passou as comandas para os soldados daqui? não quero nenhum imprevisto hoje. Ligue para o chefe da segurança de Génova para que ele reforce a segurança do navio de armas que irá sair hoje...

Antes que pudesse terminar de falar escuto tiros, eu e meu irmão nos olhamos rapidamente, ele já sabe o que fazer então sai correndo do escritório. Pego as armas que se encontram na gaveta e pego uma metralhadora, o desgraçado que resolveu tirar minha paz hoje deve se considerar um homem morto.

Saio da sala e me deparo com soldados que não são da Cosa Nostra, antes que eles pudessem reagir atiro em cada um deles, alguém tenta me atacar por trás, mas utilizo a arma para bater na barriga, será que esse idiota não pensou em atirar? Mas é burro mesmo. Assim que o mato, desço as escadas, quando escuto um tiro passar de raspão em meu braço, mas antes de matar o desgraçado vejo Caterina atirar em sua cabeça.

-Onde estão as outras? -Grito para que minha irmã escute.

-Não sei! Desde que o ataque começou todo mundo se dispersou. - Ela fala matando os soldados que tentam a atacar.

-Você resolve a situação daqui de dentro, e por Dio cuidado! Vou mandar alguns soldados te darem cobertura. - Saio para a área externa que está a maior carnificina, há corpos para todos os lados, vejo de longe meu irmão lutar corpo a corpo com um homem, pelo que parece meu irmão está ganhando. Escondo atrás da pilastra quando escuto tiros virem em minha direção, coloco a cabeça para fora a tempo de atirar no desgraçado que tenta me matar, dou 10 tiros só de raiva.

Antes que eu possa olhar para trás sinto um vaso de flor se quebrar em minha cabeça, mas não me faz efeito, olho para trás e vejo um soldado inimigo, ele me dá um murro em minha cara que provavelmente ficará com algum hematoma, mas logo deposito um murro em seu rosto fazendo-o cambalear, pego a adaga em meu sinto e enterro em seu coração, o cara cai morto em minha frente.

De longe escuto gritos, olho a minha esquerda e vejo Georgia sendo carregada, ela tenta se debater, chutar, mas sem sucesso, corro até ela, mas o desgraçado é mais rápido e se enfia em um carro, tento correr como se pudesse ser mais rápido que o carro, mas é em vão. Ódio se instaura em mim, e começo a atirar em todo soldado que vejo, sem me importar se receberei algum tiro, a minha irmãzinha foi sequestrada.

Assim que o silêncio se instaura vejo todos os soldados e minha família virem até mim, para receberem ordem, ao todo são umas 50 pessoas, no meio das pessoas vejo minha esposa que graças a Dio não parece estar ferida, o sangue em seu rosto parece ser de outra pessoa, mas não há tempo de ter certeza.

-Sequestraram Georgia, eu quero que vejam se há alguém vivo dentre os soldados inimigos e querem que os levem para a sala de interrogatório. -Esbravejo, sei que meu rosto a puro ódio. As expressões no rosto de minha família são de puro desespero e ódio, minha irmãzinha foi sequestrada, eu matarei o desgraçado se ele tocar nela. - Se eu descobrir que há um traidor em nosso meio o seu fim será tão ruim, e eu não me importarei em queimar no inferno por isso. A segurança estava mais que o suficiente para proteger qualquer um aqui, não há como eles terem entrado sem ajuda. -Vejo tensão no rosto dos soldados, não me importo, quero que eles sintam medo, a morte é um fim muito bom para um traidor, farei ele sofrer por meses.

Aponto para o sargento de confiança e falo.

-Quero que descubra quem foi o traidor que ajudou Samuel a fugir, depois das regras claras de meu pai em matar o desgraçado. - O sargento apenas acena em concordância, e sai. - Os outros, quero que descubram qualquer tipo de informação útil para achar Georgia, AGORA! - todos saem correndo para fazer o que mandei.

Minha família vem até mim, mama e Caterina está com o rosto coberto de lágrimas.

-Se aquele desgraçado tocar em minha bambina, eu vou matar aquele desgraçado e toda sua família, qualquer parente próximo não importa se é inocente ou não. - Meu irmão ruge de raiva.

-O rastreador, temos que ver para onde ela está indo. -Meu pai fala, pego o meu celular à procura de qualquer sinal do rastreador de Georgia.

-O filho da puta que está com ela deve ter quebrado, nenhum sinal dela. -Meu corpo estava todo tensionado por ódio.

-Figlio, mande os soldados fazerem fronteira para que nenhum carro sai de Roma sem ser inspecionado. -Meu pai manda, e com apenas uma ligação todos ficam apostos.

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