Capítulo 22

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Francesca Vacchiano

-Ele...ele- gaguejo, lágrimas rolam por meu rosto, não consigo fingir ser forte, não consigo. -Ele tinha apenas 13 anos...13 anos e só queria ajudar a salvar sua irmã, ele treinava muito, mas nunca havia matado ninguém, e para me ajudar ele matou 4 de uma vez. Ele estava na minha frente e eu não podia ajudar, eu gritava, gritava, mas continuavam batendo nele, e então ele chorava de dor, e sangue jorrava de sua pele. - Falo relembrando a memória infeliz na minha mente. - Eu pedia para não fazerem isso com ele, mas continuavam a bater nele, eu falei que o amava, ele era meu irmão gêmeo, ele era a minha metade. -Falo baixo e abraço meu corpo como se pudesse me proteger. - E então nas suas últimas palavras ele disse "eu te amo, e fala para papai e mamãe e mana que eu os amo também." e então Luca cortou a cabeça dele que rolou até mim, e eu gritei, chorei, e naquele dia meu coração ainda batia, mas dentro de mim só havia morte. -Meus olhos ardem com a lembrança. - Luca disse que aquilo era culpa minha, que meu irmão tinha morrido por minha culpa e só minha, ele disse que as pessoas a minha volta sempre morrerão e a culpa será só minha por isso, desde então nunca mais tive amigos, até conhecer seus irmãos, mas eu não posso ser a culpada pela morte deles, não posso ser a culpada se você morrer, eu já sou a culpada pela morte do meu amor, da minha metade.

-Você não é a culpada meu amor. -Victorio diz beijando minha cabeça e me abraçando. -Luca só falou aquilo porque você era uma criança de 13 anos, e ele queria que você nunca esquecesse isso. Seu irmão tinha 13 anos, mas ele já tinha o dever de escolha, e ele escolheu você e isso mostra o quanto ele te amava, e sei que você teria feito a mesma coisa por ele. Então não é culpa sua, nunca pense nisso.

-Minutos depois- Continuo a história. - Os soldados do meu pai atacaram o lugar, Luca conseguiu fugir, mas cada soldado que ficou foi morto da forma mais cruel possível, e quando meus pais entraram na sala e viram a cabeça de meu irmão aos meus pés eles choraram, eu nunca havia visto eles chorarem, mas eles me abraçaram e choraram. E naquele dia, a antiga Francesca morreu! Eu nunca havia sido treinada por regras, mas depois de tempos implorando meu pai ele me deixou aprender a lutar, e eu treinei todos esses anos na esperança de que eu possa matar aquele desgraçado da forma mais cruel possível, e não me importa que eu passe dias, eu quero que ele sofra o que eu sofri, e quero que ele sinta a dor que meu irmão sentiu.

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