13. A good madness

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Por Any Gabrielly

As vezes ouvir nossos impulsos pode ser escolher viver numa corda bamba, estou cogitando a possibilidade de que criar a Psique pode ter sido a pior escolha que eu fiz. Quanto mais envolvo mais fico presa na vontade de me permitir conhecer os meus limites e as novas sensações que ela me faz explorar, eu gosto do jeito como Josh me enaltece é óbvio.

Mas beijar ele fez as coisas saírem ainda mais do meu controle porque aquela bendita boca macia me tirou o juízo. Desconhecia tamanha sensação de luxúria e felicidade até tomar seus lábios e me deixar envolver pela habilidade astuciosa da sua língua, josh tinha gosto de torta de morango e ao mesmo tempo era forte e embaraçoso como uma dose de conhaque.

E eu fugi. Fugi porque tive medo, vergonha e me dei conta do que havia feito. Pela primeira vez eu havia beijado na minha vida inteira, ao menos envolvendo bons sentimentos e obedecendo minhas vontades e ele sequer tinha visto meu rosto. Milhões de pensamentos torturantes me cercaram desde então, as duvidas aumentaram e a confusão em meu peito parecia longe do fim.

Ele ainda teria vontade de me beijar se visse meu rosto? Será que também foi bom pra ele?

- Ta maluca, Gabrielly? - Alex murmurou irritado ao notar que o ignorava. - Você tá me ouvindo? - Trancou o maxilar ao parar no corredor interrompendo minha passagem visivelmente chateado pela minha falta de atenção.

- Desculpa, eu to no mundo da lua! - Bufei sentindo o ar escapar pela minha boca. - O que disse?

- Tem certeza que não aconteceu nada demais ontem? - Insistiu semicerrando os olhos em minha direção, ele estava irredutível desde que saí da casa de Josh e entrei às pressas no seu bendito carro. Não é como se eu fosse contar tudo que aconteceu, afinal ainda é algo particular, mas Alex sentira o cheiro de merda de longe como a porra de um cachorro sente o cheiro do galeto na brasa.

- Eu já falei que não, você está me fazendo arrepender de contar as coisas. - O empurrei fazendo-o sair da frente. - E vamos logo, estou morrendo de fome!

- Ah é? E você não vai mesmo ouvir o que tenho a dizer? - Ouvi seus pés batendo atrás de mim assim que entramos no refeitório, o intervalo estava só começando. - Any! - Os passos ficaram mais rápidos e rapidamente ele puxou minha mão antes que chegássemos na fila gigantesca de jovens esfomeados lutando por sanduíches de atum e bife com fritas, o que chegava a ser patético se levar em consideração que havia comida para um batalhão e obviamente todos seriam contemplados sem escândalos necessários.

- Se continuar me enchendo, não. - Me mantive firme encarando meus próprios pés e a fila andou mais um pouco.

- Não to nem aí! - Riu apertando propositalmente minhas bochechas. Odeio quando ele faz isso, argh! - Estava falando sobre a Oli, a gente tem estado próximo esses dias. Acha que devo chamá-la para sair?

Eros - BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora