Stripper- Supercorp.

12•

P.O.Vs Lena Luthor

Corri atrás de Lori que estava com a bola e ria gostosamente tentando fugir de mim, minha filha me chamou para brincar e eu acabei aceitando para que? Estou aqui morrendo, não tenho mais pique para isso não, acho que estou ficando velha. Kara de longe ria loucamente ao ver a minha situação naquela areia que piorava a minha corrida, até agora não vi sinal de Lívia e nem Sofia, mas não me importei porque se as duas estão juntas, então estão bem. Acabei pisando em algo duro na areia da praia e cai com tudo no chão, cansada e toda suada acabei ficando ali mesmo, pra que se levantar né? Aqui está tão bom.

Lori estava lá na frente com a sua bola que não soltou por nenhum segundo, ela está bem feliz e rindo muito. Parece que a presença de Kara trás uma energia positiva e deixa o dia agradável, estou gostando e não pretendo sair daqui nem tão cedo. Ouvi uns passos apressados vindo em minha direção e vi que era ela que nesse momento ficou de joelhos na areia ao meu lado.

- Você está bem? - Perguntou preocupada.

- Estou, esse tombo não doeu graças a areia fofa. - Solto um riso e ofego - Nossa, estou morta.

- Sua filha tem uma habilidade de correr longe de você. - Kara comentou rindo.

- Talvez eu esteja ficando velha para isso. - Levo a mão até a testa e tiro o suor. - Não sei se vou conseguir levantar, estou cansada demais.

- Mamãe? - Lori se aproximou cautelosa.

- Pequena, você acabou com sua mamãe. - Kara disse sorrindo lindamente.

- Mamãe é fraca. - Lori riu e se jogou no colo da loira. - Kara, você consegue me pegar?

-Claro, vou te contar um segredo. - Sussurrou apenas para nós - Eu tenho super poder.

- Tem? - Lori arregalou os olhos - Poder do que?

- Correr rápido. - Kara respondeu ainda num tom baixo - Quer ver?

- Quero.

- Então corra pequena.

Lori correu rápido ainda segurando sua bola da frozen, Kara logo se levantou e começou a correr atrás da minha pequena. Fiquei uns minutos deitada na areia com um sorriso bobo no rosto e finalmente consegui me levantar, nesse mesmo momento senti um corpinho trombando em mim e é a minha filha que está completamente suada. A peguei no colo vendo-a rir e morder o meu queixo, enchi seu rostinho vermelho de beijos. Kara vinha logo atrás mal conseguindo andar e ofegante.

- Mamãe, eu ganhei .– Lori comentou vitoriosa.

- Olha... - Kara  buscou por saliva. - Essa garotinha corre feito o Flash, não dar não.

- Kara, você não usou seus poderes .- Lori fez um bico fofo.

- Claro que usei, mas descobri que o seu poder é mais forte que o meu. - se aproximou dela deixando um beijo em seu rosto.

-EU TENHO PODER - Lori comemorou.

- Voltamos. - Lívia disse. - Nossa, vocês estão com cara de acabadas, um trator passou por cima de vocês?

- Um trator chamado Lori. - Respondi ofegante.

- Ta explicado. - Sofi deu de ombros e riu - Karinha, você não aguenta mais correr não sei porque insisti, é sedentária.

- Karinha? - Questionei confusa.

- Quando eu era pequena, dei esse apelido a ela e não me pergunte o porque. - Sofia murmurou divertida. - Não me lembro da onde tirei isso.

- Não sou sedentária - Kara emburrou.

- É sim - Sofia acusou. - Se deixar, você nem levanta da cama.

- Ah qual é. - a loira cruza os braços. - Vai me difamar na frente da Lena?

- Não se preocupe mais Sofi.- Solto um riso

- Conte-me

- Com prazer...

Sofia começou a contar todos os podres de Kara a deixando envergonhada, minha irmã apenas ria junto comigo. Lori já se distraiu com a sua bola, depois de um tempo ouvindo o que a pequena contava, fomos tomar sorvete na praia mesmo. Não demorou nem 5 minutos para a minha irmã arrastar novamente a Sofia para longe de nós, só que dessa vez a minha filha a seguiu. Vi que Lívia fez uma cara frustrada, mas mesmo assim recebeu minha bebê com muita felicidade, agora está apenas eu e Kara paradas embaixo de um pé de coqueiro.

- Será que rola algo entre nossas irmãs? – Perguntei curiosa.

- Eu não sei, mas elas estão estranhas. - Kara suspirou - Tenho muito ciúmes da minha irmã.

-Eu tinha também muitos ciúmes da Lívia, mas quando tive a minha pequena Lori, o ciúmes foi todo depositado na minha filha - Jogo meus cabelos para trás. - Quando se tem uma filha, tudo muda na vida.

- Eu imagino, você é muito boa sendo como mãe e sabe educa-la. - me olha - Ela é um amor de pessoa.

- Concordo - Balanço a cabeça e a olho divertida - Então é sedentária?

- Nem comece Luthor.

- Eu nem comecei.

- Tira esse sorrisinho do rosto - Mandou e eu ri mais ainda - Aé? Duvido então você me pegar, vou te mostrar quem é a sedentária aqui.

Ela saiu em disparada sem me deixar responder, lá vamos nós, comecei a correr atrás dela sentindo minhas pernas doerem pela corrida que tive com minha filha mas eu não vou desistir tão fácil. A loira desviava das pessoas e correu para debaixo de umas plataformas que não tinha ninguém, estava sem nenhuma calma. Foquei meus olhos mas não a achei, até que contudo ela aparece na minha frente me assustando.

- Senhor! - Levo a mão até o coração – Quase morri.

- Acho que eu ganhei.

- Nada disso - Neguei rapidamente - Eu ganhei porque eu te peguei.

- Não pegou.

- Peguei.

Dei alguns passos em sua direção e abracei o seu corpo, a encarei com uma cara de quem diz "VIU? EU TE PEGUEI”. Ela riu jogando a cabeça para trás e eu apreciei o seu sorriso que parecia brilhar em seu rosto, meu erro foi encarar seus olhos azuis e brilhantes, nesse momento ela parou de rir e me olhou também. Deslizei minhas mãos automaticamente até chegar em sua cintura e soltei um suspiro baixo sentindo o modelo do seu corpo maravilhoso.

Ela mordeu o lábio lentamente e me fitou intensamente, nesse momento ficamos em silencio apenas nos olhando e eu tomei a atitude de aproximar minha cabeça da sua, ela não fez nada apenas desceu seus olhos para a minha boca, liguei o foda-se e a beijei. Meus lábios finalmente tocaram nos seus sentindo a textura, é tão macia e carnuda, mordi lentamente o seu lábio para constatar aquilo de maciez, está aprovada. Nossos lábios começaram a se mexer com lentidão aproveitando cada beijo retribuído, estávamos em sincronia e nossas bocas pareciam um perfeito encaixe. Pedi passagem e a mesma me concedeu na hora, minha língua explorou sua boca quente e encontrei a sua língua aveludada. Ela suspirou contra meus lábios e eu fiz a mesma coisa.

Kara passou seus braços em meu pescoço e acariciou bem naquele ponto, me rendi com aquilo. Nossas línguas se tocavam sem vergonha alguma e os nossos lábios incansáveis faziam um carinho no outro, infelizmente o ar se faltou e tivemos que nos afastar. Deixei um selinho naquela boca avermelhada e encarei seus olhos esbugalhados.

- E-eu... - ela não sabia o que falar.

-Me beija.