𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐓𝐑𝐄̂𝐒
𝗺𝗲 𝗮𝗷𝘂𝗱𝗲
Nishimura não parecia tão irritante agora, mesmo com suas implicâncias das quais eu não perdoei.
Me joguei no sofá da sala com os olhos fechados e a respiração que fazia um trabalho descordenado. A carta, o pacote, o contrato, tudo estava ligado a mim mas nenhum sentido isso fazia. Se Riki sabe de alguma coisa por qual razão não me contaria? O prazer dele é realmente me tirar do sério mesmo depois de tanto tempo?
Levantando um pouco o pescoço e abrindo os olhos o mínimo necessário, notei que a caixa não havia sido entregue junto às cartas. Suspirei cansada batendo minha cabeça contra o acolchoado.O noticiário japonês passava ao fundo na TV, relatando as tragédias que ocorreram e quantas mortes houveram, as mesmas notícias de quase todo dias. Virei meu rosto em direção a tela, tentando ler o título da notícia e, nada fazia sentido.
As letras que eu deveria reconhecer não faziam sentido. Eram rabiscos que imitavam o coreano. Minha respiração acelerou e com um baque me levantei do sofá. Não era minha visão, meu cérebro realmente não assimilava à leitura. Um calor subiu pelo meu pescoço com o medo de que alfabeto japonês não fizesse parte de mim.
Me ajoelhei no carpete da sala buscando assiduamente um dicionário japonês mas era óbvio que não teria isso comigo. É ironicamente trágico que uma japonesa precise de um dicionário japonês agora. Passei os dedos pelos fios e pressionei a mandíbula quando notei a única coisa que me ajudaria no meio da noite...
Bati repetidamente na porta do apartamento 192 até que finalmente abrisse. Sinceramente só bati desnecessáriamente forte por que sei o quão irritante isso é.— Iria morrer se esperasse para me encher o saco só amanhã? — Nishimura queixava-se esfregando os olhos de sono
— Prometo que não vou te irritar, ou me queixar sobre o macarrão Instantâneo que você me forçou a pagar... — ele rolou os olhos e eu segui direto ao ponto — Preciso que você me ensine a falar japonês.
Ele subiu as sombrancelhas e fechou a porta.
Eu queria chorar na ideia terrível de não conseguir ler em japonês de novo. Na tentativa de ler, poucas letras voltavam a fazer sentido pra mim.— Você 'tá falando sério? — ouço a voz do Riki do outro lado da porta ainda fechada.
Bati duas vezes sem força. Ele abriu devagar com uma feição relaxada e cruzou os braços ao se apoiar no batente da porta
— Como você conseguiu esquecer até mesmo seu idioma?
— Já se fazia muito tempo dese a última vez que escrevi pra alguém. — dei de ombros escondendo minhas mãos que tremiam de medo e vergonha — É fácil esquecer essas coisas.
— Não, não é Hikaru.
Ele saiu da porta e sinalizou para que eu entrasse.
O cômodo da sala não tinha tanta luminosidade. A casa cheirava à um fraco perfume adolescente e seu aspecto também era semelhante a um, com roupas penduradas na luminária e um montante na poltrona, a série pausada na Netflix entregava o que ele estava fazendo antes de eu chegar aqui.
Me sentei no carpete contra a TV e cruzei as pernas debaixo da mesinha de centro. Ele buscou um papel e uma caneta, as colocando lado a lado sob a superficial da mesa. Ele se sentou a minha frente. Nishimura realmente parecia sonolento com seus olhos fundos e o aspecto cansado.
Ele passou os dedos entre os fios e suspirou.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝗖𝗮𝗻 𝗪𝗲 𝗧𝗮𝗹𝗸 𝗔𝗴𝗮𝗶𝗻 - 𝘯𝘪𝘬𝘪
FanfictionNishimura Riki sacrificou seus sonhos para que eu pudesse sonhar. Eu andei pensando em você, na verdade eu sinto sua falta, agora honestamente eu quero te ver. Podemos conversar de novo, podemos tentar de novo, voltar como costumávamos ser ant...