Prólogo

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Olá, chuchus! Mamá quem vos fala brevemente, muito feliz por estar postando no Wattapad essa vminzinha que eu escrevi junto com a Din lá no Spirit, um tempo atrás: como por aqui não é possível marcar um co-autor oficialmente, deixo claro minha autoria conjunta com a  @histae  , essa escritora incrível que merece todo champanhe do mundo, então vão lá no perfil dar amorzinho pra ela <3 Sem mais delongas então, J-Hope you enjoy :D

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1921, em algum lugar dos Estados Unidos.

— Então, o que houve com você? Está me evitando desde ontem. — perguntou o grisalho ao seu companheiro de leito.

— Meus filhos e minha esposa simplesmente me abandonaram aqui, eu nunca falei para ninguém isso que vou te dizer agora mas... eu nunca amei minha esposa como um homem ama uma mulher. — suspirou triste. — E eu nunca deveria ter escondido isso ou reprimido isso em mim. Pois imagino que depois de um tempo, ela acabou descobrindo sozinha. Eu sempre mantive essa aura de "hétero" para me proteger dos pensamentos e julgamentos dos outros, mas eu acabava me machucando mais ainda.

— Eu entendo, Claudio. Passei por isso também, eu me sinto tão sufocado... — tossiu e suspirou pesado. — Nós deveríamos ter nos conhecido antes, quem sabe estávamos com as pessoas erradas?

— Eu tenho certeza que estávamos, porque apesar de termos nos conhecido há três meses atrás e nessas circunstâncias terríveis, eu nunca me senti tão à vontade para falar sobre o que sinto sem medo de ser julgado. E... apesar das dores que sinto, me conforta saber que vou morrer ao lado de alguém que eu sei que amo de verdade, Andrew. — sussurrou a última frase, mas ainda era audível.

— Espera, o que você falou? — Andrew olhou para Cláudio, queria ter certeza do que ouviu.

— Disse que te amo. Amo de verdade! — ele falou e logo dormiu novamente.

O remédio fez efeito, ele finalmente conseguiria ter alguns minutos de paz. Dormir sem sentir nenhuma dor, sentir o corpo anestesiado. Só que a dor do coração ninguém consegue anestesiar e Andrew entendia muito bem sobre isso. Viver uma vida presa a alguém que não se ama é quase como um castigo. E descobrir que, agora no finalzinho da sua vida você finalmente encontrou seu grande amor, qual a sua reação: Você se alegra? Ou... se desespera?

— Eu também amo você. — sussurrou de volta para o outro que já dormia profundamente.

[...]

No outro dia, Cláudio tinha acordado, mas estava fraquinho. Ao ver o seu companheiro, na cama ao lado abriu um sorriso, com bastante dificuldade.

— Sinto que meu tempo aqui está acabando... — ele falou tão baixinho, que duvidou que o outro tivesse ouvido. Então, se esforçou para falar mais alto. — Queria que você me prometesse uma coisa e eu prometerei o mesmo para você. — olhou para Andrew e ele havia escutado desta vez.

— E o que é? — perguntou, olhando com atenção para seu companheiro.

— Essa vida está acabando, então por favor me prometa que na próxima iremos nos encontrar para viver o amor que agora não poderemos. — os olhos dos dois se encontravam cheios de lágrimas e sinceramente, estava fraquinho demais para controlá-las e elas rolavam livres pelos rostos dos idosos. Cláudio esticou o braço, com o dedo mindinho erguido. — Você me promete?

— Sim, eu prometo. — Andrew fez o mesmo, os dedinhos se encontraram e assim as promessas foram eternizadas.

Naquela noite Cláudio faleceu. E o Andrew faleceu um mês depois. Mas, o universo ouviu a promessa que haviam feito de coração e decidiram que, aqueles dois se encontrariam de novo, em uma outra ocasião, em um outro lugar e tudo que prometeram seria colocado em prova. O amor é mesmo mais forte que o tempo e a morte?

Por um Fio - VminOnde histórias criam vida. Descubra agora