𝕰𝖑𝖊 𝖎𝖓𝖛𝖆𝖉𝖎𝖚 𝖔𝖘 𝖒𝖊𝖚𝖘 𝖘𝖔𝖓𝖍𝖔𝖘 - sᴛᴇᴅᴅɪᴇ

👨‍🍼𝕾𝖙𝖊𝖛𝖊 𝕳𝖆𝖗𝖗𝖎𝖓𝖌𝖙𝖔𝖓👨‍🍼

Olhei pela janela, enquanto esperava minhas torradas ficarem prontas. Senti braços rodearem a minha cintura e então senti uma cabeça se apoiar em minhas costas. Seu cheiro era bom, levemente doce. Me virei e a abracei, depois beijei o topo da sua cabeça.

- Bom dia, amor - digo, assim que ela me encara, sorrindo. - Eu fiz suco de abacaxi e fiz sanduiches de soja pra você. Tem salada de fruta também.

- Você está me acostumando muito mal, moranguinho - acusa, depois deixa um beijinho na ponta do meu nariz e puxa uma cadeira para se sentar.

- A honra é toda minha! - afirmo.

A torradeira apita e duas torradas douradas pularam para fora dela. As coloco em um prato e me sento ao lado de Nancy.

- Como foi sua semana de trabalho?

- Cansativo, tive que correr atrás de muitas matérias para ter notícias novas todos os dias. Tento ao máximo contar coisas boas para a cidade, mas também tenho que alertá-los dos perigos. É lendo que as pessoas aprendem a sobreviver - disse, enquanto enchia seu copo com suco e depois pegou um sanduiche. - E se eu não os alertar, quem vai? Você sabe que nem tudo que passa na televisão é verdade, eles sempre ocultam alguma coisa - deu de ombros, bebeu um pouco de suco e perguntou:

- E a sua semana, moranguinho, como foi?

- Nada tão grande quanto a sua vontade de mudar o mundo - respondo e dou um beijo na lateral de sua cabeça.

- Steve, você defende pessoas de acusações falsas. Evita que elas sejam presas por coisas que não fizeram. Para mim, isso é, sim, grande!

Eu sorrio.

- É, mas, eu só queria algo novo, uma notícia nova. - Digo e dou de ombros.

Pego uma torrada e passo pasta de amendoim. Dou uma mordida e depois me sirvo com café e leite.

- Talvez... eu tenha uma notícia.

- Me conte.

- Eu sei que você ama o Dustin e eu também, mas... o que você acha de a gente ter um filho, nosso? - ela não me olhava quando perguntou.

Eu coloquei a xícara na mesa, de novo, bem devagar e intercalei meu olhar entre seu rosto e sua barriga. Um sentimento bom me invadiu e eu me senti eufórico.

- Você quer dizer que...

Eu acordei com um leve peso em cima de mim. Um aroma de menta foi soprado contra o meu nariz e então ouço: "Steven, acordaa... está na hora de explorar e salvar o universo."

Solto um grunhido e jogo Robin para o lado.

- Me deixa em paz - minha voz soa sonolenta.

- Larga de ser preguiçoso! Anda, vamos fazer uma coisa.

Eu nem me dou o trabalho de abrir os olhos, fico de bruços e abraço meu travesseiro.

- É domingo. É minha folga. Eu não quero fazer nada, além de dormir.

- Também é minha folga e eu quero me divertir com o meu melhor amigo mal-humorado. - Diz e se joga em cima de mim novamente.

- Não, obrigado.

Ela não disse mais nada, apenas continuou em cima de mim. Abro um dos meus olhos e vejo ela abrir a gaveta da mesinha de cabeceira e pegar o pente que eu guardei lá dentro. Robin começa a pentear meu cabelo bem devagar e isso só me deixa com mais sono. Chacoalhei o meu corpo para tentar derrubá-la, mas ela continua lá. Rindo, bem alto.

O riso cessa quando o meu celular vibra. Ela tenta pegar, mas eu sou mais rápido. Me viro, derrubando-a para o lado, me sento e apoio minhas costas na cabeceira. Desbloqueio o celular para ler a mensagem.