🎸𝕰𝖉𝖉𝖎𝖊 𝕸𝖚𝖓𝖘𝖔𝖓🎸

800 98 116
                                    

Estava na cozinha esperando os milhos de pipoca terminarem de pipocar na panela. Levaria um tempinho já que não faz nem dois minutos que começaram a explodir ali dentro. Puxo uma cadeira, um pouco distante do fogão, e me sento. Pego o meu celular e vejo o que tem de novo no feed do meu instagram. Não tem nada de novo, apenas post de minhas bandas preferidas, alguns memes e fotos das poucas pessoas que eu sigo.

Calypso, minha gatinha de estimação, sobe em minhas pernas e se acomoda ali mesmo. Aproveito que ela está em uma posição engraçada e tiro uma foto, posto no story logo depois, com uma música de criancinha.

Resgatei Calypso da rua quando ela tinha um mês de idade. Encontrei ela em um dia em que eu tinha fugido da escola. No dia eu não estava muito bem, tinha discutido com a minha mãe. Ela havia me ligado na hora do almoço, implorou para que eu mandasse dinheiro para ela, mas eu não tinha e foi isso que eu disse para ela. Porém, ela pensou que estava mentindo, por saber do estado dela.

Depois do telefonema eu, simplesmente, não tinha cabeça para mais nada. Pedi para que Dustin desse um jeito no meu material que deixei na sala do terceiro ano e, então, fugi da escola sem dificuldade alguma. A cidade pode ser muito incomoda quando quer, com ajuda dos habitantes, claro. Então, resolvi pegar um atalho pela floresta até o trailer. Foi quando eu ouvi miados e fui surpreendido com Calypso surgindo de dentro de um arbusto, não vi mais nenhum outro gatinho, mesmo a mãe. Eu nem pensei, apenas a peguei nos braços e a trouxe para casa.

Não ouço mais o pipocar dos milhos, coloco Caca no chão e vou até o fogão, desligo o fogo e vou até o armário para pegar uma vasilha grande. Despejo a pipoca na vasilha, vou até o sofá e deixo lá. Volto para a cozinha, pego uma cerveja na geladeira e volto para o sofá, me sento confortavelmente. Eu amo minhas roupas e meu estilo, tenho muito cuidado com o que visto para que eu me sinta bem..., mas eu não tenho do que reclamar quando estou de pijama (uma calça xadrez cor verde-escuro e uma regata do Slipknot). Isso quando eu não ficava com preguiça de me vestir e acabava dormindo apenas de cueca. Hoje tá muito frio, então, escolhi me vestir.

Dou play no filme e abro minha cerveja.

• 🎸🎸🎸 •

Maddie, pelo amor, o celular não tá no bolso da tua amiga. Entra logo, antes que ele venha!

Eu fechei a minha boca e o assassino apareceu. Apenas balancei a cabeça, negativamente, e enchi minha boca de pipoca.

Não posso fazer nada, querida. Eu te avisei que ele viria. Agora só não deixe que ele te pegue.

Tomei um gole bem demorado, de cerveja.

Milésima vez que eu assisto esse filme, nunca perco o entusiasmo com cada cena. Posso dizer que é o meu filme preferido, mas talvez eu deva trocar de filme na próxima sexta. Eu só não sei qual eu vou escolher.

Pauso o filme, pego meu celular e vejo que já é 3:00 AM. Mano, as horas passaram muito rápido e o filme não estar nem perto do fim, mas também não falta tanto. Até porque já está na cena em que o namorado da Sarah - amiga da Maddie - chegou e está chamando por elas do lado de fora. Eu já sei o que vai acontecer a seguir e fico tranquilo com esse fato, deve ser por isso que eu sempre assisto o mesmo filme. O velho medo de ser surpreendido.

Abri o aplicativo Google e pesquisei filmes de terror, alguns eu já tinha visto, outros eu não encontrei online e nem na Family Video.

Aargh, nada me chama a atenção. Continuei encarando a tela do meu celular, as vezes rolava para baixo quando acabava de ver todos os filmes da fileira de cima. Até que chegou uma mensagem de um número desconhecido.

 Até que chegou uma mensagem de um número desconhecido

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
𝕰𝖑𝖊 𝖎𝖓𝖛𝖆𝖉𝖎𝖚 𝖔𝖘 𝖒𝖊𝖚𝖘 𝖘𝖔𝖓𝖍𝖔𝖘 - sᴛᴇᴅᴅɪᴇOnde histórias criam vida. Descubra agora