Capítulo.14

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     Eu tive que aturar tudo o que estava acontecendo, foram basicamente duas semanas que eu fingi que eu não estava pensando o tempo todo em Tamaki. Mas hoje era diferente. Eu escrevi minha verdadeira carta de aprovação para a faculdade. E elas demoravam tanto para ter uma resposta. Para me avaliarem e ter uma resposta era quase questão de dois meses. E eu iria morrer do coração.

Sete horas da manhã, e eu estou enlouquecendo, eu tinha acabado de mandar o e-mail para a faculdade, eu estava morrendo de ansiedade. Eu ficaria sozinha até dez horas da noite, meu pai não vem antes. Eu abracei minhas pernas enquanto eu encarava o meu laptop na cama na minha frente.

Eu olho para o meu celular em cima da cama. Eu decidi chamar Tamaki para passar o dia comigo. Ele disse que viria e eu fiquei a sua espera.
Eu precisava de companhia para não ficar ansiosa, e como ele estava em seu dormitório sem fazer nada eu acho que daria uma boa companhia.

Nove horas da manhã eu estava no primeiro andar começando a fazer alguns cookies, focar a ansiedade em outra coisa e para que eu não pense nas palavras que eu escrevi na minha carta. Como na parte em que eu falei de um sonho de infância e do filme e... meu deus eu estou pensando nisso novamente.

Travei a respiração por alguns segundos pressionando a mão no mármore. Quando coloco a forma para assar os cookies quando o barulho da campainha ecoa pela cozinha. 

— Eu já vou — grito ligando o forno correndo em direção a porta.

Abri e lá estava Tamaki. O garoto usava uma camisa com um cardigan azulado e calça jeans. Eu sorri para ele com um rosto e roupa cheias de farinha. Ele deu um sorriso pequeno e eu tento limpar um pouco minhas mãos.

— Oie Tamaki — eu disse empolgada.

Segurei sua mão o puxando para perto de mim, ele entrou em casa. Ele se aproximou de mim dando um sorriso pequeno.

— Você está bem? — perguntou Tamaki.

— Não tão bem — eu disse. — Ansiosa demais. Mas eu estou assando biscoito para a gente.

Ele concordou com a cabeça. Eu basicamente puxei dele a sua mochila colocando em cima da mesa da cozinha. Ele me seguiu e ficamos conversando sobre a semana inteira.

A noite começou a cair pelo horizonte e junto com a noite o frio, e qual é a melhor coisa para se fazer a noite? Assistir filmes. Eu e Tamaki fizemos pipoca pegamos refrigerante e colocamos na mesa de centro. Eu fui até meu quarto peguei duas mantas para nós cobrirmos e eu sentei no sofá ao lado de Tamaki.

Eu puxo a coberta e enrolo o meu corpo enquanto eu me aproximava um pouco mais de Tamaki. Eu deitei o rosto em cima do ombro de Tamaki enquanto ele estava travado olhando para a televisão enquanto eu estava procurando um filme para nós dois assistirmos. Eu tinha que fingir que eu não queria o tempo todo fantasiar sobre como seria a resposta da faculdade e também fingir que Tamaki não estava lindo hoje. Meu deus.

Talvez eu esteja um pouco caidinha por ele, apaixonada. Eu não sei, mas... ele está muito bonito. Alguma coisa está diferente com o jeito que eu vejo Tamaki. Ele ajeitou o cabelo e olhou para mim sem entender o motivo de eu estar encarando ele há alguns segundos.

— Tudo bem? Tem... tem alguma coisa de errada no meu rosto? — ele perguntou.

Eu consigo ver as suas bochechas começarem a corar e ele leva a mão até o rosto passando calmamente por sua bochecha.

— Eu... Alice?

— Não... tá tudo bem — eu disse. — Não tem nada em seu rosto.

— Então o que foi? Você quer trocar o filme é isso? A gente pode assistir outra coisa ou podemos...

Borboletas vão mais embaixoOnde histórias criam vida. Descubra agora