Capítulo.6

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      O mundo de super heróis, por que parece uma coisa divertida em quadrinhos, séries, filmes ou desenhos, mas na vida real... é sem graça e trabalhoso, em minha opinião. O mundo em que tem muitos vilões, uma taxa alta de criminalidade em qualquer lugar do mundo por causa dos super poderes. Tudo isso acaba com heróis machucados, policiais machucados e civis machucados, quando não mortos.

O dia estava indo bem, todos nós estávamos ocupados e estávamos "dançando" no lugar para se organizar, passar pedidos, preparar e fechar contas. O dia estava perfeito, até que o barulho de algo explodindo e um grande silencio faz com que as pessoas corram para o lado de fora saber o que estava acontecendo e logo em seguida correndo para longe.

Ficamos vazios em questões de minutos.

Eu respirei fundo. E apenas olhei pela janela, o corpo de bombeiros passou perto da loja, logo em seguida policiais e o Samu. Suspiro e volto para a bancada para batucar os meus dedos ali em cima.

Tédio.

Já estava tudo certo, mas não eles provavelmente querem ver os super heróis, então não veem comprar alguma coisa. Quando aceitaram o meu currículo nessa lanchonete perto de uma escola eu não pensei que eu passaria tanto tédio assim na semana. Afinal se tem pessoas que sentem fome são adolescentes, e ainda mais quando tem um lugar tão perto da escola.

O badalar do sino da porta chama a minha atenção, afinal acabou de ter um ataque de vilão aqui por perto e ninguém pensaria: "Uhmm, eu quase morri, eu acho que vou comer um sanduiche". E eu e meus amigos estamos acostumados que em dias que tem ataques aqui por perto quase não tem clientes.

Eu levanto o olhar, e então... Tamaki Amajiki.

Eu coloquei um sorriso no rosto enquanto eu ajeitava o meu cabelo para trás das orelhas soprando a minha franja e empurrando o caderno com jogo da velha, que eu jogava sozinha, para o lado e me aproximei dele. Tamaki andava com o corpo um pouco travado e agora de perto eu consigo ver direito.

Ele estava com os lábios cortados, alguns cortes em suas roupas e em seu rosto.

— Ai meu deus Tamaki... você estava no ataque?

— Sim — ele disse.

— Você está bem? Você não deveria ir para... eu sei lá para um lugar onde você possa ser cuidado. Ter cuidados médicos, ter esses seus machucados...

— Eles estão olhando meu colega de equipe — ele disse. — E não eu não me machuquei tanto assim.

Como não? — eu gritei me aproximando um pouco mais dele.

Eu passo a mão por seu rosto, pela linha do seu maxilar, por suas bochechas e logo em seguida puxo os braços dele para perto de mim conferindo eles.

— Tá... A-Alice, tudo bem comigo, é sério — ele disse enquanto o seu rosto começava a pegar fogo de tão vermelho que estava.

— Tem como não gritar? Eu estava tendo um cochilo lá dentro. Aquele sofá pequeno é uma delicia — disse Naomi saindo da sala atrás do balcão. — Só não é tão legal ter que ficar encolhida no sofá com o Yuta.

Ela estava com o rosto amassado de dormir em cima da sua mão, seu vestido também amassado e não conseguia parar de bocejar enquanto ela falava.

— Ah. Tamaki, como vai? — perguntou ela se aproximando.

Eu me afastei de Tamaki respirando fundo tentando me lembrar de aonde ficava a caixa de primeiros socorros. Parecia que ele iria descansar, mas Naomi se aproximou dele dando um abraço forte. O mesmo garoto que nem estava olhando para ela direito. Seu rosto continuou pegando fogo, mas eu não falei nada.

Borboletas vão mais embaixoOnde histórias criam vida. Descubra agora