Capítulo.13

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      A manhã foi estranha. Eu acordei lavei meu rosto arrumei meu cabelo e de pijama ainda desci para o primeiro andar. E então me deparei com Tamaki deitado no sofá. Não sei se deveria acordar ele, não combinamos um horário e nem nada. Então apenas fico na minha. Até porque eu precisava de um tempo para entender o que aconteceu com a gente na noite passada.

O jeito em que eu olhava para ele o jeito que tudo estava acontecendo... puta merda. Eu pensaria nisso por provavelmente o dia inteiro. Reguei as plantas, fiz suco natural e uma torrada com ovo. O celular de Tamaki despertou e eu quase dei um pulo da bancada.

Virei o olhar para a sala vendo o garoto se espreguiçar e desligar o despertador. Está manhã é realmente muito estranha. Fiz mais do que eu fiz para mim para ele. Comemos ele foi pegar seu trem para U.A e eu apenas fui para escola e para o trabalho como minha rotina normal. Afinal é quinta-feira.

— Concentra — gritou Yuri olhando para mim.

Revirei os olhos batendo os pés no chão emborrachado que não fez barulho algum, para a minha frustração.

— Você é um péssimo sensei — eu reclamei enquanto eu puxava a katana mais para perto de mim.

— Eu não sou sensei. Então não me atinge.

— O que o seu pai, meu sensei ele esta melhor? Sinto falta dele.

— E vai continuar sentindo. Ele não vai poder fazer esforço durante duas semanas inteiras, mas ele tá bem sim. Você poderia dar um tempo dos treinos.

— E enlouquecer? Não, obrigada — eu disse e ele riu.

Yuri apenas segurou sua katana propriamente e deu dois passos para trás. Eu fiz o mesmo. E então começamos novamente.

— Por que você enlouqueceria caso parasse.

— Eu cuido da minha ansiedade assim. Não tendo nem sequer um dia sem fazer nada. Libero endorfina treinando. E mantenho minha mente bem abastecida com ótimos hormônios de prazer enquanto eu cozinho e como. Como endorfina, ocistocina, dopamina e outros.

— Entendi — ele disse.

Yuri bateu com a mão em meu braço e eu olhei para ele um pouco perdida.

— É sério, tá pensando no que? Você já cortou duas vezes o braço — ele disse olhando para mim.

Eu nem tinha percebido, nem sequer processei a dor do corte. Apenas olhei para o meu braço vendo dois cortes medianos, nem tão rasos para parem de sangrar rápido e nem tão fundos par que eu precise ficar fazendo uma compressa para parar de sangrar.

— Desculpa, vamos só mais um — eu disse olhando para ele.

Eu sei no que eu estava pensando. Tamaki Amajiki. Tinha tanto tempo que eu não passava um dia inteiro distraída. Anotando pedidos errados ou demorando par começar a fazer eles. Enquanto eu não prestava atenção na lâmina que estava bem na minha frente eu prestava atenção nos detalhes da memória da noite passada.

Eu estava alucinando como uma boba, lembrando de Tamaki sorrindo e de quando ele ajeitou o meu cabelo. De como ele parecia um pouco mais bonito do que ele já parece. E a cereja no topo do bolo, de como ele parecia olhar para mim da mesma forma em que eu olhava para ele.

Tanto que parecia que iríamos nos beijar. Parecia que tinha alguma coisa que mantinha nos dois tão pertos. Tive que me segurar para não beijar ele. Afinal eu não sei direito o que eu sinto por ele. E eu não estou nenhum pouco afim de deixar ele nervoso. E que tipo de amiga eu seria se eu beijasse ele assim, do nada. Além do fato de Tamaki ser uma pessoa demissexual. Tem tantas coisas que dariam errado se eu simplesmente beijasse ele por coisa de momento.

Borboletas vão mais embaixoOnde histórias criam vida. Descubra agora