Capítulo.15

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      O problema de beijar Tamaki é simples, o que eu faço depois. Posso fazer isso novamente? Eu posso me aproximar muito dele? Eu posso realmente o chamar para um encontro, ou para fazer algo romântico? Eu precisava de uma pessoa um pouco mais sensata do que eu, e do que Naomi e Yuta para me darem uma luz sobre o que aconteceu.

Eu sinto que o meu corpo esta vinte e quatro horas tenso, a cada movimento que eu faço, a cada dez pensamentos que eu tenho nove são do Tamaki, e um é apenas sobre eu tentar me focar. Realmente consegui agitar a mente, se isso continuasse acontecendo neste nível de energia e ansiedade eu acabaria nem lembrando da minha carta para a faculdade.

Entre meus amigos o menos escandaloso de todos eles, e o que tem menos possiblidade de contar para Tamaki o que está acontecendo. Que minha mente está explodindo, ou apenas não surtaria comigo porque eu beijei ele. Mandei uma mensagem para Yuri, eu precisava falar com ele, mas ao mesmo tempo eu tinha coisas para fazer. E então Yuri foi do mesmo jeito, mesmo sabendo do trabalho, ele saiu do que ele tinha que fazer para ouvir uma adolescente reclamar sobre a vida romântica.

Eu estava fazendo o pedido quando Yuri entrou pela porta do café. Ele estava com a feição de tédio e segurando o capacete da moto. Suspirou fundo e eu dei um sorriso forçado para ele. Tinham apenas duas mesas com pessoas. Dois casais, eu acho que eram casais.

— Não sorri para mim como se eu fosse obrigado a sair de qualquer lugar para te ver — ele disse.

Eu ri olhando para ele.

— Mas você veio.

— O que é tão importante?

Eu fiquei calada e olhei para os lados para ver se Yuta ou Naomi já tinham saido ou não do quarto.

— Você não pode falar alto — eu disse. — Eu vou te contar, mas não pode deixar a Naomi saber antes de eu contar para ela.

— E por que eu contaria para a sua amiga?

— Por que ela gosta de você e...

— E eu não gosto dela, deste jeito. Pelo amor de deus Alice fala logo. Não vou contar para Naomi e muito menos para Yuta, eu conheço eles. Eles são seus amigos.

— Eu...

— Você.

— Beijei o Tamaki — eu disse quase como um sussurro.

Ele riu.

— Não é engraçado.

— É engraçado o fato de você ter feito eu vir aqui para falar alguma coisa que era apenas questão de tempo que acontecesse.

— A questão é eu precisava desabafar — eu disse.

Nós dois rimos, mas ele riu mais do que eu. Ajeitou o seu cabelo para trás e colocou o seu capacete em cima do balcão. Ele sentou em um banquinho dando na frente dele e deu um sorriso pequeno.

—Você está feliz?

— Você não tem noção de como eu estou — eu disse.

Ele deu um sorriso pequeno.

— Eu já volto — eu disse e ele apenas concordou com a cabeça.

Eu peguei o pedido e entreguei para a mesa que estava sem o seu pedido. Quando eu voltei para trás do balcão ele me olhava dando um sorriso e ainda segurando a risada.

— E por que eu sou importante nesse assunto.

— Porque alguém precisava saber e se eu falar para eles eles vão enlouquecer, mais do que o Tamaki.

Borboletas vão mais embaixoOnde histórias criam vida. Descubra agora