Capítulo.7

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      O dia foi divertido depois de zoar o dia inteiro com Yuta por causa das fotos que nós duas conseguimos. Fechamos a loja. E como hoje é quarta-feira, o que significa é um dia corrido na minha vida. Sete horas da noite eu fecho a lanchonete. Quartas e quintas não volto para casa cedo, e não volto direto para casa. Eu e Naomi vamos andando durante três quadras onde era perto da casa dela e o lugar aonde eu deveria estar durante esta hora.

Existem adolescentes no ensino médio (último ano do ensino médio)que têm as mentes deles sãs? Eu acho que não. E olha que eu não tenho que lidar com coisas como problemas familiares e apenas escolares, e de trabalho por escolha própria. Mas a minha mente não é tão sã, eu sou um pouco ansiosa.

A minha rotina envolve mais coisas do que apenas estudar, o que é diferente de alguns adolescentes japoneses, que apenas estudam o tempo todo sem nem sequer tentar variar algo sentir uma coisa que não seja estresse e desespero.

Eu acho que minha mente vai enlouquecer um dia, mas ainda é divertido.

Todos os dias eu tenho que assistir seis horas de aula, tem o extracurricular da escola, eu faço parte do clube de culinária, é claro. Todas as quartas quintas eu tenho os meus treinos depois do trabalho. Treinos de auto defesa e luta corpo a corpo com armas brancas. 

Eu estava entrando em exaustão agora. Eu senti os meus músculos contraindo e retraindo, ouvi o meu coração bater acelerado, não consegui respirar direito e os meus joelhos parecem estar segurando um peso que eles não estão acostumados e eles parecem magneticamente atraídos pela chão.

— Mais um — grita meu sensei. A voz dele está distante e eu acho que o meu ouvido estava muito abafado. — Você consegue mais alguns golpes.

— Eu sei — eu disse ofegante. — Eu sei.

Eu me posiciono com a katana de madeira na mão. Eu inspiro fundo e uso toda a minha força e concentração para reajustar minha postura. Eu seguro a espada na frende do meu corpo olhando para o meu sensei. Minha visão está embaçada e eu acho que a minha pressão estava caindo.

— Não cai para trás — o sensei diz colocando a mão no meu ombro.

— Eu não vou cair — eu digo tirando a mão dele do meu ombro me afastando dele apenas dois passos.

Talvez eu realmente caia para trás.

— Você não consegue ficar de pé direito — disse Yuri se aproximando de mim.

Yuri está sempre aqui nos dias em que eu treino. Afinal ele trabalha com o seu pai ajudando alunas com auto defesa e porte de armas brancas. Ele tem vinte anos e ele é bonitinho, já tinha sido o meu crush uma vez. Ele é alto, tem o cabelo preto com um corte mullet e o braço direto cheio de tatuagens. Ele era o meu sonho quando eu tinha dezesseis anos, não foi há tanto tempo atrás.

— Cuidado — ele disse rindo. Yuri segura o meu ombro e a outra mão está no meio das minhas costas. — Você vai desmaiar.

— Não vou.

— Tenta se olhar no espelho — ele disse apontando lentamente com o queixo para o espelho do outro lado da sala. Eu não enxergo desta distancia com a visão completamente distorcida.

— Eu simplesmente te odeio — eu disse e ele apenas da um sorriso pequeno. — Eu posso ter uma pausa? — eu perguntei e o meu sensei concordou comigo.

Soltei minha espada de madeira e ela cai no chão emborrachado enquanto eu foco em ficar respirando fundo. Yuri se afastou e voltou com a minha garrafa de água na mão e um chocolate, que estava ao lado da minha garrafa. Ele estende essas coisas em minha direção.

Borboletas vão mais embaixoOnde histórias criam vida. Descubra agora