Capítulo 11 - Rancor

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Os dois estavam terminando de se arrumar para irem para suas respectivas aulas. Enquanto Draco abotoava a camisa, Hermione ia se direcionando a porta.
- Mione! - O garoto chamou.
Ela se virou em sua direção com uma expressão que dizia "o que?".
- O que estava sonhando quando disse meu nome ontem a noite?
- Seu nome? Quando? - Evidentemente Hermione não se lembrava que sonhara.
- Hã, ontem a noite, te coloquei na cama, e... hãm... você segurou minha mão e falou meu nome...
Hermione ruborizou, apesar de não lembrar do sonho.
- Ah! Desculpe, mas não lembro. Acho melhor ir indo... Aconteceu mais alguma coisa?
- Não. Vamos! - Draco disparou na frente.

***

- Com licença, professora Minerva?
- Entre, querida! Sente-se.
Hermione sentou na poltrona na frente da escrivaninha da diretora.
- Desculpe incomodar a senhora, Diretora McGonagall. Mas preciso da sua autorização para que eu e Draco Malfoy possamos ir visitar meus pais.
- Ah, sim! Lembro que havia comentado sobre o feitiço de seus pais. - comentou a professora - Pretende desfazer o feitiço?
- Já tentei desfaze-lo, porém não tive sucesso. Quero levar Draco para isso, creio que ele consiga, ele sempre se destacou em feitiços de reversão!
- Entendo, entendo. Não sei, mas a senhorita deve saber que Draco já foi um aliado de Voldemort, por esse motivo não tenho autorização para que ele saia dos arredores do castelo.
- Professora, prometo que tomarei conta dele, ele não fará nada demais!
- Tudo bem! Mas quero que faça um relatório sobre o seu colega nessas três semanas que darei a vocês.
A garota abriu um sorriso largo.
- Muito obrigada professora! Voltaremos em menos de três semanas!
- Aproveitem querida! Espero que consigam reverter o feitiço!

***

- Hermionine? Por que está fazendo essas malas? Vai abandonar Hogwarts? - Vítor entrou no dormitório de Hermione.
- Claro que não! Que ideia! Estou indo visitar meus pais.
- Mione, precisa que eu leve algo a mais na minha mala? - Gritou Draco do banheiro.
- Por enquanto não! - Respondeu a garota.
- Vai mesmo continuar com isso? - Krum parecia perplexo.
- O que está insinuando? São meus pais!
- O mundo trouxa é muito perigoso! Ainda mais com esse comensal. - murmurou.
- Mundo trouxa? Perigoso? Eu vivi nesse mundo por muito tempo e nunca corri perigo, enquanto isso eu vivi no mundo bruxo a muito menos tempo e quase morri umas três vezes, sem contar nos sequestros e torturas! Além do mais, eu não vou abandonar meus pais!
- Eles nem se quer lembram de você! O que quer lá? Acha mesmo que esse comensal vai ser capaz de reverter o feitiço?
- Nem lembram de mim? Idiota! Eles ainda são meus pais! E o Draco não é um comensal! - Voziferou a garota, indignada por tanta falta de sensibilidade, quase chorando.
- O que tá acontecendo aqui? Mione? - Draco caminhou até a garota, ela desabou em seus braços, chorando.
- Meus pais... São meus pais!.. eu ainda lembro deles... Isso que importa! - Disparou entre soluços.
- Já deu, né? Pode sair daqui Krum! Já falou de mais. - Draco apontou a porta.
- Hermionine é minha namorada! E estamos conversando!
- Conversando? Discutindo, quer dizer, né? Olha, o quarto também é meu, então saia agora!
- Só se a Mionine pedir!
- VAI - EM - BORA! IDIOTA! - Berrou Mione entre dentes. - Já foi demais! Ofendeu a mim, minha família, meu... Melhor amigo! Me dá um tempo!
Vítor marchou até a porta, virou uma última vez, olhando a garota com rancor. Bateu a porta.
O rosto magoado de Hermione, vermelho. Draco lançou um olhar amigável a colega.
A garota desabou em choro outra vez, sendo acolhida pelos braços do Loiro.
- Vai dar tudo certo! Prometo! Vou estar aqui!

Recomeço - DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora