-Riley
Eu odeio o clima de Hawkins pois aqui chove com frequência, hoje é sexta à noite e não dá pra sair de casa por conta da chuva, eu estou trancada no meu quarto com a Robin sem fazer absolutamente nada e isso já se tornou rotina por culpa dessas chuvas desgraçadas.
Robin está deitada no tapete lendo uma revistinha antiga do Homem de Ferro que ela achou bisbilhotando no meu quarto, eu estou deitada na cama lendo It - A Coisa.
Robin se levanta do chão e volta a bisbilhotar nas minhas coisas, eu continuo fixada em minha leitura, Robin explora cada canto possível do meu quarto em busca de qualquer coisa de seu interesse.
Ela abre uma das gavetas e acaba achando uma caixa de sapatos, ela abre a caixa e encontra vários de meus pertences que eu considero valiosos.
- O que é tudo isso? - ela pergunta e eu levanto o olhar pra ela e a vejo sentada no chão com a caixa
- Umas coisas antigas - digo - fotos, cartas, pulseiras de festa, só umas lembranças mesmo
Ela pega um caderno que eu nem sabia que estava naquela caixa.
- O que é isso? - pergunto me referindo ao caderno
- Não sei, parece um diário - ela diz - posso ler? - pergunta
- Pode - digo e volto a ler meu livro
Ela lê o diário com atenção, depois de pouquíssimo tempo ela o larga no chão.
- Por que guardou isso? - ela pergunta
- Mas eu nem sei o que é isso - digo
- Riley, nessa caixa só tem fotos suas com seu pai e seu tio ou cartas que você escreveu pra sua mãe quando era criança, aqui só tem coisas que se referem as pessoas que você sempre menciona em todas as suas histórias. Eu acho meio difícil de acreditar que você tenha guardado aqui algo que não sabe o que é e que não tem importância nenhuma pra você.
- Eu realmente não sei o que é isso, Robin. Inclusive não tô entendendo o motivo de você estar tão séria e até um pouco tensa em relação a o que quer que seja isso - digo
- Aqui tem várias cartas de amor dedicadas a você, todas elas datadas de poucos meses atrás. Eu não tô tensa, só curiosa - ela diz
Eu me levanto da cama e vou em direção a ela e ao caderno.
Vejo as cartas grampeadas nas folhas, analiso as letras e não foi difícil identificar aquelas cartas como sendo do meu ex-namorado.
- Robin, são do meu ex - digo um tanto sem graça
Ela apenas se levanta e sai do quarto, eu saio correndo atrás dela. Vejo que ela vai em direção a porta da frente da minha casa, eu tento impedi-la mas ela sai e eu saio logo atrás dela tentando alcançá-la.
- Robin, espera aí, tá chovendo - eu grito pra que ela escute de uma certa distância
- Eu não tô muito afim de conversar com você agora - ela diz andando mais devagar por conta da chuva e da rua molhada, eu aproveito e começo a correr mais rápido pra alcançá-la.
- Robin! - eu digo puxando o seu braço logo que consigo chegar mais perto
- Riley, me solta - ela pede e eu não obedeço
- Não, eu não tô entendendo toda essa raivinha e essa briga sem sentido. Se for ciúme, é um ciúme sem fundamento - eu digo em um tom alto e sério
- Sem fundamento? Você guarda cartas de amor do seu ex de meses atrás, eu tenho direito de ficar com ciúmes. Aliás, você supera rápido né? Meses atrás recebia cartas de amor de um e logo depois começa a namorar comigo - Ela diz num tom um pouco mais alto que o meu
- Robin, eu nem sabia que essa porra tava aí, eu não tenho mais nenhum vínculo com meu ex. Eu juro que eu nem sabia da existência dessas cartas, muito menos desse diário. E eu terminei com meu ex a mais de 5 meses, não faz sentido você ter ciúme de algo que já faz tanto tempo - digo aumentando o tom
- Se você não sabia da existência do diário, então como foi parar no meio das suas coisas? - ela pergunta não se convencendo da minha fala
- Eu não sei, e a gente pode sair da chuva? - digo
- Riley, eu tenho direito de ficar com ciúme e eu tenho direito de ficar brava pois você tá me contando uma história sem pé nem cabeça, como foi parar na caixa? - ela persiste
- Robin, eu juro que eu não sei, eu juro de verdade que eu não faço a mínima ideia - eu digo quase em desespero
- Tá legal, Riley, depois eu falo com você - ela diz se virando e indo embora
Eu corro e puxo o braço dela mais uma vez virando-a pra mim novamente, a seguro perto de mim pela cintura e roubo um selinho.
- Pode sair com raiva de mim, mas não vai embora sem me dar um beijo - digo com um sorriso provocante
Ela ri e se solta.
- Se manca, Connor - ela diz saindo novamente
- Tchauzinho, Buckley - digo
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Teenage Heartbreak
FanfictionRobin oficialmente desiste do amor, após tantas desilusões ela simplesmente desiste de se apaixonar. Tudo muda quando Riley chega na cidade e passa a ser colega de sala de Robin. Talvez Robin não odeie tanto o amor.