Act insane

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-Robin

Eu não sei se eu estou agindo insanamente por estar com raiva da Riley pelo fato de que achei um diário com cartas de amor que foram dadas pelo ex dela.

Pelo meu ponto de vista é totalmente plausível eu estar com raiva, ciúmes e até uma certa insegurança. Poxa, são cartas do ex dela, um ex que ela nunca tinha mencionado, um ex em quem ela talvez ainda pense.

Porra, por que eu sempre quebro a cara?

São quase meia-noite e eu ainda estou pensando nisso, meu raciocínio é interrompido quando o telefone toca, atendo rapidamente.

*CALL ON*

- Alô - atendo, não nego que tive esperanças de ser a Riley

- Oi, Robin - ouço uma voz trêmula que quebram minhas expectativas de que fosse Riley, era Vickie

- Ah, Oi, Vickie - digo

- Aaaah... olha, eu... eu nem sei o motivo de ter te ligado, mas eu preciso falar com você, ah é, eu te liguei por isso, preciso falar com você. Eu tô numa festa... eu vou passar na tua casa - ela diz se embolando e me deixando até confusa, em seguida desliga

*CALL OFF*

Não era um bom momento pra conversar, muito menos pra conversar com a Vickie. Alguém buzinou na minha porta, provavelmente é Vickie chegando pra conversar comigo.

Saio pela porta da frente, a chuva de mais cedo parou, quando olho pra rua em frente minha casa me deparo com o carro de Riley.

Agora fodeu, é agora que eu quebro a cara de verdade, agora eu me fodi bonito. Riley tá na porta da minha casa e Vickie também tá vindo pra cá. Pronto, me fodi mesmo.

Riley desce do carro e vem até mim que estou parada na calçada.

- Robin, se você pensou que não ia mais me ver hoje e que a gente não ia terminar a conversa você tava errada, eu te dei um tempo pra pensar sozinha e agora a gente precisa conversar - ela disse nervosa

- Riley, não acho que seja uma boa ideia a gente conversa agora - digo um pouco perplexa

- Não, a gente vai conversar agora - ela diz se mantendo firme

- Pode ser amanhã? - imploro nervosa

- Não, eu quero resolver isso com você logo, Robin - ela diz

- Riley...

- Robin, eu juro que não sabia que aquilo tava lá, eu já joguei aquelas cartas fora porque elas não significam nada pra mim. Por favor, eu imploro que você me perdoe, eu juro que não tem motivo pra ficar com raiva de mim e eu te peço que por favor não fique brava comigo - ela diz

- Riley, você fala tudo isso, mas eu não vou mentir e dizer que acredito fielmente. Eu sou um pouco insegura, eu até que sou um pouco ciumenta e eu quero muito acreditar no que você diz, mas eu tô com medo de acreditar e quebrar a cara - digo

- Robin, eu faço o que for pra você confiar em mim, eu juro de verdade que eu nunca faria nada pra te magoar - ela diz séria

- Tá, mas é difícil pra mim acreditar nisso - digo me alterando um pouco

- E o que eu tenho que fazer pra você acreditar? Eu já jurei milhares de vezes que não fiz nada e nem faria com o propósito de te magoar - ela diz se alterando também

- E por que eu acreditaria nisso? - eu digo aumentando cada vez mais o tom

- Porque eu te amo, sua idiota - ela diz num tom mais alto

Repentinamente escuto um som de passos se aproximando. Vickie chegou no pior momento possível, ela estava com joelhos fracos, uma voz trêmula e agia como se sua cabeça estivesse embaralhada.

Pronto, além de chegar no pior momento, pra completar o combo da merda ela tá bêbada.

- Robin! - Vickie exclama ao chegar e Riley se vira pra ela com uma cara desgostosa

- Robin... - Riley diz brava

"Se fodeu, Robin" digo pra mim mesma

- Oi... Vickie - digo sem graça, ela me dá um abraço desengonçado e vejo o rosto de Riley assumir uma expressão extremamente raivosa. Minha mulher, vai me matar.

- Tchau pra vocês - Riley diz séria e vai em direção ao carro.

- Não, espera aí, Riley - digo desesperada me soltando de Vickie e correndo atrás dela.

- É , Robin, agora eu sei o motivo de você querer tanto adiar essa conversa pra amanhã - ela diz entrando no carro

- Não, não, não. Não é isso que você tá pensando, me escuta, por favor - digo segurando na parte interna da janela aberta do carro

- Não, Robin, depois a gente conversa, né? - ela diz séria e postulada

- Riley, me escuta - peço apelando e rezando pra ela ter pena de mim e me escutar

- Robin, eu vou embora, depois a gente conversa - ela diz mantendo a mesma postura

- Vai embora sem me dar um beijo? - pergunto apelando a um ponto que é quase ridículo

- Vou - ela responde seca e acelera o carro de uma vez quase levando a minha mão junto

Oh merda.

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