You're still in my heart

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-Robin

A Riley foi embora já deve ter mais ou menos umas duas semanas, ela não mandou carta ou ligou, durante essas duas semanas eu passei a me sentir exatamente como me sentia seis meses atrás

Novamente, eu quero ser sedada.

Eu venho me sentindo constantemente estressada, as vezes acabo tendo que me isolar como fazia, só que hoje em dia a Riley não aparece pra me ajudar quando eu tô estressada.

Hoje em dia eu não me vejo mais sobre pressão por conta das minha notas ou coisas do tipo, eu passei pra faculdade regional e entrei no curso de música, só me resta aproveitar uns meses de paz antes da faculdade.

Só que mesmo sem me sentir pressionada por conta dos meus pais exigirem notas maiores nas minha provas, ou por conta da adolescência como um todo, ou por qualquer outra besteira. Mesmo eu não tendo mais coisas que me incomodavam me estressando, eu ainda sentia um grande estresse simplesmente por estar sozinha. Sinto falta da Riley.

Tenho preguiça de conhecer alguém novo, eu nunca mais vou dizer que não vou me apaixonar de novo porque a Riley provou que eu tava errada e eu não vou pagar com a língua mais uma vez, mas conhecer alguém novo dá muito trabalho e a minha nítida falta de traquejo social deixa o serviço ainda mais complicado.

Meu pai disse que eu iria superar, que pessoas superam com um estalar de dedos, meu pai tava errado.

Eu não superei ainda, apesar que eu quisesse que ela saísse do meu coração, acho que ela talvez tenha levado um pedaço de mim quando foi embora.

Vai levar um tempo, mas eu vou superar um dia, pelo menos eu espero.

O telefone toca do nada.

Por algum motivo eu tive esperanças de que a pessoa a me ligar fosse Riley.

*CALL ON*

- Alô - atendo energética

- Oi - não era Riley, mas era uma voz familiar.

- Quem é? - pergunto

- É a Vickie - responde

- Ah, oi - digo

- Robin, eu queria saber se você está ocupada hoje lá pelas sete da noite - ela pergunta

- Ah, não, não tenho nenhum plano - respondo

- Você quer ir até o parque comigo? - ela pergunta

- Tá, claro - digo

- Legal

*CALL OFF*

Encerro a ligação.

Fomos até o parque no horário marcado, eu admito que mesmo estando com a Vickie ainda lembrava da Riley.

Passamos por cada canto que tinha um pouco da Riley. O lugar onde ela deixou o carro, o lugar onde ela brincou de futebol com o Danny, os lugares por onde andamos e até mesmo o lugar onde eu roubei um selinho dela.

Eu e Vickie conversamos, rimos, nos divertimos. Não importa o quão divertido tenha sido, ela ainda não é a Riley, e quando ela me olha nos olhos como se tentasse arrancar algo de mim, eu só consigo ver nos olhos da Vickie um reflexo distante da Riley e um vislumbre de mim e da Riley.

A Vickie é muito legal, ela ainda gosta de mim e a gente se entende. Ela é gentil, educada, meus pais gostam dela e ela é e sempre foi um doce de pessoa comigo. O problema é que mesmo a Vickie sendo um sonho, eu ainda sinto falta de beijos intensos, trocas de provocação, de discutir, de correr em um carro a 100km por hora, de beijos na chuva e de madrugadas mal dormidas.

Mas adrenalina não é tudo na vida, zona de conforto é bom também as vezes, a Vickie ainda é uma zona de conforto.

- Robin...

- Oi - respondo

- Eu queria saber se a gente pode tentar de novo - ela pergunta

- Claro - eu não sei se estou fazendo certo ao tentar me comprometer com a Vickie mesmo ainda sentindo algo pela Riley.

Vickie me rouba um selinho, e mesmo beijando ela eu só consegui pensar no beijo da Riley.

Eu ainda sinto falta da Riley.

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